4. you're the universe i'm helpless in

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“i was a billion little pieces
'til u pulled me into focus
astronomy in reverse,
it was me who was discovered”.
- Venus by Sleeping At Last

Saio da festa, sendo seguida por Matthew. Assim que chegamos até a área da garagem, ele localiza seu carro e apressa seu passo, abrindo a porta pra mim. O olho surpresa, entrando em seu veículo.

– Ok, qual a primeira parada? Meu Deus, é tão legal quebrar as regras! - falo com empolgação, mas parando logo em seguida, enquanto Matthew liga seu carro e dá partida - Mas e se me procurarem e descobrirem que eu fui numa festa e sai com um desconhecido? Aí é que morro de vez. - faço uma pausa, e me viro para o garoto ao meu lado - Matthew Espinosa, se eu morrer, sinta-se culpado, tipo um assassino, já que você me fez tomar más decisões.

– Caralho, você fala muito! Relaxa, não vai ter problema nenhum, penso numa mentira.

– Você têm razão, não tem problema nenhum. - falo isso mais para mim mesma.

– Bom, como nossa primeira atração da Tour LA by Matthew Espinosa - dou risada - Vamos ir para a praia.

– E eu vou fazer o que na praia sem biquíni, anjo?

– Está tendo uma festa lá - ele vira numa curva.

–  E o que tem de bom nessa festa pra você me fazer sair da do Caniff?

– Comida, bebida, boa música, as vezes rola uma maconha, e também tem a vista do céu. Garanto que você vai gostar, El. - estaciona um pouco antes da praia.

– El? - pergunto, saindo do carro e ajeitando meu vestido.

– Sim, ué. Como somos amigos, posso te chamar por um apelido, não? E todo mundo te chama de Liz, e bom, eu sou único. - ata - Pode me chamar de Matt, ou Dino, você que sabe.

– Dino, tipo de dinossauro?

– Exato! Eu sei imitar um e, particularmente, tenho muito orgulho disso - Meu deus, o garoto parece exatamente o Ross de Friends, só falta os divórcios.

Andamos mais um pouco, conversando sobre coisas que temos em comum. Descobri que Matt ama filmes de terror, gosta de bandas indies e acabou de se mudar para LA, depois de uns problemas com sua família.

– Chegamos! - diz empolgado.

Assim que ele fala isso, fico encantada pela decoração do quiosque onde estava acontecendo a suposta festa. Tudo num clima bem tropical e aconchegante porém divertido, com bebidas e alguns petiscos, e as mesas enfeitadas em tons de laranja e vermelho.

E o que mais me tirou o fôlego foi a vista para o mar. Profundo, escuro, hipnotizante e misterioso. De tirar o fôlego.

– Eu disse que você ia gostar, não disse? - diz esticando um espécie de tapete na areia para que nós podermos nos esticar e me oferece uma garrafa d'água.

– Matt, isso é... Incrível. - me sento - Mas quando me convidou para sair da festa, pesei que iríamos fazer algo ilegal ou algo do tipo, e não isso.

– Nossa aventura só está começando, El. - fala olhando nos olhos, e eu olho nos dele. Numa cor chocolate, você poderia falar que é um olho comum, sem algo cativante. Mas não. Seus olhos, que fechavam sempre que abria um sorriso, podia ser considerado uma das 7 Maravilhas do Mundo - se não a primeira.

– El? - continua.

– Sim? - continuamos com a troca de olhares, como se estivéssemos nos descobrindo cada vez mais a cada segundo.

– Por que decidiu ir a uma festa em plena sexta, sendo que seus pais são muito rígidos? Sem querer pressionar ou algo do tipo, claro. Eu só gostaria de conhecer um pouco mais de você - diz a última parte num tom baixo, mas mesmo assim consigo escutar.

– Estava precisando de um tempo longe dos meus pais e da minha casa, que é um lugar tóxico - desvio o olhar para o mar - Parecem que ainda vivem na antiguidade, onde pregam um discurso machista, homofóbico e preconceituoso - não que seja muito diferente da realidade.

Ficamos um momento sem falar nada, apenas olhando a vista. Mas logo retomo a fala. Por mais estranho que seja, me sinto confortável em compartilhar isso com o Espinosa.

– Tenho a sensação de que só me tiveram para expandir seus negócios, já que meu pai é empresário. Ele paga de bom pai e um bom marido na frente de todos, mas em casa é totalmente diferente. É um homem ausente da sua família, viajando para ter mais e mais dinheiro, sem ligar para os outros. - bebo um gole d'água - Minha mãe só concorda com suas atitudes idiotas e se mantém de boca fechada, como se concordasse. Não posso culpa-la, afinal, foi criada assim por seus pais, que foram criados pelos meus bisavós, da mesma machista e hipócrita maneira. Eles não se casaram por viverem uma grande história de amor, do tipo Romeu e Julieta, ou algo do tipo; e sim por que foram obrigados. Obrigados a abandonarem seus sonhos para suprirem suas ganâncias, trazendo orgulho para seus pais.
E não duvido nada que o mesmo aconteça comigo. Mas eu, diferente de grande parte dos meus antepassados, não deixarei eles controlarem minha vida. É por isso que trabalho meio período e horas extras em cafeterias pela cidade, para juntar meu dinheiro e sair de casa. Não vou deixar - digo com certeza - Um dia alguém me disse que temos que lutar pelos nossos sonhos, e bom, esse é meu sonho: ser livre.

M a t t h e w  E s p i n o s a

Envolvo a garota num abraço, como uma tentativa de aconchega-la, compensando minha falta de habilidade com esse assunto. O cheiro dos cabelos loiros de Liz - uma mistura de lavanda e menta, dando um aroma doce e viciante - invade meu nariz. Meu Deus, que cheiro bom.

- Desculpa, sou péssimo nisso. Sinto muito.

– Não tem problema, Dino. Só a sua presença está ótimo! - fica calada por uns instantes, como se estivesse processando tudo o que disse, e logo dirige-se para a pista de dança improvisada na areia, que estava tocando Sweater Weather. - Bom, isso é uma festa, não? Vamos dançar!

– Não sou muito bom em dançar, e você também ta meio bêbada. É capaz que caia em cima de todo mundo. - tenta me levantar, puxando minha mão, mas sendo em vão.

– Vamos, Matthew, só um pouquinho... - seus cabelos louros cai em seus olhos, como se estivesse realmente tendo dificuldade.

– Tá bom, pode ir na frente, vou logo atrás de você. - dito isso, sai correndo, mas meio cambaleando por conta da bebida.

Elizabeth Warden. Quem diria que a garota santinha da escola ela possui um lado escuro e dolorido dentro de si? Assim como o infinito, esconde profundos segredos no seu interior. E eu estou disposto a desvenda-los.

Vejo-a dançar com um ar divertido e despreocupado, mesmo estando passando por uma fase não tão boa da vida. E mesmo assim ela não desiste; continua lutando e indo atrás dos seus sonhos.

Porra, ela é incrível.

vão ler minha outra fic 👺👺

oi, desculpa a demora pra atualizar, mas eh pq eu tô focando mais em povs, e meus povs são gigannntes e acabam sendo um capítulo em forma de Bíblia KSJSKKKK

e galero, vai ter putaria sim, vai ter rola na ppk/ rola na boca/ buceta na boca sim! não se preocupem, eh que eu quero desenvolver mais a relação deles, e também a Liz ta bêbada ne então tem q ser os dois sóbrios

obrigada pela quantidade de visualizações e votos <3 espero que estejam gostando

all the love in the world,
beatriz

not a pure girl ➸ espinosa {hiatus} Onde histórias criam vida. Descubra agora