A baby, an alley

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-Eu disse que não era uma boa ideia sair, Steve. - exclamou Tony, se espremendo junto ao seu parceiro para tentar se proteger da chuva embaixo do guarda chuva pequeno para os dois homens - Ainda mais a pé, em um dos meus carros estaríamos menos molhados pelo menos.

–Eu sou um homem à moda antiga, você sabe. – disse o Capitão passando os braços pelos ombros do bilionário.

–Ah, claro! E agora vamos nos beijar na chuva ou o quê? – ironizou, tomando cuidado para não pisar em uma poça na calçada.

–Idiota. – respondeu o Capitão dando um selinho no moreno.

Enquanto caminhavam pelas ruas molhadas, Steve se atentava a cada detalhe, pois estava com um mal pressentimento, por mais que tentasse evita-lo. Uma sensação que arrepiava todos os seus pêlos e causava um frio na sua espinha, um frio que não tinha nada a ver com a chuva. Ao passarem em frente a um beco escuro escutaram um choro alto e uma voz rouca mandando o dono do choro calar-se.

–Eu cuido disso. Fique aqui, Tony. – pediu Steve e, antes que o mais baixo pudesse retrucar, correu até o fundo do local e se deparou com a pior cena que poderia presenciar.

Um bebê estava aos prantos enquanto um sujeito mal encarado segurava um bisturi sujo de sangue. Os containers ao lado do homem confirmaram as suspeitas do Rogers: aquele cara estava tentando roubar os órgãos daquele bebezinho.

Steve se aproximou e deu um soco no rosto do homem. Que berrou e, inutilmente, tentou ameaçar o Capitão com o bisturi, que foi atirado longe com um chute. Levantou o traficante pela gola e brutalmente o jogou na parede.

-De quem você pegou essa criança?

-Eu não roubei ele de ninguém, eu juro! - respondeu com a voz tremida, Steve lhe deu outro soco - Eu o achei ele em uma caçamba de lixo, eu juro! Só tinha o nome no cobertor dele, você pode até confirmar!

Quando Steve se virou, duas algemas brilhantes prenderam os pulsos do bandido e uma armadura vermelha aterrissou ao lado dele.

-A polícia já está vindo. O que esse sujeito queria com o garoto? - perguntou Tony, já com o rosto aparente.

Steve aproximou-se do bebezinho que ainda chorava. Havia um corte em sua barriga e no cobertor, que realmente estava escrito Peter. Ele enrolou o bebê no paninho que logo se sujou de sangue. Ia responder à pergunta de Tony, mas ele já parecia saber a resposta.

-Que maluco! Ia pegar órgãos de um bebê?

-Vamos levar ele para a Torre, aquele bisturi não parecia esterilizado. E ele está perdendo muito sangue. - exclamou Steve entregando ele para Tony - Vai voando com ele, te encontro na sala de exames.

-O quê? Rogers, espera aí! - exclamou Tony, mas o namorado apenas saiu correndo, já acenando para um táxi - Maldito! Ah, pare de chorar, garoto! Você vai melhorar rapidinho, tenho as melhores tecnologias desse mundo.

**********

-Você está maluco? Por que eu acho que está!

Tony não acreditava no que Steve estava propondo a ele. Não acreditava que Steve estava ninando aquele garoto em seu colo e lhe dando uma grande mamadeira. Não acreditava que ele queria que Tony Stark se tornasse pai de Peter junto com ele.

-Ora, Stark, não é uma ideia tão ruim. Vamos nos ajudar, vamos criar ele juntos! Seremos ótimos pais! - exclamou Steve, balançando o pequeno nos braços.

Tony encarou aquela cena por alguns segundos, refletindo. É, com certeza Steve tinha jeito com crianças, ao contrário de Tony. Fora um sacrifício trazer aquele pequeno corpinho até a sala de exames, imagine fazer o que Rogers estava fazendo. Mas não havia nada que ele quisesse mais do que ter uma família com seu amado. Nada. E ver Steve com aquele olhar penoso e um bebê fofo nos braços influenciava ainda mais na sua decisão.

-Por favor, Tony! Você consegue agilizar esse processo e eu posso...

-Tá, tá bom, Steve! - exclamou Tony, o rosto do loiro se iluminou - Vou ligar para a assistente social agora. Mas nem venha com abra...

-Ah, obrigado, Tony. - gritou Steve o abraçando, ainda com Peter no colo.

Por causa do grito, Natasha e Clint entraram de supetão na sala, para se depararem com Steve levantando Tony - de cara amarrada - em um braço e um embrulhinho de cobertores brancos no outro.

-O que houve? - perguntou a ruiva.

Steve estendeu o bebê para ela e Clint darem uma olhada.

-Vamos ser pais.

Superfamily - BrandOnde histórias criam vida. Descubra agora