💟 Minnie May 💟

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Nunca pensei que uma viagem da Escócia até Avonlea fosse tão demorada. Não há nada que me anime, nem as conversas alheias que ouço, muito menos as crianças e as suas brincadeiras pacatas, que me fazem lembrar a minha infância e o que me esforço para a manter.
De repente começo a sentir uns pontapés na parte de trás do meu assento, tento olhar pelo vidro para ver a pessoa mal criada que me estava a encher a paciência, mas o vidro estava encardido de poeira que mal se conseguia ver o exterior. Olho para trás sorrateiramente, e vejo que era uma menina irritante e sozinha pois não tinha ninguém ao seu lado, virei-me para os meus pais para me ajudarem com ela mas os dois estavam a dormir profundamente.
Levantei-me, ajeitei a saia cinzenta que vestia e andei delicadamente até ao outro lado da carruagem, procurava alguma coisa que me tirasse deste sitio imundo, alguma distração. De súbito sinto uma coisa a puxar-me a saia, era a menina que me fez perder a paciência :  
           
-Isto deve ser seu...-disse ela enquanto segurava no meu lenço bordado.

-Bem...Muito obrigado.

-Sou a Minnie May. E você ?-disse ela entregando-me o lenço.

-Eu sou a Susan, Susan Walls...então, até onde te leva esta carruagem ?-disse eu agachando-me para estar à altura dela.

-Avonlea, e tu ?
-Então devemos ir para a mesma terra porquê eu também vou para um sítio com o nome "Avonlea".- disse provocando uma gargalhada mútua.

Continuamos a conversar sobre Avonlea e a viagem enfadonha que estávamos a ter quando uma voz femenima, de longe nos interreompeu.
-Minnie May ???

-Upssss...deve ser a minha mãe, eu volto num piscar de olhos- disse ela enquanto se afastava lentamente.

-Eu fico á espera !!!- gritei, mas ela não ouvira.

Passaram 20 minutos e estáva quase a adormecer quando algo chamou por mim :
-Susan, Susan Walls ?

Levantei-me de subito e fui em direção da voz, era a minha mãe,  furiosa comigo por ter desaparecido sem avisar e além disso já quase toda a gente do comboio tinha saido.
Peguei nas minhas malas enquanto levava um raspanete da minha mãe, acenava que sim com a cabeça, mesmo não ouvindo nada,só  conseguia perceber que estava a ralhar comigo no seu tom de voz, áspero e arrogante como sempre .
Sai do comboi e começei a tossir ( devido aos gases provenientes do carvão ) bem, não era o melhor dos começos, mas Charlottetown cheirava melhor que as carruagens onde tinha passado um quarto do dia.

Não podemos fazer uma viagem seguida até Avonlea pois o meu pai há  ultima da hora teve que tratar de uns negócios ou seja eu e a minha mãe  tivemos que ir buscar um coche e um cocheiro de aluguer para irmos até  Avonlea, pois n havia mais comboio por hoje.

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