Ato um - Parte um

73 5 0
                                    

Ionia guarda vários segredos místicos e lendários, desde artefatos à magias; Lá é o lar de muitos guerreiros da liga, sendo um deles o mais cruel, Zed.

O Mestre das Sombras é temido por toda Ionia, por sua história sanguinária e impiedosa, mestre hábil na arte de controlar as sombras, um inimigo exímio e mortal a qualquer um que ousar enfrenta-lo em um combate frontal.

Hoje seria um dia incomum, pois recebemos a missão de acabar com sua vida. Um ato perigoso, porém de suma importância. Zed representava uma ameaça a Ionia inteira, o ninja vivia sobre suas próprias regras e passava por cima de quem quer que se opusesse, o terror que seu nome causava nos civis não era infundado. Nosso general quer ver Zed morto pela manhã, ninguém aguenta mais viver sabendo que há um assassino de nível S vivo por aí, e tudo que sabíamos sobre ele era que reside em um templo afastado. Templo esse antes pertencente a seu pai adotivo e a seu irmão, tomado para assim se tornar o lar de seu novo clã, o Clã das Sombras.

E quando a noite caiu, eu e minha equipe partimos para a floresta rumo ao templo de Zed, mesmo que o batalhão tentasse não transparecer, o clima estava pesaroso entre nós, estávamos receosos de não sair dessa missão com vida, alguns até abandonaram seus postos ao saber o que enfrentaríamos, as histórias que circulavam o ninja beiravam o inimaginável, sua fama foi mais que suficiente para deixar nossos combatentes aterrorizados. Temia ainda que fossemos surpreendidos por alguma tropa inimiga em nosso território, fosse ela de Noxus ou Demacia, ou até pior, pelos ninjas das sombras.

Tudo parece quieto, a floresta é calma, serena como o mar durante a noite nas Docas da Matança. Caminhamos com cuidado, empunhando apenas espadas e lanças, não mais do que isso, as vezes penso se nos mandaram numa missão suicida. Zed é rápido e muito esperto, não queremos carregar coisas pesadas, isso pode nos deixar lentos, o que seria fatal para cada um de nós. A mata escura e a copa das árvores nos fazia acreditar que estávamos sendo observados do escuro o tempo todo, o plano era surpreende-lo, mas de alguma forma sabíamos que ele estava a nos esperar desde o começo.

O Tenente que lidera nossa equipe, Makki, sabe muito bem o caminho, diz ele que já esteve aqui antes e que por pouco não morreu. Tentamos entrar em detalhes, mas ele apenas passa a mão direita em seu rosto, bem em cima de sua cicatriz, então mais ninguém se atreve a fazer qualquer pergunta, eu seguro minha arma com ainda mais firmeza que antes, como se estivesse procurando segurança nela.

- Senhor, falta muito? - perguntou Borgan, em um sussurro, para não acordar a floresta.

Tarde de mais, escutamos um barulho ao lado direito e em um instante paramos. Era só um coelho com cara de assustado, mas o que ele faz a essa hora da noite fora de sua toca? Sem tempo para pensar nessas coisas, partimos.

A floresta está um tanto fechada, escura, com apenas a luz do luar passando entre as folhas, nos da um pouco de visão do lugar. Ainda me questiono sobre o coelho que estava ali, mas isso logo sai de minha cabeça quando avistamos o templo das Sombras. A lua não está grande como de costume, apesar de que há muitas nuvens acima de nós, acho que vai chover

O Templo está logo adiante, a mais ou menos 15 metros de nós. A distância que nos separa é a céu aberto, um caminho longo e perigoso a se caminhar em um lugar como este, sem dúvida podemos ser vistos caso sejamos lentos para atravessar este espaço. Somos um grupo de oito, está em nossas mãos acabarmos com Zed esta noite.

Estamos frente-a-frente com o seu Templo, uma investida por aqui pode custar nossa missão, então o Tenente da ordens para nos dividimos em grupos de quatro.

- Grender, você vem comigo - diz o Tenente para mim, e logo me aproximo mais dele.

Damos a volta no lugar, bem atentos, apenas o barulho da floresta  quebra nosso silêncio e isso é bom, pois oculta o som dos nossos passos.

Nos posicionamos bem, então  avançamos mais rápido e silencioso possível do que antes. O capitão pede para pararmos, eu não entendo, mas logo percebo o motivo. Há alguém sentado ao topo do templo, em posição de meditação. Não sabemos quem é. Seja quem for é melhor não ser quem buscamos. Um sentinela talvez? Com mais cuidados nós seguimos, e quando menos esperamos somos surpreendidos por barulhos de vento em torno de nós, eram os ninjas de Zed nos cercando. Um em cada lado, um na frente e outro atrás. A missão praticamente acabou, só nos resta lutar para sobreviver e ter a sorte de enfrentarmos Zed e matá-lo, o que acho pouco provável que aconteça, ou talvez não, somos Ionianos. Enquanto houver vida em nós, haverá esperança.

Sombras da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora