1° Profano

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  Era manhã quando o despertador tocou, avisando James do compromisso a noite, acordando assustado não olha para o aviso de seus compromissos e desliga rapidamente o celular, logo lembrou que tinha um projeto para apresentar na empresa, tomou seu banho de água fria matinal, vestiu seu único terno e saiu de casa as presas, no caminho James Dunkley recebe uma ligação de sua avó, mas por estar no trânsito acaba caindo na caixa postal:

- Meu filho, estou com saudades, espero lhe ver hoje a noite, já estou a caminho de Middle-Town - J. Dunkley sem entender do que se tratava apenas continua dirigindo contra o tempo.

  Chegando no prédio empresarial, corre sobre as escadas de pequenos degraus, rumo ao salão principal, adentra no elevador cheio de funcionários esperando chegar no vigésimo andar, faltando alguns minutos James Dunkley entra na sala dos Ceos, onde todos lhe esperavam com expressões de ociosidade.

- Desculpa o atraso, tenho algumas propostas para melhorar o envolvimento dos empregados e os empregadores - constantemente nervoso.

  Após apresentações de slides, gráficos, e documentos, durante todo o seu dia,  todos olham para J. Dunkley e começam a rir, abalado e com os nervos a flor da pele, ele se retira da sala e desce para o segundo andar, onde tem uma cafeteria.

- senhora por gentileza, me traga um cappuccino - em um tom de estresse.

- sim senhor! - a moça exclama, com tom de tremor.

  Ao receber o café vai as pressas deixar o prédio em direção seu carro, no caminho se esbarra com Dillan, seu rival de negócios, do qual sempre se sobressai na empresa, J. Dunkley acaba derrubando o café em seu terno por conta do esbarro, estressado e não aguentando mais a situação do dia, puxa confusão:

- Ei, você é cego?! não me viu no caminho? - James com um olhar enfurecido pergunta.

- Desculpa, a culpa não é minha se você anda olhando para o celular, deve ser por isso que os seus projetos são péssimos! - Dillan exclama ironizando.

  Ao perceber que não adiantaria nada J. Dunkley segue o caminho rumo ao carro com a cabeça aos ares, ao entrar no veículo liga para sua filha, toca incessantemente, até que quando ela atende, ouve aquela voz ofegante.

- Olá, Ana, está bem? - com tom meio de preocupação.

- Olá pai, ah, você sabe... briguei de novo com o Marco! - com uma ancia na voz.

- Não se preocupa, Pai vai resolver isso. - com uma calma vindo a tona

  Para por um instante, respira fundo, pensa em como o dia dela está ruim e prossegue.

- Não fica triste querida, é apenas um dia ruim, chegar em casa nós conversamos - James fala com calma e plenitude.

- Tudo bem pai, te amo, te espero em casa! - exclama com tom de encerração da chamada.

  Antes de dar partida no carro lembra-se da mensagem de sua avó, então olhar os compromissos do dia que ainda faltava cumprir, para saber do que se tratava a mensagem, abrindo a agenda de seu smartphone ver em destaque "Casamento da DD", com um horário marcado para as 22h, com velocidade desce a barra de horário do celular, e percebe que é extamente 19h.
  A primeira coisa que lhe veio a mente foi comprar um novo terno, já que o seu estava sujo, e não teria tempo para lavar, sem pensar duas vezes da partida no carro, saindo em desparada para a avenida principal, observando o fluxo de veículos percebe que irá demorar para chegar a Rua dos alfaiates.
  Chegando na rua já é 20h, toda rua está escura e vazia, tendo apenas um senhor bem vestido lendo um jornal em frente a única loja com uma luz sobre a portaria, ascesa, a loja era a trigésima terceira da rua, bem ao centro. No momento em que se aproximava-se o senhor não o enchergando, vai ao muro escuro ao lado da loja para urinar.
  Enquanto isto James adentra a loja, com pressa e sem entender o motivo de tantos panos cubrindo os corredores da loja, J. Dunkley quanto mais adentra ao salão das vestes, mais escuta uma conversação dentre pessoas, chegando ao salão percebe que todos os senhores estão vestido de roupas sociais, aventais e cordões emblematicos, ao perceberem, perguntam de forma muito formal o'que o levou a entrar na loja, muito ofegante e assustado sem entender do que se tratava explica:

- senhores, eu preciso saber quem é o atendente, preciso de um terno para casamento, a festa é daqui a duas horas - explica-se com inocência.

- você sabe quem somos ? - pergunta um dos senhores, do qual tinha um avental azul e com 3 flores brancas com tom de suspense e dúvida profunda.

- Não, devem ser os trabalhadores e alfaiates da rua?

Todos riem muito alto, e por fim o mesmo senhor de veste azul, o pergunta:

- se você tivesse que escolher entre ter conhecimento e avaliar o terno perfeito ou não ter o mesmo e ganhar o terno bonito, o'que iria preferir?

James sendo altamente inteligente, e sabendo que beleza não é tudo, responde:

- prefiro avaliar minhasmedidas para justo ficar o meu terno.

  Todos os afaiates perplexos com a reposta o convidam para a reunião deles, James pensa muito pois tem duas horas para chegar no casório, então o senhor de avental azul o faz ficar apenas uma hora na reunião e lhe passa seu número para que ele volte a entrar em contato caso tenha interesse.
  Ao sair, James surpreso não acreditando no que acabou de presenciar, adentra no carro e direge rumo a sair da rua, dirigindo para três quadras dali chega-se no casamento.
  Atrasado alguns minutos senta-se no banco da igreja onde está havendo o festejo, assiste a missa, mas com o pensamentos no ocorrido, fica imaginando o'que acabara de ver.
Ao fim da missa, James vai de encontro a sua avó onde conversa sobre a vinda dela:

- Olá vó quanto tempo, a senhora está se divertindo? - pergunta parecendo estar feliz e fingindo nunca ter presenciado o ocorrido horas anteriores.

- sim, sim meu filho, e você como está? - feliz e virando uma taça de vinho.

- ah, diferente né, não é todo dia que vejo o casamento da minha irmã! - reponde meio sem jeito.

- E o'que estava fazendo antes de vir para cá, seu trabalho termina 6h certo? - meio curiosa.

- Então... tive alguns imprevistos, molhei meu terno, tive que dá uma passada na rua dos alfaistes, mas nada demais! - meio nervoso, com medo que ela descobrisse o'que acabara de ocorrer.

- Então vó, foi bom falar com a senhora, vou ali no banheiro - se despede com velocidade e dandonum abraço na sua avó.

Indo em direção ao banheiro, apressado, e soando, começa a pensar sobre a noite - isso não pode ter acontecido, talvez nem devo ter interferido naquela reunião! - Chegando no banheiro enxagua as mãos, molha o rosto e percebe que aquilo no qual entrou era extremante sério.

  No dia seguinte do casório, acorda como de costume, toma seu banho, passa pelo quarto e Ana, e ela continua dormindo, lembrando ser um dia sem compromissos, vai a padaria, comprar um café da manhã para ele a Ana, dirige-se a garagem, entra no veículo, e parte para a padaria, no caminho ligam da empresa avisando que ele será chamado a tarde para uma conferência, sobre um aumento no seu cargo, logo fica espantado, pois tudo parecia ir ruim na empresa, já que focavam apenas em seu oponente de trabalho, desligando o telefone logo chega na padaria que é a duas quadras de sua casa, estacionando o carro próximo a banca de revista, desce em frente a dois senhores que estão lendo o jornal da manhã, ao passar por eles, um dos senhores lhe cumprimenta, ele acha estranho, já que nunca havia visto esse moço, ele olha bem a fisionomia do senhor e ver que ele tem postura, uma bela roupa e um anel diferenciado e dourado, sentiu que já tinha visto algo parecido, porém prosseguiu para a padaria, entrando cumprimenta o dono da padaria, que por sinal apesar de ser idoso, ainda está com todo gás, ele sempre trabalha como atendente, percebe então ao apertar a mão dele, que também possuía o mesmo anel, dali já começou a estranhar tudo ao seu redor.

- Olá James, como anda a vida, ouvi dizer que você conheceu novas pessoas na cidade?! - pergunta com tom de afirmação olhando diretamente para os olhos de James.

- ah, então ontem foi o casamento de minha irmã, conheci vários amigos e pessoas que trabalham com ela, sempre bom fazer novas amizades! - informa com temor, sabendo do que ele queria dizer.

- ah, sim verdade, então entre e se sinta bem, tome um café lá por conta da casa! - o dono fala, percebendo o desconforto nos olhos de James.

Após ter tomado seu café quente, e comprado os pães e a Nutella de Ana, volta para o carro e retorna a casa.

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⏰ Última atualização: Jun 18, 2020 ⏰

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