Capítulo 8

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Assim que entro no palácio vou direto para a cozinha estou morrendo de fome, os meninos me seguem afinal o jantar já foi servido.
Coloco um avental e os dois me olham espantados, pego uns ingredientes na geladeira enquanto os dois continuam me encarando parados no lugar.

- Será que os lindos vão continuar parados ou vão me ajudar?

John dá uma gargalhada, ele realmente achou que eu iria cozinhar sozinha para as duas madames? Pego uma tábua de cozinhar e entrego para ele junto com alguns tomates.
Nathan começa a picar a carne,vou fazendo o suco enquanto eles cortam os ingredientes do hambúrguer.
Coloco a frigideira para esquentar, deixo o pão já pronto para receber o hambúrguer  coloco meu amigo para fritar as batatas (não tenho uma experiência agradável com óleo quente).
Enquanto deixo a carne fritando cantorolo uma música qualquer, me concentro no meu lanche se não iria queimar.
Comemos em silêncio,o hambúrguer estava maravilhoso então não havia o que falar apenas mastigar.
Tenho certeza que a senhora Darla fez aquele pudim maravilhoso dela, então pego uma vasilha e me coloquei bastante.
John me olha torto pois os hambúrgueres não foram muito pequenos e comi bastante batatas o encaro e levanto uma sobrancelha colocando mais uma boa colherada na minha boca o desafiando a falar alguma coisa.

- Vocês aceitam pudim rapazes?

Nathan se serve de um pouco, deve dar trabalho colocar aquele corpo em forma mas não ligo com isso afinal meus poderes consomem muita energia então quanto mais melhor.
John apenas me olha bufando quando coloco mais pudim para mim e mostro minha língua para ele.
O príncipe apenas ri da nossa cena, John acha que eu como muito e que não é muito bom para minha saúde apenas gostaria de lembrar que sempre ganhei as competições de quem come mais quando criança e nunca passei mal.

*****
Resolvo ir para a minha biblioteca particular pesquisar sobre os tais livros roubados, tenho um livro falando sobre os exemplares mais raros do mundo sobrenatural então tenho certeza que terá algo falando sobre esses furtos.

Todos contém informações privilegiadas então tenho certeza que o Rei Victor tem motivos para estar muito preocupado com isso, mas o interesse é que são sobre os primeiros sobrenaturais ou história dos reinos.

Precisamos investigar esse sumiço e encontrar os culpados pois tenho certeza que esses furtos não vão terminar em uma aula de história.

Mas o meu medo não é o que pode acontecer com os livros e sim o que irão fazer com eles.
Vou ter que pedir reforços afinal estamos lidando com algo grande, acho que Layla e mais alguns amigos damos conta do recado.
Layla é uma feiticeira muito poderosa e digamos que não vai querer se meter no caminho da rainha dos feiticeiros, concerteza ela pode fazer um feitiço de localização para achar os livros.
Montar um grupo forte preparado para tudo é a uma das melhores opções que temos, mando algumas cartas mágicas para os mesmos esperando que venham ao meu chamado.

Vou para minha sala de música para relaxar um pouco, sei que já está tarde mas tentarei fazer o mínimo de barulho possível.
Quando estou nervosa cantar e tocar são as poucas coisas que me acalmam.
Deixo as lembranças fluírem e os dedos percorrer o piano tocando uma música que amo.
Diana a cantava para mim toda noite antes de dormir e quando eu me sentia triste, aquela música era um misto de felicidade com tristeza.

Começo a chorar enquanto canto deixando as emoções fluir, sito que estou sendo observada mas não me importo de parecer frágil ou de verem minhas lágrimas.
Alguém começa a bater palmas quando toco as últimas notas de If I Could Fly e vejo Nathan andando em minha direção me surpreendendo mais ainda quando seca minhas lágrimas me puxando para um abraço apertado no qual retribuo com um pouco de espanto.

- Você canta muito bem Scarlett.

Ele sorri e agradeço o elogio apesar do meu coração se apertar em saudade.

- Essa música é linda.

- Obrigada, minha mãe cantava todas as noites para mim.

- Você está tão triste, sempre está tão alegre que te ver assim me parte o coração.

Sorri e o abraço mais forte antes de me caminhar até a porta mas me viro para ele no meio do caminho.

- Às vezes não somos o que aparentamos ser ,todos temos nossas feridas e com o tempo elas curam mas ficam as cicatrizes para lembrar de que elas existem.

Ele me olha com compreensão, sorri e desejo boa noite para ele indo me deitar afinal este dia já teve muitas emoções, meu corpo estava exausto e minha mente mais ainda.
Novamente vou dormir relembrando dos meus pais cantando para mim antes de dormir e sorrio...era uma das poucas coisas que me faziam adormecer feliz.

The Queen [Revisando]Onde histórias criam vida. Descubra agora