Smart Mind

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Peter abriu os olhos, sem saber exatamente onde estava. Bem, ele estava deitado, disso ele tinha certeza. Estava sem camisa, mas seu peito estava coberto por um lençol branco. Ele reconheceu o lugar, seu quarto na Sede dos Vingadores. Quando olhou para o lado viu Rose. Sentada na cadeira da escrivaninha, adormecida.

Foi quando Peter começou a se preocupar, sabia que ela mal conseguia dormir em um carro direito, imagine em uma cadeira dura e sem nenhum travesseiro. Quando ele fez menção de se levantar, Rosita abriu os olhos e pulou da cadeira.

–Ah, graças a Deus! – ela passou os braços pelo pescoço do aranha – Não, não se levante!

–O que aconteceu? – a voz dele saiu meio embargada.

Rosie puxou o lençol, revelando ataduras que cobriam toda a superfície de seu abdômen. Quando olhou nos olhos da amiga viu que eles estavam marejados.

–Foi tudo minha culpa. Os "pontos" que eu fiz aquele dia se soltaram e eu não tinha visto que havia sobrado um fragmento de pedra do prédio daquele dia que Tia May morreu dentro do seu estômago. E eu fechei sem nem conferir. Você poderia ter morrido de infecção se a pele não tivesse aberto. – uma lágrima solitária desceu pela bochecha de Rosita – Me deu um baita susto, Peter.

Ele odiava ver ela chorando.

–Ah, não foi sua culpa!  – ele a puxou para se sentar ao seu lado, envolveu-a com cuidado em seus braços – Não tinha como você saber, ninguém estava pensando claramente naquele dia.

–Foi graças aos seus pais que você está bem. – ela murmurou contra o pescoço do garoto – Ótimo bom dia, desmaiar no laboratório.

Ele corou violentamente. Que baita vergonha ele devia ter passado. Será que Tony e Steve pensaram que ele estava espiando os dois propositalmente. Ele ouviu a conversa por acaso, apenas estava ali antes.

A porta do quarto se abriu revelando Tony e Steve com semblantes preocupados.

–Peter!

Rose se levantou da cama dando espaço para Steve e Tony Se sentarem, Peter não os encarou nos olhos. Steve parecia até respirar com mais leveza depois que o viu desperto e conversando com Rosita.

–Está com dor? Uma amiga veio de Seul para reconstruir perfeitamente a sua pele, não vai ficar nenhuma cicatriz. – disse Tony.

–Obrigado. – agradeceu, ainda morrendo de vergonha por toda aquela atenção – Eu, estava apenas no laboratório por coincidência, não estava ouvindo nenhuma conversa ou coisa do tipo.

Steve levantou a sobrancelhas, tinha até pensando que ele estava tentando ouvir sua conversa com Tony, mas a preocupação com o desmaio dele nem o fez lembrar muito sobre isso.

–Não se preocupe. – o tranquilizou Rogers – Mas vai ter que ficar de repouso por hoje.

–Mas eu preciso ir para a escola amanhã. – apressou-se em dizer.

–Talvez devesse ficar de cama pelo menos... – começou Tony, mas Peter o interrompeu.

–Não, eu realmente preciso ir na escola amanhã. Eu tenho que apresentar o trabalho.

Rosie estreitou os olhos para ele, antes de revirá-los. Como Peter Parker conseguia ser insistente em relações escolares.

–Você pode apresentar ele semana que vem!

–Não posso, Rosita. Esse trabalho vale metade da nota do semestre.

Ela viu Tony a olhando e simplesmente revirou os olhos e saiu do quarto. Steve olhou para Tony, como se o alertasse para não permitir que ele fosse à aula no dia seguinte.

–Se você acordar melhor amanhã, pode ir. – propôs Tony, Steve ainda não estava muito satisfeito com a decisão de Tony.

–Obrigado. – agradeceu Peter, aliviado.

–Descanse agora, está bem? – Steve colocou a mão sobre os cabelos de Peter, que enrijeceu-se, surpreso. O loiro retirou a mão rapidamente, com uma vontade imensa de ficar com ele ali no quarto, mas saiu junto com Stark.

–Eu sei que você queria ter mais intimidade com ele, mas vá com calma. Ainda é cedo.

–Eu sei, Tony. Mas é que às vezes vai além de mim, eu quero recuperar todo o tempo perdido...

–Eu só estou dando um conselho, picolé. Se não quiser seguir... – e saiu com as mãos enfiadas nos bolsos e uma falsa pose de despreocupação. Steve suspirou, observando-o se afastar.

Rosita enrolava a atadura firmemente no braço roxo e dolorido, também com uma certa agressividade. Estava com raiva por Peter ser tão teimoso. Talvez estivesse com mais raiva de si mesma, por ter feito aqueles pontos miseráveis, do que de Peter. Ela guardou o resto da gaze e dos curativos que havia achado em dos armários de uma espécie de sala de reuniões. Antes que pudesse ajeitar a manga do moletom, ouviu uma voz atrás de si.

–Onde machucou o braço?

Ela abaixou rapidamente a manga, antes de se virar para a mãe.

–O bati quando cheguei aqui e sai correndo depois de ouvir o estrondo da mesa caindo no laboratório. – disse encarando Wanda diretamente nos olhos. "Audaciosa", pensou a Feiticeira, encarando a filha com leveza.

–Quer que peça para Banner dar uma olhada? – tentou acalmar a perceptível ansiedade que Rosita transmitia.

–Não. Banner está aqui?

–Assim como o resto dos Vingadores que estão chegando para uma reunião. – alegrou-se um pouco por estar trocando mais do que duas frases com a filha.

Rosie pareceu pensar um pouco. Todos os Vingadores. No mesmo lugar que ela. Que ela e Peter, que se o conhecia bem era um grande fã deles. Talvez isso o animasse um pouco e talvez até tirasse a cara amarrada e confusa com a qual ele acordou. Ela passou pela mãe, deixando-a com uma expressão surpresa no rosto.

–Adivinhe o que está acontecendo bem debaixo do seu nariz aracnídeo. – disse a garota já se jogando ao lado de Peter, na cama do rapaz.

–O quê? – perguntou, sem muita paciência, parecia enfezado por ter que ficar de cama.

–Uma reunião dos Vingadores. – olhou em sua direção para ver se achava alguma mudança em seu rosto, ele se virou para ela com um meio sorriso.

–Legal, vai bater um papo com a Viúva Negra? – ironizou, ela riu para ele.

–Não. Isso significa que vamos ver se você já melhorou o bastante para ir amanhã na escola.

Ele tentou decifrar o que se passava dentro daquela cabecinha esperta demais de Rosita Keys.

–O que tem em mente?

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