16 - Legilimente

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Eu não preciso de ajuda!

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O Profº. Dumbledore mandou todos os alunos da Grifinória voltarem ao Salão Principal, onde foram se reunir a eles, dez minutos depois, os alunos da
Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina, todos parecendo extremamente atordoados.

-Os professores e eu precisamos fazer uma busca meticulosa no castelo. -Disse o diretor aos alunos quando os professores McGonagall e Flitwick fecharam as portas do salão que davam para o saguão. -Receio que, para sua própria segurança, vocês terão que passar a noite aqui. Quero que os monitores montem guarda nas saídas para o saguão e vou encarregar o monitor e a monitora chefes de cuidarem disso. Eles devem me informar
imediatamente qualquer perturbação que haja. -Acrescentou Dumbledore
dirigindo-se a Percy, que assumiu um ar de enorme orgulho e importância. -Mande um dos fantasmas me avisar.

O Profº. Dumbledore parou, quando ia deixando o salão, e disse:

-Ah, sim, vocês vão precisar...

Com um gesto displicente da varinha, as longas mesas se deslocaram para junto das paredes e, com um outro toque, o chão ficou coberto por centenas
de fofos sacos de dormir de cor roxa.

-Durmam bem -Disse o Profº. Dumbledore, fechando a porta ao passar.

O salão imediatamente começou a zumbir com as vozes excitadas dos alunos; os da Grifinória contavam ao resto da escola o que acabara de acontecer.

-Todos dentro dos sacos de dormir! -Gritou Percy. - Andem logo e chega de conversa! As luzes vão ser apagadas dentro de dez minutos!

-Vocês estão bem? -Era Draco, ele se aproximou das duas com um saco de dormir já em mãos

-Sim, não estávamos no Salão Comunal quando... Black entrou.

Draco estava sem expressão, mas o modo como ele encarava Olívia a fez lembrar da sua última aula de poções e do que lhe falara no Beco Diagonal no início do ano. Ele parecia saber mais sobre a relação entre Sirius Black e sua família do que qualquer um, e ela não gostava disso. Logo o olhar dele se voltou para Audrey:

-Hmmm... -Olívia acenou pra ele, tentando motivá-lo a continuar. -... foi mal pelo que eu disse a você.

Não eram essas as desculpas que Audrey queriam ouvir, muito menos da maneira fria e insensível como as palavras foram proferidas.

-Claro, Draco. -Disse, mas seu sorriso não chegou aos olhos.

Então Audrey voltou para onde estavam seus amigos enquanto Olívia continuou encarando Draco. Audrey era, geralmente, uma máquina bem humorada de perdão ambulante, por isso havia algo muito errado no jeito sério e no sorriso forçado quando saiu de perto deles. Quando ela voltou o olhar para o garoto, ele estava com outro saco de dormir em mãos e estendeu-o para ela.

-Obrigada.

-Eu tentei. -Draco deu de ombros, referindo-se à cena com Audrey.

Olívia deu um leve sorriso a ele.

-Claro que tentou, Sonserina. -Disse, levemente irônica. -Boa noite.

Então se afastou na direção de seus amigos.

-Calculo que ele tenha perdido a noção do tempo, já que está fugindo -Dizia Rony, obviamente estavam comentando sobre o fugitivo, assassino e, aparentemente, invasor de escolas de magia, Sirius Black.  -Não percebeu que era Dia das Bruxas. Do contrário teria invadido o salão.

-Não acho. -Olívia falou. -Ele conseguiu fugir de Azkaban bem na cara dos dementadores, não é burro. E entrar no salão com Dumbledore e todos os outros professores seria burrice.

OLÍVIA POTTER [3]Onde histórias criam vida. Descubra agora