02./ When it all started.

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Anne Liszt.
Terça-feira, 06/09/16

  Acordei alegre com o meu cachorro Rigby, um pastor alemão, lambendo meu rosto como sempre. Cachorros são os melhores seres humanos.

Eu simplesmente não conseguia acordar triste, só o simples fato de eu saber que eu estou viva e sou saudável me faz se sentir sortuda e que cada dia que amanhece eu tenho a chance de corrigir meus fracassos e fazer melhor.

Depois de um longo banho morno, desço para tomar café e me deparo com ninguém na cozinha, eu era sempre a primeira a acordar e a sair de casa. No caminho da escola eu estaca passando por uma rua sem movimento algum, Fred e sua gangue me bloquearam eles eram os mais populares da escola, eu já estava acostumada, há uns anos atrás meu irmão Luke que me defendia de Fred e suas brincadeirinhas. Depois de um tempo ele foi para faculdade e eu tive que aprender a me defender e claro que nunca deu certo, quem era eu pra tentar encarar mais de dez adolescentes malhados? Eu costumava sofrer bullying por ser do jeito que eu sou, alegre, espontânea, e eu acho que eles não conseguem tolerar que eu consigo ser feliz sendo eu mesma, não completamente feliz, mas eu tenho que tentar.

— Parece até que não aprende, dessa vez vamos deixar claro, eu não quero ver você na escola, na rua ou em qualquer outro lugar, você me enoja! — falou Fred, logo em seguida cuspindo em mim.

Dois garotos gigantes me seguraram pelos braços permitindo que Fred desse socos no meu estômago me fazendo cuspir sangue. Quando se cansaram, me deixaram no chão sem forças para me levantar. Eles já me bateram algumas vezes, mas nunca foi tão forte ao nível de eu cuspir sangue.

— Espero que você tenha entendido. — Fred falou indo embora.

Fiquei deitada na calçada suja por meia hora, e como sempre sabia que ninguém iria aparecer para me ajudar como nos filmes, então só tive que me levantar e fingir que nada aconteceu.

. . . .

Ouvir a professora tagarelar sobre assuntos entediantes de história me irritava, eu gostava de história, mas não gostava dessa professora, eu só queria sair daquela aula cansativa e entediante e ir pra casa colocar músicas animadas e dançar o resto do dia. Depois que muitos amigos me deixaram eu tive mais tempo pra descobrir o meu lado divertido, um lado que eu só ativo quando fecho a porta do meu quarto, o lado que ninguém conhece além de mim, e o mesmo lado que me mantém feliz e animada pra viajar na imaginação mesmo que a realidade tente me acordar.

— Mrs. Liszt? — escuto a professora me chamando, e chamando a atenção de todos para mim.

— Sim?— respondo nervosa.

— Do que estávamos discutindo?— ela pergunta com a intenção de me ferrar.

— Sobre história? — respondo fazendo alguns darem um sorriso de pena, Mrs. Brooks era uma das professoras mais rabugentas.

— Você sabe o caminho da diretoria. — fala a professora apontando para a porta, e eu saio pegando minhas coisas e agradecendo mentalmente por ter me livrado dessa aula.

Entro na diretoria dando duas batidas na porta me deparando com o diretor.

— Você de novo Mrs. Liszt? — pergunta o diretor fazendo cara de desprezo.

— Não é culpa minha se meus pensamentos falam mais alto do que o assunto de história. — respondi me sentando numa cadeira.

— Então você vai ter muito tempo pra pensar na detenção sábado de manhã. — ele fala me entregando um papel para eu assinar.

— Logo no sábado!? Podia ser hoje!

— Sabendo que você não gostou da ideia só me fez se sentir melhor. Essa não é a primeira vez que você vêm aqui, eu quero que você aprenda de uma vez a não ser incomodante.

— Mas eu só não prestei atenção na aula, você vai me colocar em detenção por isso?!

— Por isso e por aquele rojão que você jogou no pátio da escola, você incendiou a bolsa de um aluno! Também aquel....

— Já entendi! — interrompi ele.

— Não se preocupe você não vai estar sozinha. — ele falou se retirando

. . . .

Sábado, 10/09/16

Estava sentada na biblioteca totalmente vazia, me lamentando por tudo que eu já aprontei aqui, quando uma menina bonita, cabelos encaracolados e castanhos, olhos verdes e bochechas fofissimas senta ao meu lado, e um garoto loiro, alto, olhos verdes e aparentava ser popular senta atrás de mim. Depois de alguns minutos eu decido abrir a boca.

— O que vocês fizeram pra estar aqui?— perguntei para puxar assunto.

— Soquei um professor.— Realmente fiquei surpresa ele não tem cara de quem soca professores.

— Trouxe uma arma para escola. Eu juro a arma não era minha. — ela fala e eu fico um pouco assustada. — E você?

— Vários motivos. — falo encarando a porta e vendo um rapaz, cabelos longos e castanhos e olhos azuis entrando na biblioteca, Chandler, um popular que costumava fazer bullying, bonito mas não presta.

Ele se sentou no fundo envergonhado.

— Já que todos vocês estão aqui vamos começar. — fala o diretor segurando umas folhas. — Eu vou entregar essas folhas e vocês faram uma redação de 30 linhas sobre o quão arrependidos vocês estão num período de 5 horas. Vocês não podem falar, se levantar ou qualquer outra coisa sem a minha permissão. Estarei na sala ao lado e virei checar vocês a cada uma hora. Comecem. — falou se retirando da sala.

Estava sem imaginação para escrever uma redação então simplesmente fiquei olhando para o relógio e ao redor. Chandler já havia desistido e amassou a folha, a garota estava no mesmo estado que eu, e Mingus desenhava bonequinhos na sua folha. Ninguém realmente se importava com isso.

— Qual seu nome? — a garota ao meu lado me pergunta.

— Anne Liszt. — respondi. — E o seu?

— Katelyn Nacon e aquele é o meu amigo Mingus. — ela falou apontando pra o menino atrás de mim e ele acenou logo voltando o olhar para seus desenhos.

— E você aí?! — Katelyn pergunta um pouco alto.

Chandler Riggs.

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Continuação no próximo capítulo, senão fica muito grande.❤😘

Brand New Day × Chandler RiggsOnde histórias criam vida. Descubra agora