Capítulo 2

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* Será corrigido Posteriormente.*

Alícia Kalidah

Espero uns segundos e logo vou atrás adentrando a sala, vejo nossos pais e meu avô conversando em um lado, minha mãe e uma senhora muito bonita, seus cabelos negros envolvidos numa longa trança de lado, seus olhos são âmbar e muito expressivos, não vejo muita semelhança com o ser mal educado que me deixou para trás no jardim,  lembrando dele o procuro e o vejo em outro canto da sala despreocupado com o celular nas mãos. Vou em direção a minha mãe e a senhora que desconfio ser minha futura sogra. Paro no caminho ao ouvir a voz animada do meu tio entrando na sala.
- Nos desculpe o atraso fiquei preso no trabalho.
- Só faltava vocês, venham já vamos servir o jantar.
Meu avô responde indo ao encontro os abraçando, eles comprimentam os outros convidados, e uma voz irritante ecoa pela sala;
- Alícia, se não é minha priminha predileta.
Reviro meus olhos, Aisha vem com seu melhor sorriso e me abraça, fico imóvel esperando essa novela acabar, apenas forço um sorriso sem mostrar os dentes, ela me solta e começa andar a minha volta passando as pontas dos dedos de um ombro ao outro em mim, quando para nas minhas costas começa a falar com a voz baixa
- Até que seu noivo não é de se jogar fora priminha, você deveria me agradecer,   por minha causa você vai desencalhar não é mesmo? só não sei se ele está assim tão feliz com isso.
Dá uma gargalhada maquiavélica e continua destilando seu veneno;
- Mas eu sempre estarei aqui, se precisar de ajuda.
Sussurra em meu ouvido rindo.
Me viro bruscamente para ficar de frente a ela, tirando sua mão que repousa em meu ombro, coloco meu melhor sorriso no rosto e a encaro, não vou entrar no seu joguinho, mas agora é minha vez de falar algumas coisinhas;
- Aisha, Aisha! Sempre ao meu encalço esperando cair alguma migalha para ajuntar, sempre se contentando com tão pouco.
Falo com a voz baixa e serena, e vejo seu olhos faíscarem de ódio, e isso me encoraja ainda mais a continuar.
- Você é melhor que isso querida! Quando parar de querer andar os meus passos vai ver que o mundo é muito maior que as minhas costas.
Dou um tapinha em baixo do seu queixo a fazendo levantar o rosto, sorrio e dou uma piscadela, viro as costas e saio pleníssima engolindo o ódio e a vontade de partir a sua cara ali mesmo no meio da sala, por tudo que me fez no passado. Mas não ia dar a ela esse gostinho. Numa guerra jamais mostramos nossas armas e muito menos nossas fraquezas.…

Minutos depois estamos todos a mesa, o jantar foi servido e os únicos que trocavam palavras eram os homens, entre uma garfada e outro observo Aisha a se insinuar para o homem que senta a minha frente seus movimentos são precisos e quase imperceptíveis, mas não para mim que conheço todo esse repertório. Ela se meche na cadeira alguma vezes fazendo assim as atenções chegarem a ela de uma forma sutil e sem levantar suspeitas de que é isso que ela quer, ela é muito previsível posso apostar que o próximo passo é a típica jogada de cabelos seguida do famosos circular a borda do copo com a pontas dos dedos e... Não ela não vai fazer isso, fecho os olhos e respiro fundo sentindo uma vergonha alheia, quando abro ela já está levando o dedo na boca que acabou de molhar no líquido que está em seu copo e faz tudo com muita sensualidade.
Apesar de asquerosa não posso negar que Aisha é uma garota muito bonita mesmo alguns meses mais nova que eu ela não aparenta ter a pouca idade, nem mesmo parece ser mais nova,  ela tem o corpo cheio de curvas e sabe usar isso a seu favor, cabelos e olhos castanhos escuros, seus cabelos são lisos e compridos, seus lábios são finos e bem desenhados e ficam muito bem fechados, porque quando abrem todo o encanto se quebra de tanta infantilidade e futilidade que deles saem.

O silêncio é quebrado com minha futura sogra me chamando

- Alícia querida

Limpo a boca com o guardanapo que está em meu colo, dou um grande gole na minha água que está em meu copo, na intensão de me deixar mais relaxada e levar com ele o nó que se forma em minha garganta, viro meu corpo a ela dou um sorriso.

- Senhora
Respondo com educação.

-Bom, como sua mãe lhe falou o nosso Rafi não pode comparecer pois ficou trancado em NY em um reunião de trabalho que apareceu de última hora com uns investidores franceses.

Me afogo com a água que está na minha boca, e passo o olhar rápido que vai da minha mãe até ao ser que está na minha frente rindo de cabeça baixa e me olha com um olhar debochado.

- Ah S-sim claro.
Gaguejo, mas tentando parecer convincente.

- Eu entendo, essas coisas acontecem.

Falo um pouco sem graça, só não sei se sou eu o Aisha quem está mais espantada, nessa hora tenho vontade de rir, pois todo o seu jogo de sedução não valeu de nada, e ela nem desconfia que eu também fui pega de surpresa sobre a identidade do meu noivo, então a olho e dou um sorriso de deboche. Ponto pra mim.

- Mas Rafi mandou um presente a você que está com o Zhur Seu irmão.

Nesse momento o tal Zhur se levanta vai até o aparador ao lado da mesa de jantar,pega um linda caixa preta de veludo e vem em minha direção, me levanto para receber, sua cara de deboche continua lá, sorri de lado me entregando o presente.

- Senhoria, meu irmão queria muito ser ele a te entregar esse presente, e ouvir tudo o que você tem para le falar.

Ele fala a última frase um pouco mais baixo e sorri sei exatamente o porque desse comentário.

- Obrigada, mas espero que você leve meus sinceros agradecimentos ao seu irmão, e com riqueza de detalhes.

Dou um pouco mais de ênfase no final da frase,
pego a caixa de suas mãos devolvo um sorriso cínico e a abro, encontrando um belo conjunto de pulseiras todas em ouro e pedras, mas o que tem no meio da caixa que me chama mais atenção uma bela gargantilha também em ouro, mas o que está por vir é demais pra mim, um pingente da letra R cravejado de brilhantes,

-"Rafi".

Penso em voz alta pronunciando seu nome, respiro fundo tentando esconder a cara de descontentamento dou um sorriso amarelo e agradeço, peço licença para guardar o meu presente, saio rapidamente e entro na primeira porta que  fica no corredor ao lado da sala entrando no escritório  do meu pai.

-Quem ele pensa que é ?? não comparecer no dia em que iria me conhecer, e sermos oficialmente apresentado como noivos e pra se redimir me manda uma "coleira" com a inicial do seu nome.
Esbravejo andando de um lado para o outro com a caixa nas mãos, quando me lembro de um envelope pequeno preto que vi dentro da caixa, a abro novamente pegando-o, seguro um tempo antes de abrir, tento me acalmar e retiro o cartão de dentro do envelope

" Habib,
Me desculpe não poder comparecer em um momento tão especial, mas prometo compensar na próxima oportunidade.
Então enviei um presente que pudesse me representar, já que seu anel de noivado quero entregar pessoalmente.

Seu noivo Rafi Hassan"

- Já o odeio com todas as minhas forças.

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AMOOOO a Alícia !!! Autenticidade e sinceridade não faltam....
E o Rafi genteeee...será por onde anda? E esse presente?
Possessividade já? Será?🤔🤔

Votem, Cometem e divulguem Plisss ❤️❤️❤️❤️❤️❤️

Falsa PromessaOnde histórias criam vida. Descubra agora