"jin hyung o contou?" jungkook indagou, baixinho, deixando jimin puxá-lo pelas mãos.
não podia evitar ficar tão tenso, nervoso, sentindo-se derreter contra o contato de jimin.
jimin se virou e tirou o cabelo de seu rosto, arrastando os dedos por sua orelha, fazendo com que seu sorriso fosse ainda mais efetivo.
jungkook segurou um suspiro dentro da boca.
"só um pouquinho." respondeu, no mesmo tom "queria que você se sentisse confortável pra me contar quando quisesse."
jimin achou extremamente difícil não puxá-lo de volta para seu quarto e continuar envolvendo-o em seu abraço.
se sentou no braço do sofá e se segurou, assistindo-o sorrir daquele jeito curto.
permitiu-se segurar em suas mãos, porém, e acaricia-las.
não esperou quando jungkook se aproximou e apoiou-se sobre suas pernas, como se tivesse medo e vergonha demais para sentar em seu colo.
jimin deixou-o fazer o que ele quisesse.
"vi junghyun e o pai dele semana passada," comentou "depois de muito tempo."
ele falava baixinho, como se quisesse que apenas jimin escutasse.
como se estivesse envergonhado de tudo que tinham feito.
"junghyun?"
jungkook sorriu e murmurou, numa confirmação.
"junghyun, meu meio irmão, do primeiro casamento da minha mãe."
jimin viu-o relaxar os ombros, finalmente, e puxou-o mais para perto, pela cintura.
ele não se importou.
"são todos jeon, na verdade. junghyun e minha mãe também." explicou, com calma, tendo certeza de que não era muita informação para jimin "ela nunca mudou quando se separou, ou casou outra vez. quis que eu também fosse jeon por algum motivo."
jimin assentiu, devagar, incentivando jungkook a continuar falando.
ele virou o rosto e enfiou as mãos nos cabelos de jimin, empurrando os fios para trás de suas orelhas.
sentiu o corpo se aquecer, e perguntou-se se tinha se tornado tão vermelho quanto as bochechas de jungkook.
o viu o olhar com certo humor, então concluiu que sim.
"hyun hyung quer que eu vá morar com eles." jungkook buscou alguma mudança de expressão com o olhar, e quando não achou, abriu um sorrisinho "vão se mudar e me levar junto."
jimin quis colocar uma expressão preocupada, ou aflita em seu rosto, mas não conseguiu.
por que é que jungkook olhava-o com tanto humor escorrendo?
"a uma quadra de onde moro agora." completou, com um sorrisinho.
jimin continuou sem entender.
comprimiu os lábios quando jungkook usou sua outra mão para puxar seu rosto, e virá-lo em sua direção.
percebeu imediatamente que ele estava o provocando, pelo sorrisinho e os olhos cerrados.
jungkook ameaçou beijá-lo, mas arrastou seus narizes ao invés.
jimin sentiu seu rosto inteiro começar a arder, por vergonha.
"faça as contas, jimin hyung." jungkook pediu, num sussurro.
praguejou, por não conseguir pensar em mais nada do que o rosto ruborizado do moreno, e sua respiração de tão perto.
"que contas?" sussurrou de volta, firmando suas mãos na cintura de jungkook.
dessa vez, jungkook o olhou sem o sorrisinho nos lábios. ele escorregou sua mão esquerda pelo pescoço de jimin, segurando ali, atiçando um arrepio coluna abaixo.
jimin fechou os olhos.
jungkook tocava-o como se não quisesse deixá-lo falar. como se quisesse o explicar calmo, devagar, ao mesmo tempo não dando-o um único segundo de trégua.
sentiu-se derreter contra o corpo dele.
jungkook encostou seu rosto ao seu, e presumiu que de olhos abertos, sentindo seus cilhos se arrastarem por sua bochecha quando piscou.
"a casa da minha mãe é no começo da vizinhança, antes da área industrial." anunciou, dessa vez, como se jimin estivesse para responder algum quiz de programa "estamos á uma quadra de lá. não há a possibilidade de ter casas na frente daquela. se meu irmão e o pai dele vão morar numa casa á uma quadra de distância da de minha mãe, onde eles vão estar?"
jimin soltou um suspiro surpreso e sentiu jungkook se desaproximar, provavelmente apenas o suficiente para olhá-lo.
abriu os olhos e o olhou, recebendo um sorriso assim que o fez.
"em alguma área daqui. da vizinhança."
jungkook assentiu e se inclinou, apoiando os braços nos ombros de jimin.
seu estômago borbulhou, e teve que fazer esforço para não deixar um sorriso escapar.
"agora, quais são as casas desocupadas daqui?" jungkook indagou, mais uma vez.
ele deu-se por vencido quando jimin apertou sua cintura mais uma vez, e deixou com que seu peso tomasse conta nas pernas de jimin.
jimin franziu o cenho. nervoso do jeito que estava, não percebeu de imediato.
"do quê você tá falando? só uma." falou, cheio de desdém escorrendo por sua garganta.
jungkook soltou um risinho.
jimin percebeu logo após.
é claro, só uma. a casa vizinha.
jungkook olhou-o nos olhos e, por um segundo, desviou o olhar para os lábios de jimin.
mordeu o sorriso nos lábios.
"hyun hyung diz que ele quer ter uma confusa séria com quem quer que fosse que, me deixou tão ansioso que não consegui dormir pelos dias que eu estava na casa deles."
jungkook não o disse mais nada.
apenas deixou-o abraçar o quanto que fosse, nem ao menos ameaçando zombar de sua ação ou de seu sorriso enorme.
não que jimin fosse conseguir rebater. seu coração batia absurdamente alto, entupindo os ouvidos, e suas mãos tremiam por baixo do toque de jungkook.
não levou muiyo yempo para perceber que começaria a vê-lo quando quisesse, e como quisesse, a partir de agora.

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j of jerk
Fanfictionjikook | ongoing jimin sempre pensou que fosse j de jungkook, mas era j de jerk.