os olhos atentos a cada pingo de chuva que caia como música. pingo após pingo, a melódia calma e refrescante caia sobre a mão estendida de jisoo para fora da janela. as gotas geladas envolviam a sua mão como um abraço gelado. era inverno e aquele dia em especial fora mais quente que os outros.
a chuva que escorria pelos telhados, pelas folhas e pelo asfalto era como um calmante para o garoto.
debruçado na janela, ele olhava para o mar de árvores atrás de seu prédio. um mar, que em noite como aquelas, se revoltava e acalmava a medida que os ventos batiam em suas copas.
fechando os olhos, jisoo se sentia na casa de praia de seus avós. os primos dormindo e as gotas molhando as pedrinhas do jardim. o cheiro de terra úmida se alastrava. a cadeira desconfortável de madeira na pequena sacada e a chuva respingando em suas pernas.
ao longe, jisoo podia ver o oceano pintando vários círculos ao redor das gotas que se misturavam a água.
depois de dias com aquele vazio no peito, ele se sentiu completo. como uma criança ao encontrar a última peça no meio do quebra cabeça perdida de baixo do sofá.
naquele momento, jisoo tinha certeza que não precisava de uma pessoa para ser essa peça faltante.jisso não amava ninguém, mas com certeza amava a chuva.
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cara, não sei. eu gostei