LetterS To You

Vocês Irão Se Dar Muito Bem

Assim que comecei a fazer os devidos exercicios que o professor havia passado, eu não pude negar que não conseguia parar de encara-lo, ele algumas vezes olhava para mim e sorria. Isso acabou me fazendo pensar mais, que poderia ser ele. Mas por quê um professor iria se interessar por mim? Aliás, eu não posso nem tirar conclusões pricipitadas.

Quando o sinal soou indicando que a primeira aula tinha acabado, mas ainda teriamos uma segundo aula de quimíca. Justin, o meu professor. Se levantou e tratou de passar mais algumas coisas no quadro negro.

-Você terminou? -perguntou Normani ao se virar para mim, eu assenti. -Me empresta?

-O que você já fez?

-Nada... por isso estou pedindo pra você!

Eu poderia emprestar, mas antes eu precisava fazer algo, avisei a Normani para que esperasse um pouco, me levantei e fui até onde o professor estava. Ele me encarou e sorriu.

-Pois não? Alguma dúvida Karla? -perguntou ele todo autendico.

-Na verdade sim... -falei e depositei o caderno sob a mesa. Eu tinha colocado a tál carta entre as folhas do meu caderno. -Uma dúvida sobre a segunda... letra b.

-Deixe-me ver.

Ele pegou meu caderno, e ficou observando por um tempo. Foi aí que a tál carta caiu sobre a mesa.

-Karla, essa é fácil. Basta você cau-

-Isso é do senhor?

-O quê?

Apontei e ele olhou.

-Ah, não. Não seria seu? -ele pegou o papél e o abriu. -Hum, isso não é meu.

-O senhor tem certeza?

-Absoluta, ninguém me entregou isso. E muito menos é a minha letra. -disse e me entregou o papél. -Então, deve ser seu. Eu não tenho nenhuma admiradora secreta.

Peguei o papél e sorri fraco..

-Voltando aqui... hum, é só você cau-

-Mas olha só! Eu já entendi tudo. Obrigada!

Saí de lá sem nem ao menos esperar ele falar, me sentei e entreguei meu caderno para Normani, que me agradeceu.

Não era ele, agora eu tinha a total certeza disso, só sei que voltei do zero. Mas eu não iria ficar nisso, vou esperar para ver se terá uma próxima carta.

-

Assim que deu o horario para o intervalo, fui rápidamente na frente e nem me importei de esperar pela Normani, quando cheguei em meu armário, eu o abri o mais rápido que eu pude. Mexi em tudo e não tinha nada!

Senti um leve desânimo chegar, eu poderia esperar. Mas não seria possivel! Que pessoa lhe manda duas cartas e depois não manda mais nenhuma?

Fechei o meu armário com tudo, quando me virei para ir até a Normani, sem querer acabei batendo contra alguém.

-Me desculpe. -disse a garota sem olhar para mim, ela seguiu andando e nem me deu tempo de dizer algo.

Olhei para ela e a garota andava as pressas, dei de ombros e segui meu caminho também.

-Nem me esperou! -indagou Normani nervosa.

-Me desculpe...

-Eu poderia não desculpar... Mas...

-Mas nada!

Ela revirou os olhos e me pegou pelo braço, e me saiu puxando.

-Preciso me alimentar. -avisou ela, seu tom era de total brincadeira. Eu acabei rindo. -Você vai comer?

-Estou sem fome, mas. Vou beber só uma água mesmo.

(...)

Quando cheguei em casa acabei me deparando com o meu pai, eu não sabia o por quê de ele ainda ter as chaves de casa.

-O que o senhor faz aqui? -perguntei enquanto fechava a porta.

-Vim resolver algumas coisas aqui em Miami, e vou ir embora amanhã.

-Que coisas?

-Isso não seria assunto pra você.

-Grosso!

-Respondona! -retrucou, nós rimos com isso. Ele olhou para o seu relógio no pulso. -Vai fazer o que agora?

-Ah, o senhor sabe... vou ficar fazendo alguns nada, entende?

Ele riu fraco.

-Podemos ir comer algo, depois eu lhe trago devolta.

-Está bem...

-Okay, avise a sua mãe. Estou te esperando lá fora...

Eu assenti e fui para o meu quarto guardar a minha mochila, liguei para a minha mana e avisei á ela. Ela acabou me dizendo para pedir a chave devolta para o meu papa. Quando cheguei perto do carro, meu papa abriu a porta para mim.

-Mama pediu a chave. -falei, ele revirou os olhos e a tirou do bolso. -Por quê ainda tem a chave?

-Pra caso de emergência, vai que algo aconteça? Posso vir o mais rápido possivel de Manhattan!

-Isso não justifica...

-Justifica muita coisa.

Eu tive que esperar ele a resolver aquela tál coisa, fiquei alguns minutos esperando dentro do carro, se eu soubesse disso...

Quando ele voltou, acabou me avisando que iriamos comer algo no shopping, era bom mesmo. Eu estava com muita fome, isso que dá não comer no colégio.

-Como foi hoje no colégio?

-Chato.

-Só isso? Chato?

-Sim, só isso... Nada muda, tudo chato!

-Nada diferente? Me conte o que fez nesses últimos dias.

-Não fiz nada papa, só fiquei com as minhas amigas, saímos algumas vezes. Nada demais.

-Hum.. mas e a sua outra vida?

Eu o encarei confuso, ele me olhou algumas vezes de canto.

-Que vida?

-Amorosa? Já aviso que tenho armas, e avise também para a pessoa que você estiver.

-Mas... mas não tem ninguém.

-Mas o recado está dado. -ele riu como se tivesse acabado de contar uma piada. -Estou falando sério...

-O senhor é louco, sabia?

-E você puxou esse meu lado, sabia?

Revirei os olhos e ri, meu papa era engraçado demais. Mas tinha vezes que esse lado dele sumia, tinha um momento pra tudo, e ele quando está bravo... nem o reconheço.

Nós andamos um pouco pelo shopping e ele acabou comprando algumas coisas para a Sofi, eu não quis nada, mas adiantou eu falar que não queria?

Esse dia iria ser longo.

-Filha, eu queria lhe dizer algo.

Estavamos sentados numa praça de alimentação, estavamos almoçando.

-Pode dizer.

-Eu estou com uma outra pessoa.

-Como assim?

-Digamos que o seu velho aqui, está num relacionamento.

- O QUÊ? -falei daquela maneira só pra zuar ele, ele revirou os olhos e riu. -Você está em um relacionamento?

-Isso mesmo, e na próxima férias. Você e sua irmã irão conhecer ela.

-E como ela é?

-Vocês irão ver...

-O que custa dizer agora?

-Tudo o que eu posso dizer é que ela tem filhos, e a do meio tem a sua idade. Acredita? Vocês irão se dar muito bem.

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Obrigada por lerem...
Até a próxima att...