Então é natal

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 Ambos não comentaram nada sobre o ocorrido, na verdade, mal se viram, no início Meyko compreendia a falta de comunicação, ela estava com seus próprios planos para o presente de Shouta, mas um dia antes do natal ela começou a ficar preocupada, pois em seu ponto de vista ele parecia estar a evitando. Shouta por outro lado também estava preparando uma surpresa para Meyko também, porém para isso ele teria que sair bastante para conseguir o que quer e o tempo era corrido também, ele sabia que isso acabaria deixando ela preocupada alguma hora, entretanto preferiu não revelar nada.

3 dias se passaram e é natal, os Sr. e Sra. Hikari trabalham como um dia qualquer, mas a noite quando chegam, participam um pouco da tradição ocidental. Era de tarde, Meyko foi toda animada colocar seus presentes em baixo da árvore e se depara com Shouta, andando apressadamente para seu quarto com uma caixa em mãos, uma grande sacola em um de seus braços e com o cabelo bem mais bagunçado do que o costume. Curiosa, Meyko foi atrás dele, bateu em sua porta e o esperou pacientemente, após um tempinho ele abre uma fresta da porta dando só para mostrar seu rosto.

- que foi? – ele mau olha para ela, parece estar de olho em algo atrás da porta, Meyko chega a se inclinar um pouco para ver por trás, mas Shouta era mais alto

- só queria saber se você está bem – Meyko se aproxima mais, ergue sua mão e tenta ajeitar o cabelo dele, ambos ficam com as bochechas vermelhas, em seguida desviam os olhos – huh? Shouta, que curativo é esse em seu rosto? – Ela desliza suas mão lentamente para seu rosto.

- ah... eu caí – Meyko sabe muito bem que ele está mentindo, fica claramente incomodada, porém não toca no assunto mais – bom, se não tem nada mais a dizer... – ele vai lentamente fechando a porta, parece bem ocupado.

Meyko vem tentando ser o mais paciente o possível para conseguir conviver com Shouta sem o irritar, mas sua curiosidade grita dentro de si, ela precisa saber de mais antes que enlouqueça, ela desce as escadas rapidamente e vai até o motorista para ver de onde ele chegou.

- boa tarde senhor Hiroshi – Meyko fala docemente para persuadir melhor o motorista, porem deixando o desespero um pouco aparente – O senhor pode me dizer onde o Shouta foi?

- ah minha querida, o jovem mestre pediu para não lhe dizer nada – O senhor Hiroshi calmamente responde, enquanto ela parece perder mais a paciência. Meyko entra no carro para olhar o histórico no GPS, porém não há nada – não irá achar nada ai minha querida... – ele gentilmente ajuda a garota agitada a sair do carro – ele apagou o histórico do GPS prevendo que uma hora faria isso.

Meyko sai de pés quentes, com seu sangue fervendo fica andando em círculos na sala até ouvir a voz de sua mãe

- Meyko! O que houve? – Akari anda apressadamente até sua filha que estava pensativa até a mãe colocar a mão em seu ombro e puxar passa si

- ah mãe você já chegou! – Meyko estranha sua mãe estar ali, ela ficou tão perdida em seus pensamentos que nem viu o tempo passar. – eu... Estou bem – ela sorri de uma forçadamente

- você tem certeza que não quer comentar sobre? – Akari olha fixa seus olhos em sua filha que parece mais desconfortável agora.

- não é nada, ta tudo certo – Meyko fala aos gaguejos, sua mãe não tenta persuadi-la mais afinal entendeu que sua filha não quer tocar no assunto.

- bom, vou tomar um banho, não sei se reparou, mas seu pai já chegou também, logo iremos abrir os presentes ok? – Meyko afirma com sua cabeça energeticamente.

Algumas horas se passaram, o que pareceu séculos para Meyko que mal conseguiu aproveitar o jantar ansiosa para saber o que Shouta estava armando, enquanto isso o mesmo ria pelo jeito que ela parecia nervosa a cada risada dele era um manifesto de raiva dela. Assim seguiu a noite até chegar a hora de abrir os presentes, todos estavam reunidos na sala perto da árvore e para a tortura de Meyko os presentes dela e de Shouta eram os últimos.

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