Talvez a minha vida só comece aqui.

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Meses se passaram, e meu pai havia sofrido um acidente, ele estava no hospital sem previsão de melhoras. Agora sim eu estava completamente sozinha.
Após uma visita rápida ao meu pai, ele faleceu deixando a casa e o dinheiro da empresa, que com o passar do tempo já havia acabado.
Dali em diante, eu sabia que só me restava a solidão, como eu não tinha parentes próximos, o juiz declarou que eu iria para um orfanato.
Dayse se responsabilizou em cuidar dos papéis de transferência, e na minha bagagem, que era apenas duas malas pequenas e uma mochila rosa de unicórnio .
Havia uma coisa que me atormentava dia e noite, a tal mulher misteriosa que matou minha mãe, a voz dela, o cabelo chanel louro, me aterrorizava.
Dayse sabia da verdade mais por algum motivo ela não a denunciava, e a polícia não iria acreditar em uma criança de seis anos.
Já estava anoitecendo,  seria a minha última noite, na casa do assassinato,e pela manhã eu conheceria meu novo lar.
Fui me deitar, e Dayse estava no quarto, acabando de me contar uma de suas histórias fictícias.

- Dayse, você vai me visitar, no orfanato? 

- Claro Hailey, sempre vou estar lá com você

Falou Dayse sorindo.

- Não me deixe, eu já perdi meus pais, agora vou ficar lá sozinha.

- Ei, você vai ter amigos lá, pessoas que vão cuidar de você.

- Só não me deixe.
Falei com os olhos lacrimejando.

Não consegui conter meus sentimentos, então deixei as lágrimas caírem . Dayse secou-as, e beijou uma das minhas bochechas rosadas.
A noite foi longa,e eu pensava de como minha vida tinha mudado, e na assassina solta.
Decidi que a partir desse momento eu fazeria justiça com as próprias mãos.

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