j of jerk

↪sixty-six

jimin se inclinou sobre a porta do quarto de jungkook, dois copos de chocolate em suas mãos.

ele encarou, um pouquinho, o jeito que jungkook estava ajoelhado no chão, papéis espalhados pelo tapete inteiro.

estava ensaiando.

ele, então, continuava a pegar uma folha qualquer, checava a cena e então improvisava no que ele lembrava sem a ler.

não muito alto, como se estivesse consciente da presença de seu namorado.

jimin resolveu entrar no quarto silenciosamente.

ele colocou os copos na mesinha de jungkook, antes de andar até ele. e jungkook já estava o olhando quando colocou as mãos nos ombros dele, massageando, ficando em pé atrás dele.

"hyung." ele chamou, baixinho.

jimin pôde apenas sorrir, a voz dele tão doce.

ele se inclinou, beijou-o na bochecha, voltou à sua posição inicial.

"sim?"

jungkook não esperou muito para suspirar, soltando o papel para segurar nas mãos de jimin, o puxando para fazer-lo o abraçar.

jimin o fez.

"é bom você ter vindo." ele disse, como se só jimin pudesse o escutar "um pouquinho mais e eu acho que enlouqueceria."

jimin deu uma risadinha.

"por que?"

ele sentou ao lado de jungkook, uma de suas mãos deslizando até a cintura dele, pele tão quente.

"bom, você sabe como nós vamos fazer uma apresentar de teatro em um pouquinho mais que um mês?"

assistiu, ao ele levantar uma de suas mãos, arrastar as unhas sobre a nuca.

o corar natural em suas bochechas, olhos estrelados tão agitados.

jimin se inclinou e beijou-o na bochecha mais uma vez.

"yeah."

jungkook, daquela vez, o olhou. o olhou e logo desviou o olhar, brincando os as unhas dele, entrelaçando seus dedos.

"é, uh... cinderella."

jimin franziu o cenho.

"cinderella?"

sua mão deslizou da cintura de jungkook até suas costas, desenhando círculos no tecido fino de sua blusa, sentindo seus músculos relaxarem ao toque de seus dígitos.

"cinderella mas com um pau."

jimin começou a dar risada de novo, acabando por apoiar seu rosto no ombro de jungkook.

presumira que o sopro que ouvira fosse um riso do próprio.

"eu não estou brincando. soa estranho mas esse é literalmente o nome. eu estou estressado."