Vendida ao dono do morro

Cap 1

*leiam escutando*

*Mayla narrando*

Acordo com o despertador apitando, já são 4:40 da manhã, o céu tá escuro ainda. Me levanto meio sonolenta e vou para o chuveiro, tomo banho escovo os dentes, ajeito o cabelo, coloco o uniforme e vou preparar o café.

Chegando na sala vejo meu pai jogado no sofá, completamente bebado e sujo.
Depois que minha mãe foi embora meu pai entrou no mundo das drogas, e não sai mais, já faz 1 ano que ela se foi e ele não para. Nessa vida eu to sozinha.

Deixo o café pronto pra quando ele acordar e vou pro colégio. No caminho encontro a Fê minha melhor amiga, o luk, meu melhor amigo. Fê estuda comigo, ela repetiu de ano umas duas vezes, e o luk vai trabalhar num salão lá no Leblon , minha vida só não é pior por que eles estão aqui comigo. E lá vamos nós pro ponto de ônibus prontos pra mais um dia.
***
Já são 13:30, eu já estou no bar do seu Elias, onde eu trabalho pra ganhar o sustento da casa. Seu Elias é muito amigo do meu pai, e sabe que eu preciso do emprego. Então trabalho aqui a tarde e as vezes a noite, quando preciso de grana.

Coloco o avental e começo a arrumar as mesas, depois vou pro balcão, quase cochilando vejo uma movimentação. É o caveira e os uns vapores, me levanto e vou atende-los.

O que vocês desejam? — pergunto com um caderninho na mão olhando pra eles

Um dos vapores pedem o pf do dia. Já o caveira fica me olhando com aquela cara de vagabundo pra mim.

Olho pra ele e pergunto de novo!

—O senhor deseja algo? -falo olhando pra ele

—Uma cerveja e um pf também-fala ele olhando fixamente no meu olho em tom autoritário.

Me viro pra pegar os pedidos, quando caveira me chama.

— Mayla,mayla -fala ele, logo me viro e respondo.

— Fala, o que foi? -falo voltando à mesa que ele e os vapores tão

—Tá com um bundão ein -fala ele e os vapores riem.

—Vai se fuder caveira -falo voltando pro balcão.

—Tu me respeita cadela, meto uma bala em tu, preciso nem piscar. -fala ele todo bravo, enquanto os vapores riem.

—Então mete vai, to esperando-falo voltando pro balcão.

—menina tu não me provoca -fala ele irritado.

—Tá bom vocês dois, parecem cão e gato.-fala seu Elias levando o pedido pra eles.

Volto pro balcão e pego meu caderno e começo a fazer uns cálculos, e umas atividades. Com o movimento fraco, acabo minhas atividades e sem querer pego no sono.

*Caveira narrando*

Acordo com uma puta dor de cabeça. Ontem à noite rendeu, noite de baile, bebi pra caralho, comi umas mina gostosa, nada mais que uma foda, não gosto de me apegar ou criar sentimentos por alguém.
Quando olho no relógio já são 8:30 me levanto, tomo banho faço minhas higienes, e vou pra boca. Hoje é dia de cobrança no morro, quem usou tem que pagar, se não pagar. Não vai tá aqui pra usar de novo. Não posso dar bobeira, se não perco a autoridade.

Passo um tempo na boca, depois vou numas casas fazer as cobranças.

Quando olho a hora, já são 13:30, vou comer lá no bar do seu Elias.

Chego lá, sento na mesa com uns vapores. Procuro alguém pra me atender, vejo Mayla dormindo no balcão. Logo depois ela vem até a mesa anotar os pedidos. Mano, a Mayla é uma boneca, mano do céu, mas é marrenta demais, não gosta de mim, caguei pra ela. Mas que ela é linda ela é.

Tento fazer uma brincadeirinha com ela e a mina vem bater de frente. Tanta mina daqui querendo receber elogio meu,e ela com essa marra.

***
Mayla narrando.

Largo, e vou correndo pra casa. Quando percebo a hora,já são 18:30, chego em casa e vou direto pra cozinha fazer a janta. Meu pai tá dormindo, ultimamente não falo com ele. Ele joga na minha cara toda vez que ele não me queria, que eu sou um incômodo pra ele. Minha mãe era minha salvação mas ela só pensou no próprio umbigo e se foi.

Enquanto a janta tá no fogo, tomo um banho rápido. E visto um shortinho pra dormir e um top branco. Coloco a comida na mesa esperando meu pai vim comer.
Enquanto isso sento no sofá e começo a falar com luk, e a fê.

Meu pai tá comendo na mesa, ele não gosta que eu coma junto com ele, então eu como no sofá e ele na mesa.
***

To colocando os pratos na pia, meu pai já tá na cama, quando escuto a porta bater.

—Quem é? -falo indo até a porta.
Quando abro tá o caveira o coringa e alguns vapores do lado dele. Eles entram sem pedir ou mesmo falar comigo. Até que o caveira resolve falar oque tá acontecendo.

—Cadê teu pai, mayla ? - fala ele olhando pra mim e pro meu corpo.

—O que tu quer aqui caveira- fala meu pai saindo do quarto.

—A, tu não lembra não né? usou tem que pagar fio. -fala ele.

—Caveira eu não tenho dinheiro - fala meu pai se aproximando dele.

— então vai morrer, já dei tempo demais- fala caveira enquanto saca a arma que tá na cintura e apontando pro meu pai.

—Caveira, pera aí calma- falo nervosa tentando baixar o braço dele.

— calma nada princesinha, já tive calma demais - fala ele prestes a puxar o gatilho.

—Peraí, eu não tenho dinheiro, mas tem a Mayla -fala meu pai apontando pra mim.
Ela é linda caveira, e pode ser toda sua se você esquecer essa dívida.

—O senhor não tá falando sério né? Como pode fazer isso com sua própria filha - falo e começo a chorar.

— Você não percebeu que eu não gosto de você, nunca te tratei como filha. Pra mim você é um verme mayla. - fala meu pai.

—Eu topo a proposta- fala caveira colocando a arma na cintura.

—Tem certeza mano, olha o estado da mina- sussurra coringa no ouvido dele.

—Tenho, vai lá arrumar suas coisas- fala caveira apontando pra mim.

— Pode levar, e tenha minha dívida como paga - fala meu pai me puxando pelo braço até meu quarto.

—Arruma suas coisas logo, sua vadia - fala meu pai me jogando no quarto.

Começo a arrumar minhas coisas com lágrimas nos olhos, como meu pai faz isso com a própria filha.

Termino de arrumar minhas coisas e vou pra sala.

—Tá aí, pode levar - fala meu pai me empurrando e me jogando nos braços do caveira.

— Bora rapaziada- fala o caveira indo até a porta.

Todos os vapores inclusive o coringa sobem na moto e vão embora, já eu e o caveira entramos no carro dele e subimos o morro.

Gente, primeiro capítulo espero que gostem, bjs. Em breve capítulo novo❤️