Capítulo 24

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** Corrigido posteriormente**

Alícia Kalidah

Abro meus olhos devagar, tudo parece girar.
Não tem uma parte em meu corpo que não dói, consigo olhar apenas para o teto, enorme branco com muitas luzes, minha consciência não voltou totalmente, fecho os olhos para tentar lembrar onde estou, ou o que aconteceu mas parece em vão.
Começo a ficar agitada e uma fobia parece dar as caras.
Tento levantar no meio do meu desespero e vejo que estou com acessos de soro e medicação nos braços, imediatamente levo as mãos para tirar tudo aquilo e sair desse lugar.
Meu pânico aumenta por quase não conseguir  me mexer, só consigo chorar, gritar hora chamando minha mãe, hora chamando o Rafi.
E nesse meu desespero sou segurada por mãos firmes, minhas vistas estão turvas é minha cabeça dói.
Até que ouço uma voz forte tentando me acalmar.

" Tudo bem Alícia, estou aqui com você."
Me debato mais um pouco, ouço alguns barulhos, sinto que mais pessoas se aproximam, consigo ver apenas flashes das imagens a minha volta.
Mais pessoas falam comigo e me seguram, sinto que consegui arrancar tudo que estava no meu braço, mas não demorou muito para sentir uma picada dolorida, com isso meus movimentos diminuem ouço os sons cada vez se distanciando mais, e meus gritos ficam sem forças novamente, parece tudo estar  câmera lenta.
Mas antes de fechar meu olhos a última imagem que vi me fez acalmar, levando minha mão esquerda  em sua direção e ele a segura, Rafi.
Sim era ele, ele estava alí.

Rafi Hassan

Quando Breno me falou dos últimos acontecimentos, meu desespero tomou conta, trocaria parte da minha fortuna para ela não passar por isso. Embarquei no mesmo momento para NY. Ja tinha resolvido tudo por aqui, então antecipei minha volta por Alícia.
Me sinto culpado, por não estar do seu lado nesse momento tão difícil, mas precisei ser prático.
Sabia que não seria um momento fácil, ela é apenas uma menina, e descobrir que sua mãe tem uma doença terminal não está nos planos de ninguém.
Queria poder ter falado alguma coisa mas não tinha esse direito, essa era uma conversa que apenas as duas poderiam ter.
Não preguei os olhos durante a viajem, depois de  algumas horas já estava em frente do hospital, de novo.
Acabei de sair do hospital onde deixei a mãe da Alicia e em algumas horas estou eu aqui de novo.
Assim que entro Breno vem em meu encontro.
"O que aconteceu Breno?"
" Só o que sabemos ainda é que ela tomou alguns remédios e acabou rolando da escada, mas esta fora de perigo.
O Dr Julios está fazendo todos os exames pra saber o real motivo dela estar apagada e se a queda tem ligação com os remédios encontrados.
"Vou procurá-lo já teve tempo suficiente para ater uma posição."
"Sim vamos por aqui, ele já deve estar te aguardando."
Vou direto para o consultório.

"Dr Julios com licença."
"Sim Rafi, já estava a sua espera,sua mãe me falou que estava prestes a chegar"
"Obrigada Dr, e como está Alícia?"
"Agora está estável, encontramos uma quantidade expressiva de um ansiolítico, mas que não teria feito mal algum se não tivesse sido ingerido com bebida alcoólica, o problema foi a junção dos dois.
"Bebida alcoólica?"
"Sim"
"Entrei em contato com o médico e com o laboratório da medicação e pude confirmar que Alícia, fazia uso dos medicamentos,  proviniente de crises de ansiedade chegando até síndrome do pânico, mas tinha parado por conta própria, pois não havia retornado as consultas.
Ela estava agitada, então acredito que ela teve uma crise novamente e utilizou o medicamento.
Bom e sobre o estado clínico dela no momento, precisamos esperar ela acordar para ver se ficou alguma sequela da queda, ela bateu a cabeça e torceu o pulso esquerdo."
" E ela demora para acordar?"
" Acredito que sim, ela já acordou uma vez, mas estava muito agitada, então agora está sob efeito de calmante.
" Obrigada Dr, Será que agora posso vê-la?"
" Sim claro,ela está dormindo, mas você pode ficar lá caso desejar, vou acompanhá-lo."
Assim que entro naquele quarto de hospital,  me sinto impotente, de vê-la assim tão fragil naquela cama.
Me aproximo e vejo um corte na sua testa, e seu olhos aroxiados acredito que pela pancada na queda.
Acaricio seus cabelos seguro sua mãe, e deixo um beijo casto em sua testa.
" Eu vou cuidar de você , agora está tudo bem.
Me desculpe não estar ao seu lado nesse momento tão difícil meu amor."
Fico ali do seu lado velando seu sono, até chegar uma enfermeira para checar se estava tudo certo, me afasto para não atrapalhar seu trabalho e me sento em uma poltrona próxima a cama.
Depois de alguns minutos Alícia acorda, mas não estava muito consciente,  estava agitada e desesperada, mas o que me surpreendeu foi ela chamar por mim,  tento acalma-lá e a seguro até os médicos virem e seda-lá.
Quando está quase desfalecendo, ela me olha e agora sim pode me ver, pois vejo soletrar meu nome e me estender sua pequena mão, assim que a pego ela sorri serena e apagua novamente.
Fico furioso com a atitude do médico e pergunto se isso foi necessário seda-lá, ela estava apenas confusa e ira se acalmar com o tempo.
Proibi qualquer tipo de sedativo, ela precisa acordar e a hora q isso acontecer eu estarei ali,  para segura-la se preciso for.
Alícia ficou desacordada o dia todo e eu fiquei ali, não sai do seu lado, quando já estar a cair a noite vejo que ela começa despertar, agora bem mais calma que antes.
Não me aproximo fico onde estou e respeito seu tempo.

"Rafi"
Ouço sua voz fraca e baixa, me aproximo seguro sua mão e dou um sorriso sereno.
" Bom dia bela adormecida"
"Onde estou?
" Você Está em um hospital"
" O que aconteceu"
" Você caiu da escada.
Ela fecha os olhos como se estivesse lembrando do que aconteceu.
" Sim, agora eu lembro, eu estava com a sua mãe no telefone, a minha mãe Rafi, eu fiquei desesperada, então comecei a ter uma crise de pânico e procurei um dos remédios que eu já tomava, mas diferente das outras vezes comecei a passar mal,  e não lembro de mais nada.
" Agora está tudo bem"
" A minha mãe Rafi, por que você não me falou?
" Eu não podia Alícia, essa é uma conversa que só ela podia ter com você, mas você precisa ser forte, como você acha que ela ficaria sabendo o que aconteceu com você?
" Você tem razão, mas agora que eu já sei, por favor não me esconda nada, como você sabia? o que você tem haver com tudo isso?
" Seu pai me procurou e me contou o que estava acontecendo, então me ofereci para ajudar, você sabe sou bem conhecido aqui em nova York, então sugeri  para sua mãe vir fazer o tratamento aqui no hospital referência em tratamento de Câncer o MD Anderson Câncer Center, no Texas, Assim que ela aceitou voltei para Dubai com um avião UTI para melhor acomodação, por ser uma viagem cansativa.
" E como ela está  Rafi? Ela vai morrer?
Nesse momento vejo seu olhos encherem de lágrimas, então me aproximo, acarinhado seu rosto e seco suas lágrimas.
" Todos vamos bebê.
Mas nesse momento fique tranquila, a doença não tem avançado e com o tratamento ela ficará logo boa. Mas você precisa ser forte Alícia, por que a maior preocupação da sua mãe é você, ela está pensando mais em você no que nela, e nesse momento ela tem que estar segura e você tem que passar tranquilidade pra que assim ela começar o tratamento."
" Obrigada Rafi, você tem razão. Mas não pense que você assim todo atencioso fez com que eu me esqueça que sumiu, me deixou sem notícias e me escondeu algo tão Sério."
" Mas esse, meu lado bonzinho já acabou!
Você sabe o motivo da senhora está no Hospital Alícia?
"Porque eu caí da escada!"
" Se a Senhora não tivesse ingerido Bebiba alcoólica com medicação, com certeza nada disso teria acontecido!  Você sabe o que poderia ter acontecido se o Breno não te encontrasse a tempo? "
" Foi só uma ou duas taças de vinho"
" Eu não perguntei o que você tomou! Eu perguntei se você tem noção da gravidade?"
" Ok Rafi, eu estou bem não estou?"
" Sim você está, quem não está sou eu.
Preciso ir agora, Breno está ali fora, se precisar de alguma coisa pode chamá-lo.

Viro as costas antes de Alícia se quer dar uma palavra, como pode a menina doce e frágil em fração de segundos dar lugar a garota desafiadora e prepotente.
Dou as coordenadas para o Breno e me retiro.
Precisava sair dali, meus últimos dias se resumiram em hospital e avião.
No caminho para casa vou lembrando de tudo que aconteceu depois que Alícia entrou fisicamente na minha vida, em tão pouco tempo me virou de cabeça para baixo, me fez perder o foco, e sair da minha zona de conforto e racional.
Mas preciso de novo estar no controle da situação, só ainda não sei como.


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