Happy With Our Truth

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outro que achei meio bléh

Boa leitura

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"Aquilo foi... um pouco assustador." Lauren disse, olhando fixamente para um ponto qualquer no lado de fora da secretaria. Eu estava ao seu lado, fazendo o mesmo que ela.

"Você morreu de medo..." Brinquei. Sua risada foi o próximo som que preencheu meus ouvidos.

"E você, sra. Ela é gay?" Gargalhei.

"Me desculpe-"

"Não, Camz. Me desculpa pela minha mãe... você salvou minha pele." Me encostei mais nela.

"Eu disse que com minha garota ninguém iria mexer..." Lauren riu, e eu virei a cabeça somente para notar a coloração avermelhada em suas bochechas. Nesse exato instante, Lucca passou com sua mãe o enchendo, o que me fez sorrir, afinal aquele era o até mais tarde que eu havia mencionado, e notei que seu pai conversava com o meu gentilmente, incluindo os pais de Lauren na conversa.

Após alguns minutos, todos eles se despediram e os pais de Lauren foram os primeiros a nos alcançar.

"Você quer ir para casa, querida?" Por sorte, a família de Lauren era compreensiva o suficiente. "Se Camila quiser ir junto, aliás, eu falo com Alejandro e-"

"Não... eu acho que estou bem para ficar aqui..."

"É, eu prefiro ficar também..." Clara sorriu após minha fala, assentindo e se despedindo. Por fim, meu pai se aproximou.

"Que dia louco- qual o problema de vocês, adolescentes?!" Brincou. Ele sentou ao lado de Lauren e acabei sorrindo com aquilo.

"O que houve lá dentro?" Perguntei. Consequentemente, eu e Lauren ficamos fora da sala depois que Lucca chegou porque simplesmente queríamos distância. Por isso nenhuma de nós sabia o que mais tinha acontecido com o garoto em si.

"Lucca foi expulso. Dinah pegará detenção e eu consegui convencer o sr. Franklyn a melhorar o sistema de segurança do colégio." Finalmente o diretor havia feito alguma coisa! "Ele vai fazer uma manutenção completa nas câmeras e vai contratar outra pessoa mais rígida para cuidar delas-"

"Aqui tem câmeras nos corredores?!" Era um pouco trágico eu descobrir aquilo só agora, mas ainda assim, era bom o suficiente para eu reclamar de algo, se o pior não tinha volta pois já havia acontecido, e agora as coisas provavelmente iriam melhorar, eu espero.

Meu pai deu de ombros, me deixando ainda mais chocada de o quão injusta as coisas eram.

***

Naquele mesmo dia, quando chegamos em casa, eu fui direto tomar um banho, não lavando os cabelos pois estavam limpos e eu não estragaria aquela chapinha tão cedo. Depois disso fiquei um tempo estudando, vi alguma coisa na internet, e por fim fui jantar com a minha família.

Meus pais estavam um pouco estranhos, mas Sofia não notou. Algum tempo depois minha mãe mandou que ela fosse fazer as tarefas, e reclamando, minha irmã saiu.

Algo dentro de mim, então, me fez notar que agora eles iriam conversar comigo. Algo sério, e isso não me deixava num estado tão comum de tranquilidade. Bem pelo contrário.

Até cogitei sair de fininho, mas quando bati no meu garfo e os dois me encararam, eu soube que estava pega, e não iria sair dali tão fácil.

"Você terminou de comer?" Meu pai perguntou. Olhei confusa para meu prato e engoli em seco. Estava sem nenhum alimento, justamente porque eu havia comido e me encontrava satisfeita. Cogitei encher meu prato para evitar ter alguma conversa séria mais um pouquinho, mas me senti mal por todas as pessoas que não tem alimento. Eu estaria o desperdiçando para encobrir minha covardia, então respirei fundo e simplesmente assenti, enquanto minha mãe começava a limpar algumas coisas da mesa. "Ótimo. Eu e sua mãe queremos conversar com você."

Happy Birthday (Camren Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora