Capítulo 2

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Linds

"Se um babaca só tem olhos para as suas pernas, passe uma rasteira nele" – Lindsay


Já me bastava todas as preocupações, agora tinha um otário que achava poder conquistar todas as mulheres do planeta, me achando um desafio.

Maravilha!

Era tudo o que eu precisava pra me deixar feliz.

Vi o momento em que ele colocou a mão na cintura de uma mulher, passou por mim, como se deixasse claro me queria para ser mais uma e sumiu dentro do opulento lugar. Segurei mais forte a taça, sem querer responder a provocação clara.

Idiota!

Kalel era um homem maravilhoso, sua pele clara ressaltava seus músculos definidos. Sua altura era um destaque à parte, sendo uns bons centímetros mais alto que eu, queixo proeminente, cabelo curto, de um tom escuro que combinava com ele e um olhar negro misterioso e quente, mas... Um insuportável completo. De que adiantava tanta beleza e atração sexual se quando tudo dependia da conversa não sabia como fazer acontecer?

Fiquei mais alguns minutos olhando pessoas que eu não conhecia se divertirem e desisti de parecer a social, entrando na mansão, querendo desaparecer no meu quarto e não sair de lá até que fosse totalmente necessário.

Lá dentro o pessoal estava ainda mais louco, bebendo, conversando alto para que suas vozes se sobressaíssem às batidas da música e espalhando sujeira por onde andassem. A mansão do Aidan que era perfeitamente limpa estava um caos e sorte dele que contratava uma equipe de limpeza para arrumar a bagunça no dia seguinte, caso contrário, seus funcionários regulares demorariam uma semana para desfazer o que as pessoas faziam em uma noite.

Subi a escada central e assim que cheguei no corredor, ouvi os gemidos altos que ecoavam por todo o ambiente.

Revirei meus olhos.

Os três pareciam homens movidos à sexo, sem mais nada nos seus cerebelos.

Pelo menos o gosto para decoração da casa era fenomenal. Aidan sempre tivera um bom gosto para design, seus móveis neutros, quadros de pintores famosos e a quantidade minimalista de decoração provavam isso.

Pena que não tivesse o mesmo gosto para amigos ou colegas... Isso se as pessoas que estravam se divertindo às suas custas pudessem ser chamadas desses dois substantivos.

A música alta que vinha de baixo, com certeza não me deixaria dormir, somada aos gemidos, provavelmente resultavam em uma noite completa de insônia, mas também o que eu queria? Por que não ficara em outro lugar? Claro, porque se eu ficasse em outro lugar, teria que receber visitas da minha mãe, sendo que ela não gostar do Aidan a manteria afastada.

Eu proibira a sua entrada no edifício onde eu morava, mas ficaria complicado barra-la em cada lugar que fosse.

O que me fazia sentir horrível por querer mantê-la longe. Mas minha mãe era uma socialite, alpinista social e muitas vezes me sentia como um degrau para a sua fama e odiava me sentir assim. E ainda não tinha a perdoado totalmente, então... Preferia evitar, caso contrário tudo me atingiria, todas as lembranças.

Queria paz.

Por que era tão difícil ter paz na vida?

Assim que passei na frente da porta do quarto da orgia, ela se abriu e um Kalel sem roupas se fez presente.

KALEL (TRILOGIA IMPLACÁVEIS, 1) - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora