(DESCONTINUADA)
❝CARALHO, VOCÊ BATEU NO BOWERS?!❞
Após a morte de Georgie Denbrough, tudo muda no mundo de Bill Denbrough e dos Otários. Robin Trenton sabe muito bem como é lidar com a perda de um irmão mais novo e por esse e outros motivos, acaba s...
❝ The Devil is real, and he's not a little red man with horns and a tail. He can be beautiful because he's a fallen angel, and he used to be God's favorite.
─ American Horror Story.
📓 / PRÓLOGO
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Zeus parecia estar castigando Derry durante uma semana do verão de 1956. Chovia tanto que certas ruas passavam a ficar alagadas, crianças tinham de ficar em casa como passarinhos enjaulados e um silêncio perpétuo reinava pelos bairros.
Foi numa certa tarde dessa mesma semana em que George Denbrough resolvera brincar com barcos. O garotinho havia pedido a ajuda do irmão mais velho para fazer a embarcação de papel e logo saiu alegremente pela Rua Jackson, mal sabendo que aquela seria a última vez que falaria com Bill Gago. E a última vez que colocaria o pé na residência dos Denbrough com vida.
Nessa mesma tarde, um quarteirão de distância, morava Robin Eleanor Trenton. Conhecida pelas crianças como Cabelo de Fogo, ou por seu vizinho como A Idiota que enfrentou Bowers. Enquanto George corria desesperadamente atrás de seu barquinho de papel, a Trenton se contentava num quarto, olhando velhos caminhões de brinquedo.
Velhos caminhões de brinquedo que significavam muito mais e traziam muitas memórias para ela. Pegou um dos brinquedos e os jogou pelo chão do quarto, ouvindo as rodinhas contra a madeira. Tschhhhh.
Eram de seu falecido irmão mais novo, Tad Trenton, morto de maneira trágica por um caso de insolação e desidratação; e um cachorro raivoso. Robin sorriu fraco com a memória do irmãozinho, lembrando-se de que ele havia inventado uma brincadeira peculiar com os caminhões.
Jogou mais um caminhão pelo quarto, dessa vez com mais força. Tschhhhhh. O barulho se repetia, enchendo o local.
O olhar da Trenton permanecia sobre o velho brinquedo, o ver no chão faziam cenas passarem feito um filme em sua cabeça. Chegava a ser espantoso, parecia estar em um transe.
Robin sentiu um arrepio percorrer todo seu corpo por um breve momento e rapidamente se levantou, abraçando o próprio corpo e olhando em volta. Era uma chuva de verão, não havia porquê sentir frio, nem sequer ventava direito.
Os cabelos ruivos caíram sobre a bochecha arranhada, cobrindo também as maçãs do rosto que haviam ficado roxas após ter levado um soco de Henry Bowers. Robin suspirou e foi até a janela, observando a rua vazia.
Não havia sinal de ninguém por ali. Nem mesmo de garotinhos de capa amarela. Nem mesmo das crianças desaparecidas, como Eddie Corcoran.
