STILES P.O.V.:
Scott acelerou tudo o que podia, eu nunca havia visto o Jeep tão rápido, e enquanto eu segurava Lydia nos meus braços, eu vi que eu faria de tudo pra tirar aquela dor dela. Ao chegar na clínica do Dalton, corremos pra dentro enquanto ela continuava com dor, apoiada em mim e no Scott.
— Coloquem-na em cima da mesa! – Dalton falou apressado e eu e Scott a colocamos em cima da mesma, enquanto ela agonizava de dor. Ele começou a mexer em algumas coisas enquanto eu me certificava de que ela estava o mais confortável possível, tirei o cabelo de seu rosto, que só expressava dor enquanto ela se curvava pra frente. – Segurem-na! – Dalton falou e eu a segurei junto com o Scott, enquanto ela começava a dar pequenos gritos que faziam tudo na sala vibrar.
— Doutor, poderia fazer algo? – falei enquanto eu observava que aquele grito iria aumentar e piorar a situação pra todos, mas principalmente pra ela, era com ela que eu estava preocupado.
— Farei, mas agora preciso que a mantenha quieta. – ele disse enquanto manuseava algo que estava fora do meu campo de vista.
A respiração de Lydia estava ofegante e ela gemia de dor, enquanto fechava os olhos com força e parecia se controlar muito pra não gritar. Dalton se aproximou com um tipo de seringa metálica e olhou pra ela.
— Quieta. – ele falou com a mão no seu pescoço.
— O que é isso? – eu estava tentando não parecer assustado, mas tudo aquilo era demais pra mim, principalmente porque envolvia ela.
— Visco. – ele respondeu, parecendo querer me acalmar.
— Visco? Ela tem um maldito furo na cabeça. – falei inconformado, tentando entender como aquilo iria ajudá-la.
Ela gemeu de dor e eu senti o meu coração doer.
— Stiles, ajude. – Scott disse, atraindo minha atenção.
Voltei a segurá-la com mais força e enquanto Dalton segurava em seu pescoço pra deixar a cabeça firme, ele injetou o visco no buraco que tinha no seu crânio, me dando uma eterna aflição por vê-la com tanta dor. Quando percebi, eu não podia mais segurá-la, ela se ergueu, se sentando na mesa e gritando com todas as suas forças, fazendo com que minha audição doesse mais ainda, e por mais que o instinto normal de uma pessoa fosse se auto proteger, quando o vidro das janelas quebrou, tudo o que eu pensei foi em protege-la. Me curvei sobre o seu corpo e senti os pedaços de vidro caindo sobre mim, mas o importante é que ela estava segura. Assim que ela se deitou, ela parou de gritar, e quando todos os cacos de vidro caíram, eu me levantei e a olhei.
Ela estava desacordada e o seu rosto transmitia paz, paz essa que eu não conseguia sentir.
— Lydia? — perguntei com o meu coração doendo de medo. Olhei pro Scott e voltei a olhar pra ela. – Lydia. – Segurei o seu rosto e a dor que eu sentia começava a aumentar.
LYDIA P.O.V.:
Eu gritei e senti tudo apagando, logo tudo ficou claro e eu comecei a ver flashes da minha vida. Então é isso? Eu consigo fugir daquela prisão de médicos loucos e morro? Não valeu a pena?
Como a minha mãe vai ficar? Ela vai se culpar muito. E o Stiles? Ele fez de tudo pra me tirar de lá e eu não fui forte o suficiente. Eu só queria ser mais forte, e...
— Allison? – minha vista estava embaçada e eu estava um pouco tonta, mas eu conseguiria reconhecer aquele rosto. Ela se aproximou de mim enquanto as cenas da minha vida se tornaram cada vez mais recentes. – Allison! – finalmente eu consegui me mexer e abraça-la com o pouquinho de força que eu tinha. – O que tá acontecendo? – me afastei dela enquanto ela sorria e me olhava de forma pacífica. – Eu morri? É isso? – os meus olhos encheram de lágrimas enquanto eu via cenas da minha mãe, do Jackson, do Stiles, da Allison, da Malia, Kira e de algumas outras pessoas. Tudo estava refletido nas "paredes" daquele lugar branco que parecia não ter fim.
— Por favor, não a mate! – olhei de lado e vi uma cena que eu estava desacordada no campo do colégio, o Peter tinha acabado de me atacar e o Stiles chegou correndo. – Pode me matar, eu não me importo! – ele gritou pro Peter e eu senti o meu coração doer.
— Às vezes a gente não tem escolha. – a Allison falou, atraindo a minha atenção. – Eu não tive escolha, foi algo fatal no meu corpo, mas você tem escolha, Lydia, e você vai voltar, sabe por quê? – franzi o cenho e ela apontou com o olhar pro outro lado, e quando eu olhei, era como se tivesse uma câmera flutuando o meu corpo em cima da mesa enquanto o Stiles segurava o meu rosto.
— Lydia, vamos. – a minha visão do seu rosto ficou mais clara e ele estava apavorado, e era estranho porque eu sentia o que ele estava sentindo, era um medo enorme de me perder. – Não. Vamos, Lydia, acorde. – ele falou balançando a minha cabeça num desespero notável. – Vamos, Lydia... Acorde! – olhei pra Allison e ela assentiu com a cabeça, como se soubesse o que eu estava sentindo.
— Nesse plano você sente as conexões com mais evidência. – ela falou sorrindo. – Vocês foram feitos um pro outro, Lydia. – observei os seus olhos marejados e o meu coração acelerou ao pensar no Stiles. – Você pode me escutar? Lydia! – ele continuava insistindo e a cada vez que eu escutava a voz dele, eu ficava mais longe da Allison, e não conseguia me mexer.
— O que está acontecendo? – perguntei enquanto me distanciava dela.
— Eu não estou fazendo nada. – ela sorriu. – Ele que está. Ele está te levando de volta à vida, Lydia.
— Lydia, abra os seus olhos. Vamos, vamos... Me escute, Lydia. – escutei o Stiles.
— Conexão é algo muito forte, vai além do que a gente pensa. – e sua voz foi ficando distante, eu fui ficando cada vez mais consciente do meu corpo, enquanto a imagem da Allison ia sumindo. – Três vidas irão surgir dessa conexão, e eu vou estar pronta pra voltar como sua filha. – senti um enorme impacto no peito e uma paz reinou do meu corpo.
— Lydia, abra os seus olhos. Vamos, vamos... Me escute, Lydia. – senti o meu corpo voltando e automaticamente tudo apagou na minha mente. – Lydia, só abra os seus olhos, ok? Lydia, você só precisa abrir os olhos...
Finalmente eu senti o meu corpo físico e respirei, abrindo a boca e depois os olhos, avistando o olhar de alívio do Stiles. Fechei os olhos com força e depois os abri, eu ainda estava tonta e não conseguia me lembrar do que tinha acontecido depois do meu último grito.
— Você está bem? – o Stiles perguntou e com a pouca força que eu tinha, assenti levemente com a cabeça. – Você está bem. – ele sorriu e segurou minha mão, os nossos dedos foram se entrelaçando como se tivessem sido feitos um pro outro e eu senti um alívio em estar ali, mas principalmente por estar com ele, e quando eu olhei em seus olhos, em alguns milésimos de segundos, eu senti que ele tinha me trazido de volta. – Quer tentar se sentar? – ele perguntou e eu assenti com a cabeça, foi quando ele e o Scott me ajudaram a sentar, o Stiles ainda olhava pra mim, preocupado, enquanto eu tentava não ficar tonta. Olhei ao redor, e quando eu olhei pra frente, avistei a minha mãe.
Ela olhava pra mim com preocupação e alívio no olhar, enquanto tudo o que eu sentia era saudade.
— Mãe? – falei quase num suspiro e ela se aproximou.
— Querida... – e finalmente me abraçou, e eu senti um alívio imenso por ela estar ali comigo, e estar bem.
— Eles salvaram a minha vida, mãe. – falei com o olhar pra baixo e olhei pro Stiles. – Stiles me salvou. — e eu sentia que ele tinha me salvado não só no plano físico, eu sabia que a nossa conexão só iria crescer e eu seria cada vez mais grata por ter Stiles Stilinski na minha vida.
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Stiles saved me
Любовные романыQuando tudo parecia ser o fim, a voz dele estava ali, ecoando naquele espaço branco num outro plano. Lydia sentia cada vez mais forte aquela conexão que ela ousava em esconder desde pequena, mas ela sabia que existia. Tudo estava evidente, ela sabia...