Arco-íris vem do coração

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     Eu sinto que minha vida é algo normal, pelo menos normal ao ver da nossa pequena cidade, onde idosos e jovens são igualmente felizes e onde a situação financeira de alguns não abalam no seu estado emocional, preocupações sempre existem, mas são coisas tão fúteis que nem se percebe elas, organização e dedicação em nossas escolas são o que mais nos preocupamos, pois tudo provém de uma boa educação, mas não só na escola somos ensinados a ser educados existem nossas famílias, que por mais rígidas que sejam em algumas situações, são amáveis e liberais a qualquer sonho que tenham seus integrantes. Talvez essa vida é uma boa vida, viver em nossa cidade é como viver em um paraíso, dizem os turistas, mas eu confesso que temos nossos problemas.

     Em volta de nossa cidade existe um grande rio, que é normalmente calmo, porém em dias chuvosos ele alaga toda a periferia da cidade, também existe os raros casos de assaltos, que pode ser pequena a chance, mas acontece e aquele local... Bem, aquele local é totalmente proibido a entrada, desde pequeno somos bombardeados de histórias envolvendo aquela mina abandonada, ela foi o primórdio de nossa cidade quando ela estava em desenvolvimento, talvez o único lugar onde fez termos um grande lucro. Porém naquele dia sombrio onde todos foram afetados pela "maldição" nunca mais fomos os mesmos, demorou décadas para que toda a "maldição" fosse erradicada, porém ela ainda afeta alguns de nós até hoje. Eles ficam geralmente internados em um hospital especial que nossos pais chamam de "Hospital Especial", eles nos dizem que não é para termos preconceito com aqueles que sofrem da "maldição", mas é assustador.

     Uma vez eu já fui visitar esse hospital "especial", era um dia ensolarado e parecia um bom dia para sorrir, porém quando vi os olhares sem vida daquelas pobres pessoas. Eu senti algo que eu nunca tinha sentido na vida, algo que me marcou, eu vi eles andarem como mortos.

... Eu não entendia, mas já se foi esse tempo...

24 de janeiro de 2015

*Um celular toca o alarme determinado às 5:30*

     — An? — O garoto acorda confuso, por já estar de manhã. — Cadê? Aaarh, essa visão não ajuda! — Ainda atordoado após um sonho estranho ele procura os seus óculos.

     — Achei, finalmente... Agora vamos lá!  — Fala com determinação.

     O garoto pega o celular e abre em uma nota, é onde ele guarda seus afazeres rotineiros das férias, ele anda para o banheiro depois de memorizar algumas coisas para se fazer de manhã e começa lavando o rosto e logo após escovando os dentes, ele lembra de seu pai que sempre falava sobre a saúde bucal e o quão ele achava isso inútil, mas era engraçado quando ele fazia aqueles teatrinhos sobre dor de dente. Após isso o garoto saiu de seu quarto e começou a andar em direção as escadas, descendo-as ele se depara com uma voz feminina, porém adulta.

    — Legacy? Já acordou meu filho, eu te disse que hoje você poderia dormir um pouco mais. — Falou minha mãe, com um tom de voz alegre.

     —  Ah, mas você sabe que eu te prometi todos os dias das férias, né? Eu vou cumprir sem mais nem menos! —  Falou o garoto com determinação e um largo sorriso radiante.

     — Então tá, mas depois não fique resmungando por estar cansado, ouviu? Falou a mãe entregando o pano para enxugar a louça.

    Então o garoto começa o que ele tinha prometido a mãe antes das férias, que já era bem grandinho para outros tipos de responsabilidades, ele termina as louças e observa sua mãe o ensinando a cozinhar, depois que tudo está pronto ele faz a mesa e então o seu pai chega do trabalho com uma cara de cansado e então ele faz suas brincadeiras bobas e todos começam a rir, ele sempre se alegra quando volta para casa. Após o almoço o garoto sai de casa para andar de bicicleta e encontra os seus dois melhores amigos, Henry e Joyce. 

A Maldição da MelancoliaOnde histórias criam vida. Descubra agora