Fall in Love - YuWin

Concentração

Jaehyun estava ocupado, tinha pilhas de livros o rodeando e seu cérebro já não funcionava direito.

As provas estava chegando, eles iriam se formar e além disso, ainda existia o Suneung. O rapaz não podia estar mais nervoso.

Além disso tudo, Jaehyun tinha vontade de chorar toda vez que se lembrava que Taeyong ia toda tarde ajudá-lo com biologia.

Aquilo, na opinião do mais novo, não ajudava em nada. Jaehyun ficava mais preocupado em analisar cada pontinho do rosto alheio, em vez de prestar atenção nas palavras ditas por Taeyong.

Frustrado ao se lembrar disso, Jaehyun bagunçou os cabelos e olhou para fora do quarto, pela janela coberta até metade, por uma cortina bege.

Eram quase seis horas e Taeyong logo estaria em sua casa.

O rapaz se levanta no meio daqueles livros, arruma a camiseta e suspira, andando descalço, pelo chão frio e indo até a sala. Não se passou nem um minuto após seus pensamentos sobre o mais velho, que a campainha tocou.

Jung andou até a porta, ao abrir, se deparou com aquele sorriso que Jaehyun sabia que somente ele via.

Um sorriso bem diferente daquelas que Lee Taeyong tinha na escola, ou em qualquer outro lugar que não fosse ao seu lado.

Fazia quase dois meses que eles saiam. WinWin chegou a brigar com Jaehyun falando que Taeyong se transforma em um verdadeiro bobo com o Jung, e este ainda é tímido demais para chegar e falar que também gosta do mais velho.

Jaehyun estava tão preso nesse pensamento e no sorriso do Lee, que quando o mais baixo estalou os dedos na sua frente para acordá-lo do transe, Jaehyun deu um pulo de susto.

— Desculpe – soltou tímido deixando o outro entrar – Deixei os livros prontos já – apontou a mesa da cozinha que tinha cerca de três livros.

Taeyong continuou sorrindo, achando graça o jeito que o mais novo ficava envergonhado ao seu lado.

Ele não precisava de palavras. As ações de Jaehyun provavam que ele sentia o mesmo que Taeyong sentia. Que estava apaixonado do mesmo jeito que ele estava.

— Vamos ver o que hoje? – Perguntou para Jung, que se sentou e puxou o mais velho pela manga da camisa.

— Íamos começar genética – Jaehyun informa abrindo um dos livros na página correta – Você disse que sabia como me explicar sem embaralhar meus pensamentos.

Taeyong balançou a cabeça confirmando e puxou o livro para ler o conteúdo. Começou então, a explicar, anotar e chamar a atenção de Jaehyun toda vez que via que o mais alto se perdera em seu próprio mundinho.

— Taeyong – Jaehyun chama em um determinado momento. O mais velho o encara sorrindo e Jaehyun quis bater no outro.

Ele estava tentando formular uma frase bonita e coerente, e Taeyong ficava dando esses sorrisos fofos que acabavam com seu pensamento lógico.

— O que foi Jaehyun? – Perguntou o Lee depois de uns dois minutos em silêncio.

— Obrigado por me ajudar a estudar – soltou baixinho, fazendo o outro rir.

— Quantas vezes você já me agradeceu? Não se preocupe, eu gosto de estar aqui com você – informou vendo o rosto do mais alto corar – Era só isso?

Jaehyun concordou, mas não se passaram nem alguns segundos até que ele gritasse:

— Taeyong! Eu gosto de você! – O silêncio se instalou naquela cozinha, Jaehyun estava envergonhado por suas palavras e Taeyong surpreso pela declaração repentina – Me desculpe – soltou vermelho – Vamos continuar estudando...

E quase enfiou o livro na cara, impedindo que Taeyong visse sua expressão de tristeza pela pior declaração do século.

Claro que só ele pensava assim.

O mais velho tinha, novamente aquele sorriso fofo no rosto. Com a ponta dos dedos, desceu o livro para encarar o rosto alheio.

— Eu também gosto de você Jaehyun – sussurrou antes de dar um breve selar de seus lábios.

Algo rápido, tímido mas que espalhou uma corrente elétrica pelo corpo dos dois.

E depois, como se nada tivesse acontecido, Taeyong bateu, de leve, na cabeça do mais alto.

— Presta atenção nessa conta porque é importante – disse em um tom sério, mas com um sorriso nos lábios.

E se antes Jaehyun não conseguia se concentrar, agora ele não fazia ideia nem do próprio nome.

Somente uma coisa estava certa em sua mente.

Ele gostava de Taeyong. E isso o fazia muito feliz.