fenômenos paranormais ☻ chanbaek

xxiv: humano?

❁

Chanyeol estava mancando e mal conseguia abrir os olhos, Baekhyun correu até ele e o ajudou a se manter em pé. Em seguida, levou o mais alto até a cama de ferrou e se sentou ali.

— Chan... O que aconteceu? — Ele perguntou enquanto checava o demônio.

Seu rosto estava cheio de arranhões e seus olhos não abriam direito.

— E-eles... — Chanyeol gaguejou.

— Merda... Você tá bem? — O menor perguntou e quase se bateu.

Merda, Baekhyun. Claro que ele não está bem, seu acéfalo. O humano pensou.

— Dói... — Chanyeol gemeu e encostou as costas na parede.

— Onde dói, bebê? — O mais velho colocou a mão na testa do demônio para verificar se a sua temperatura fria de sempre havia mudado, ele estava pegando fogo.

— T-tudo... P-principalmente aqui. — Chanyeol choramingou e apontou para o seu peitoral.

— Eu vou dar uma olhada, ok? — Baekhyun se ajoelhou na frente do garoto e ele assentiu.

Então, Baekhyun desabotoou a blusa que o outro usava e arregalou os olhos deixando um suspiro assustado escapar.

O tronco de Chanyeol sangrava, arranhões estavam por toda a parte. O peitoral do rapaz estava tão ruim que o humano jurava que vomitaria se isso não fosse piorar tudo.

— Ai, porra... — Ele murmurou quando viu os arranhões negros espalhados pelo peitoral do garoto. Diferente daqueles arranhões com sangue pelo resto do corpo, aqueles eram negros e profundos, azuis puxando para um roxo.

Baekhyun se lembrou do estojo que tinha embaixo da cama e o tirou de lá. Os estojos de primeiros socorros que haviam sobrado nos quartos depois do abandono do hospício serviriam para alguma coisa, afinal.

— Eu vou cuidar de você, ok? — Perguntou e Chanyeol assentiu.

Então, o humano tirou soro e gaze dali. Ele sabia que aquilo nunca envelheceria, era como Chanyeol havia dito: Nada é como na realidade quando se troca de dimensão.

O soro ardeu na pele fragilizada do mais alto o fazendo soltar um gemido falhado, Baekhyun suspirou e deu toques mais leves nos arranhões. Quando ele chegou nos do peitoral, resolveu não mexer ali, apenas enfaixou o garoto e lhe entregou um comprimido para dor que ele não tinha certeza se fazia efeito em demônios.

— Melhor? — Perguntou.

— Um pouco. — Chanyeol sorriu fraco.

— Agora, deita aí. Você tem que repousar. — Baekhyun mandou e ajudou o outro a se deitar.

— Eu to sentindo uma coisa diferente... — O maior confessou.

— O quê? — Ele perguntou.

— Minha boca tá seca. — O garoto de olhos verdes respondeu.

— Você deve estar com sede. — Baekhyun murmurou e pegou uma garrafa de água.

— Você vai enfiar uma garrafa de água na minha boca? — Chanyeol arqueou a sobrancelha.

— Chama-se beber água. — Revirou os olhos e colocou a garrafa com cuidado nos lábios do garoto que bebeu a água curiosamente.

— Isso me deixou melhor, já nem me lembrava como era beber água. — Comentou.

— Claro que deixou, água mata a sede. — Baekhyun fechou a tampa da garrafa.

— Mas por que eu sentiria isso? Eu nem sou humano.