Loba

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(No chalé)

Thomas, Dayara, Jorge e Evan foram nadar em uma cachoeira nos fundos da casa. Matheus e Kely ficaram na varanda ouvindo músicas, às vezes arriscavam algumas notas. Brian e Linnea foram dormir e Sthefane ficou arrumando a casa, embora, por incrível que pareça, não estivesse suja, não tanto quanto deveria afinal eram mais de cem anos sem visitantes.

As horas se passaram rapidamente, quase que questão de minutos. E por já estar tarde, a preocupação de Thomas voltou.

- Gente, cadê a Lari? Já era pra ela ter voltado, não estou gostando disso.

- Realmente Thomas, faz tempo que ela saiu, quer dizer, a gente nem sequer viu ela  saindo, e não e do feitio dela ficar sem dar noticias, e muito menos sem comer.

- Vamos procura-la agora, ela pode estar ferida – diz Brian.

- Okay! Evan e Linnea vão pegar lanternas, Brian procure uma corda, Daya e Matheus peguem casacos para todos, Sthefane e Thomas fiquem no chalé para o caso da Lari voltar.

- Você esta louco Jorge? Eu não vou ficar aqui sentado, se a Lari pudesse voltar sozinha já teria voltado. EU VOU AJUDAR NAS BUSCAS, e não a nada que você possa fazer para me impedir.

- Tudo bem Thomas, mas se controle desse jeito não vai ajudar em nada. Vamos gente, o que estão fazendo parados ainda? Nossa amiga precisa da nossa ajuda. Kely você fica no lugar de Jorge.

- Okay!! – falam todos.
Dez minutos depois estão prontos e saem a procura de Larissa.


(No túnel)

Após passar o dia todo andando a procura de uma saída, Lari já esta exausta e pensando em desistir de até que escuta o som de suaves gotas d’agua caindo, resolveu seguir o som até avistar uma poça, chega perto e cheira para se certificar se é realmente água. Ao constatar que era, bebe muito matando sua sede, e nesse momento percebeu o quanto estava morrendo de fome, sua barriga roncava como nunca, estava fraca e cansada deitou-se perto da água e dormiu.

Pouco tempo após cair no sono, escutou um rosnado e rapidamente acendeu a lanterna e gritou:

- Quem esta aí? – e o vulto que vira antes passou novamente. Ela ficou com muito medo de ser atacada, por seja lá o que estivesse a perseguindo, se encolheu no canto da parede, colocou a cabeça entre os joelhos e começou a chorar como há muito tempo não fazia.

O único som que se ouvia ecoando entre os muros eram dos soluços dela, até que o rosnado voltou e foi ficando mais frequente e próximo Lari levantou a cabeça e viu um cachorro muito grande a encarando com duas maças na boca.

O cachorro foi se aproximando devagar até ficar cara a cara com ela, o que a fez perceber que o animal não era um simples cachorro, era algo muito maior e amedrontador, era um lobo. A fera deixou as frutas no chão e foi se afastando, sem deixar de encara-la, parecia ser um bom animal, rosnou novamente, mas desta vez, muito mais alto e ameaçou ir pra cima de Lari, o que a fez fechar os olhos e se encolher novamente.

Poucos segundos depois o rosnado parou, e assim que abriu os olhos o animal já não estava mais ali, mas as maças continuavam onde ele deixou.

Por estar faminta, não pensou duas vezes, devorou as frutas rapidamente, mas ainda estava com muita fome.

Porém, após descobrir que tem um animal daquele tamanho nos tuneis com ela, resolveu continuar a procurar uma saída, provavelmente àquela coisa ia voltar para devora-la a qualquer momento.

Andou por muito tempo, mas parecia que quanto mais andava, mais longo os tuneis se tornavam. Suas pernas latejavam de dor, sua cabeça parecia que ia explodir e seu estomago nem se fale, seria capaz de comer um belo bife com batatas fritas, mesmo sendo vegetariana, quer dizer em partes, já que ama hambúrguer.

(Na floresta)

O grupo continuava a procura, gritavam por Larissa, mas as únicas respostas que conseguiam eram os sons dos animais da noite, de repente uma neblina muito densa os envolveu, e já não era mais possível visualizar dois passos a sua frente.

The magical islandOnde histórias criam vida. Descubra agora