Eu te conheço melhor do que a mim mesma

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- Daisy acertou em cheio. - disse Phil aproximando-se da cabana - É linda.
O lugar não era tão grande, mas bastava para os dois. A cabana era toda em um tom de madeira escuro, com uma janela na lateral e uma área na frente, onde havia duas cadeiras de balançar. Phil imaginou-se ali, ao lado de May, admirando o pôr do sol enquanto curtiam a aposentadoria e tomavam mais uma garrafa de Haig. Ele sabia que isso não aconteceria, mas não podia impedir-se de sonhar.
- É, ela realmente acertou. - Aquele tom de voz Phil conhecia muito bem, trabalhou muito tempo com ela para saber diferenciar quando ela estava omitindo uma parte da história.
- O que você não está me contando? - intrigou-se.
- Como assim Phil? - ela repetiu o tom de voz.
- Melinda May, eu te conheço desde não sei quando e eu sei quando você não está me contando algo. Eu sei, mesmo que ninguém mais saiba. - May desviou o olhar para o chão, tentando disfarçar a expressão de "fui descoberta" que estava estampada na sua face.
- Ok - ela disse, olhando-o novamente - Não foi Daisy que encontrou esse lugar. Foi eu. - soltou um leve suspiro antes de prosseguir - Na verdade, eu mandei fazer.
A surpresa na cara de Phil estava mais do que evidente. Ele perguntava-se como ela tinha feito isso, o por quê e como ele não tinha descoberto. Além disso, o lugar era exatamente como ele imaginara um dia, com as cores, o estilo da janela, até as cadeiras de balanço, e ele nunca havia falado pra ninguém.
- Como você... sabia? - disse gaguejando - É exatamente do jeito que eu imaginava.
- Eu te conheço melhor do que a mim mesma, Phil Coulson. - a chinesa aproximou-se, tocando carinhosamente o rosto do homem.
- Quando você constr... - Phil foi interrompido por um beijo inesperado de May. Ela tocou-lhe os lábios da maneira mais suave e sexy do mundo, fazendo Phil arrepiar-se. Tocava-lhe o rosto com as duas mãos pequenas, e Phil a entrelaçava em um abraço, como se fosse um casulo, como se fosse o seu porto seguro.
- Não importa, Phil. - disse baixinho, olhando nos olhos dele - O que importa é que você gostou. - sorriu - Vamos entrar?

A cabana estava levemente arejada, indicando que alguém esteve ali antes de eles chegarem para limpar o local. A decoração lembrava muito o clima praiano, havia uma cozinha com os eletrodomésticos todos em cor branca e objetos coloridos que se destacavam, uma bancada dividia a sala e a cozinha, o que lembravam o modelo americano. Nas paredes de madeira haviam quadros com paisagens que coloriam e constrasteavam com o pequeno, porém aconchegante, sofá branco que tinha ali. Phil prestava atenção em cada detalhe da cabana, abriu uma porta de madeira onde imaginou ser o banheiro, havia uma enorme banheira e uma janela que dava para os fundos da cabana, no pé da janela havia flores, velas e uns objetos em madeira que davam um toque chinês.
- Você planejou esse lugar por bastante tempo. - Disse admirado, quebrando o silêncio. May o seguia, mas não olhava o lugar, olhava para ele.
- Sim, levei um tempo.
Caminhou até uma outra porta, ela era dupla e tinha vidros, tinha uma pequena cortina que cobria a parte de dentro, então imaginou ser o quarto. Uma cama King Size, com vários travesseiros e uma colcha em tons claros estava no centro, perto da janela tinha um armário rústico, e as cortinas eram leves, então balançavam com a brisa da praia.
- Só tem uma cama? - ele perguntou, com um pouco de vergonha.
- Não... - respondeu - Quando eu mandei construir eu não imaginava que... nós... você sabe. - suas bochechas coraram - Ali tem outro quarto. - apontou para uma porta que havia no outro canto do quarto, e que Phil nem notara. - Não é tão luxuoso quanto esse, mas na época eu não precisava. Só tinha que me assegurar que você ficaria bem.
- Não era uma cabaca na Austrália... - Phil disse, mais surpreso do que nunca.
- Não era. - May aproximou-se - Naquela época, você não queria ouvir a palavra "Tahiti", por causa das coisas que te lembravam. Mas no fundo eu sempre soube que era seu sonho conhecer um dia.
Os olhos de Phil lacrimejaram, ele estava repleto de gratidão e felicidade. Alcançou as mãos de May, cobrindo-as com as suas e levando até a boca, onde as beijou amorosamente. - Obrigada May - disse fitando-a e ela sorriu em resposta.
- O que você quer fazer agora? - May olhou-o de baixo, por mais que ela ainda estivesse com as botas, era baixinha. - Sei que você fez uma lista.
- Sim, eu até fiz. - respondeu passando as mãos ao redor de May e a abraçando com força, o que fez ela elevar-se um pouquinho, ficando com os lábios quase colados nos de Phil. - Mas agora eu só quero você. - Dessa vez ele beijou-a com força e desejo, um desejo que a décadas estava acumulado. Não exitou em passar a mão por todo o corpo de May, apertando de leve lugares onde imaginava que ela gostaria, e ele estava certo. May estava com as unhas cravadas nas suas costas, e respondia o beijo à altura. Ás vezes afastava-se para recuperar o fôlego, e quando fazia isso, Phil descia pelo seu pescoço, dando-lhe beijos de boca aberta e mordidinhas. May passou as mãos por baixo da camisa de Phil, arranhando com força e quando Phil passou a mão por dentro de seu sutiã, soltou um gemido alto. Isso o excitou como nunca, ele ergueu-a no colo e a prensou contra a parede, arrancou com força a camisa que ela usava, exibindo um sexy sutiã de renda preta que May usava. Ele beijava o espaço entre os seios da chinesa com força, deixando pequenas marcas arroxeadas ali, e May contorcia-se contra a parede.
- Phil - A mulher disse baixinho, completamente sem fôlego, mas Phil estava com as mãos para abrir o seu sutiã e não a ouviu - Phil - ela disse mais alto, fazendo o homem parar e olhar para ela, confuso - Podemos... deixar para depois do jantar? - estava sem fôlego, completamente descabelada e excitada.
Phil não queria parar, mas entendeu-a. Eles foram amigos por anos, e ambos esperaram isso por muito tempo, deveria ser especial. Ele concordou com a cabeça, e a desceu de seu colo.
- Está com fome? - ela disse depois de colocar a camisa.
- Depende - Phil respondeu - Você vai cozinhar? - fez uma careta.
- Idiota. - deu uma risadinha - Vou ver se encontro algo. Estou faminta!
- É, eu também estou. - ele a olhou de cima a baixo, dando a entender muito bem o que ele desejava.
A chinesa deu um sorrisinho sexy e seguiu para a cozinha.

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