Amor além da idade (Romance Gay) Livro 1

Prológo

Eu não aguento mais viver assim, saindo da cama todos os dias com medo de ir pra escola e ser humilhado, chegar em casa aos prantos e meus pais brigarem comigo por eu estar assim, mas eles não entendem, eu não tenho forças para lutar sozinho, não basta eu querer ser diferente se todos em minha volta lutam juntos para me de deixar em baixo, todos os dias eu me pergunto, por quê? Por que comigo?

© AMOR ALÉM DA IDADE ®

Prazer, meu nome é Miguel, tenho dezesseis anos e estou no terceiro ano do ensino médio, sempre fui muito tímido e reservado, mas sempre consigo deixar isso de lado quando é assuntos sérios, todos me dizem que eu sou diferente dos adolescentes da minha idade, eu procuro levar isso como elogio pois reparando nos adolescentes dessa cidade isso realmente era um elogio, talvez eu pareça amargurado as vezes mas a vida me levou a ser assim.

A história de minha vida se passa em 2019 em uma cidadizinha no Colorado, uma cidade totalmente conservadora, abomina qualquer coisa que seja diferente, tatuagens, cabelo colorido, relações entre pessoas do mesmo sexo, por anos julgaram mães solteiras.

Por ser uma cidade pequena não se mudavam pessoas novas para cá, as casas eram contadas, parece um vilarejo, escolas e empresas ficavam na cidade mais próxima que era maior, não demorava nem uma hora de carro e duas horas de ônibus.

Meu sonho era me mudar de vez para a cidade ao lado, onde eu não seria julgado pela minha sexualidade, essa bolha que chamam de cidade só faz mal paras as pessoas que moram aqui, acaba te sufocando e te transformando no que você não quer ser.

Aqui tem uma única escola, e para meu azar eu estudo nela, lá existe cada adolescente preconceituoso e homofóbico, diziam que não aguentavam me ver, que culpa eu tenho de ter nascido assim? Minha pele é mais branca que o "normal", tenho corpo definido mas com curvas bem acentuadas, cabelo preto e olhos azuis.

Para os adultos eu era anti-social, tímido demais então deduziram que eu apenas não gosto de me socializar, para os adolescentes eu era o bichinha, viadinho, afeminado e vários outros apelidos.

E é oque eu acho engraçado, pois eu nunca beijei na minha vida, nem homem e nem mulher, então eles deduziram que eu sou gay sem realmente saber, não que se realmente fosse verdade dava o direito de eles tratarem qualquer pessoa assim.

Mas finalmente depois de anos reclamando que eu não estava me desenvolvendo nessa escola e que isso acabaria com o meu futuro, meus pais que trabalhavam na cidade ao lado me matricularam na escola de lá, essa era a minha chance, chance de vida nova.