Capitulo 1- Medo

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Olá amores, boa leitura. E me siga no Instagram para mais informações.
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Bom, hoje o dia não começou nada bem. As imagens e os acontecimentos rodam em minha mente me deixando atordoado. Você não está entendendo nada ainda, mas eu vou explicar. Eu sou Dante Ribeiro, tenho 25 anos, puro charme carioca, rico, bonito, sigo a política "pego não me apego" mas agora não sei o que vai ser de mim, estou meio desesperado, encabulado.

Se meu pai não fosse chato até na hora de morrer! Desculpa pai, mas aquilo foi demais para mim, e minha mãe nunca vai me deixar quebrar a promessa que jurei no seu leito de morte.

Pai... se você está me ouvindo, me de uma força aqui em baixo, porque preciso da sua ajuda, e não vou chorar, não vou, não, nem pense nisso, sou uma rocha, mas na verdade, não tem como não chorar...

O meu herói não está mais aqui para me ajudar, e agora o que vai ser de mim?

Flashback

-Acorda Dante!!!!! -um grito do meu lado me acordou em plena madrugada, era meu irmão Gabriel, o que esse maluco quer?

-Nosso pai está passando muito mal cara, acorda!!

-O que ele tem? -me levantei em um pulo.

-Eu não sei, minha mãe quer levar ele para o hospital agora!! vamos logo cabeção!

-Tudo bem só um minuto -me levantei rápido, troquei de roupa, e arrumei o cabelo, tudo correndo, em quanto a ambulância não chegava.

Corri para o quarto do meu pai, tão rápido que esbarrei em tudo. Me ajoelhei na beirada da cama, pegando na mão de meu pai. Minha mãe estava em pé chorando e abraçada com meu irmão.

-Pai!!! Como você está?? -eu estava muito assustado.

-Muita dor no peito... -disse falhado, como um sussurro. Com sua mão levada ao peito, meu coração se apertou.

-Não pai, poupe suas energias -a essas horas eu estava chorando, é, eu estava chorando sim, ver meu pai naquela situação esmagava meu coração.

Meu pai, Tomás Ribeiro, além de ser um ótimo pai, também era o cara mais trabalhador que eu já conheci. Nasceu em uma família pobre, lutou para conseguir tudo o que tem e construir sua empresa. Por isso, tenho muito orgulho dele, que saiu do interior para tentar a vida na cidade grande e conseguiu.

Um dia eu vou assumir tudo isso, mas não agora. Meu deus, o que eu vou fazer?

Nessas horas, nossa história passava toda em minha cabeça, começando por meu pai e a minha mãe, que se conheceram de uma forma bem bonitinha (que gay) em uma festa de gala. Foram apresentados por um amigo em comum deles dois.

Minha mãe, Clarice, estava linda como sempre, tinha como não se apaixonar? amor a primeira vista. Mas eu, particularmente, acho que foi aquele cara especial que os ajudou, o destino.

Assim eles namoraram, casaram e tiveram filhos, eu e meu irmão. Gabriel é mais novo que eu, então me sinto responsável por ele, tipo, foi eu que ensinei ele a fazer quase tudo, amarrar o cadarço, pegar as meninas, mentir para os pais. E eu posso ter ensinado muitas coisas erradas, mas sempre estive do lado dele em tudo e ele do meu, ele é meu porto seguro, meu irmão.

A ambulância chegou e eu estava muito nervoso, meu coração disparado, era muita agonia.

-Bom vamos levá-lo para o hospital, alguém vai acompanha-lo junto na ambulância? -o enfermeiro perguntou.

-Eu vou!! -minha mãe se prontificou, nada mais justo.

-Claro, eu e Gabriel seguiremos atrás com o carro -dei um beijo em sua bochecha e segui com ela até a ambulância, suas mãos estavam suadas, eu podia sentir seu nervosismo.

A ambulância seguiu, deixando eu e Gabriel na calçada em frente a nossa casa.

-Vamos Dante, não podemos deixar ela sozinha...

-Estou indo... viu minhas chaves? -eu perguntei procurando elas em meu bolso.

-Você é muito enrolão mesmo Dante!! -ele disse todo alterado.

-Estou indo cara... mais como você é chato, daqui a pouco eu vou ter um enfarto também!! -falei seguindo em direção ao carro.

-Nem brinca com isso -disse entre dentes.

-Vamos entra logo -eu disse enquanto destrancava o carro, só assim, entramos e partimos.

O silêncio de nossa agonia gritava em meus ouvidos, como poderia uma coisa ser tão torturante quanto o futuro? mas é isso o que nos faz viver, não saber o que vai acontecer a cada minuto.

Gabriel me desperta dos pensamentos.

-Dante, eu estou preocupado... -ele disse com a voz pesada.

Na verdade ele queria dizer com medo, então eu me lembrei automaticamente de quando éramos apenas crianças, quando ele me acordava de madrugada para falar que estava com medo e eu sempre dizia "não se preocupe, eu vou te proteger"

E com essas lembranças, não tive reação, só o olhei, dei um sorriso tristonho e disse:

-Eu também...

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Estou muito feliz por ter postado meu primeiro capítulo!!! Obrigada por ler, e não esqueça de deixar sua opinião nos comentários. Ela é muito importante para mim.

Espero que gostem da leitura e não percam o próximo capítulo... Me siga também no istagram @karin_afonso.

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