A noite

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{Hyungwon}

Eles andam em circulos ao meu redor, sete deles, ao menos. Os outros estão sentados, conversando. Faço a contagem de de 0 à 10 para dar um pulo e assustar todos eles, que saem correndo, gritando e rindo. Esse laboratório já me proporcionou tantos momentos maravilhosos, que já perdi a conta de quantas vezes já me peguei dormindo todo torto entre eles. Ou quantas vezes já me peguei lendo uma história para eles e sendo acordado pelos mesmos, a cada vez que dormia primeiro.

Meu relógio apitou, indicando a hora de recolher. Os que correm à minha frente, freiaram devagar e me olharam frustrados. O que eu posso dizer? Eu quero deixá-los brincando, ao menos, que terminem a brincadeira, mas não é uma escolha minha, são normas, e eu odiaria ter que prejudicar algum deles por ignorá-las. Aliás, eu já passo por cima de muitas.

— Tio, deixa a gente terminar? — Jisoo Perguntou com um rostinho fofo, emburrada.

— Vocês sabem que eu deixaria vocês alcançarem a porta, mas se Junmyeon pegar vocês fora da cama, depois das dez horas, teremos Chae Hyungwon frito. — Eles riram, se rendendo com facilidade.

Minha relação com cada um é do tipo paterna, minha vida é aqui. Sem eles, sou um indigente.

Não é preciso que eu os leve acorrentados para a cela, assim como manda as regras, já que os instintos maternos ainda estão com os pequenos. Mas em todos os meus 13 anos de trabalho nesse lugar, nunca aconteceu comigo. Ao contrário de outros funcionários…

Luhan e Sehun entraram em suas celas, uma do lado da outra, ambos se colocam embaixo das cobertas e ficam a minha espera, para que eu dê um beijo em ambos e lhes deseje uma boa noite de sono. Assim o faço.

Mas só me recordo de verificar o estado de cada um, quando vejo o medidor de um dos felinos, caído.

E lá vai Chae Burro Hyungwon voltar para a primeira cela, para conferir o estado de cada um desde o primeiro.

— O que aconteceu? — Hyuna perguntou, assustada ao ver que voltei a sua cela, mais creditado por mim como: quarto.

— Esqueci de fazer os exames diário em vocês. Me perdoe por isso, princesa.

— Ah… tudo bem. — A loira se sentou na cama. Ela é um ano mais nova do que eu, mas sua idade física e mental é de 8 anos.

Hyuna foi criada através de experimentos, desde então, ela se tornou um tipo de filha para as mães mais antigas daqui. Kim Hyuna é mistura de tigre com onça. E devo admitir que foi a primeira experiência certa que eles fizeram, a cada dia que passa, ela "cresce" mais lindamente.

Marquei a prancheta, ao lado do nome dela, com um sinal positivo. Saí da sala após deixar um beijo na testa dela, e segui para a sala ao lado.

Kim Jondae.

O lobinho me olhou em curiosidade, seus olhos amarelados me analisam, mas sabe que não represento ameaças. Ele sabe o que eu vim fazer em sua cela, por isso, encaixou o pulso no medidor e esperamos alguns minutos até que ele apitasse, mostrando as informaçoes em meu relógio de pulso, que fica verde no pulso do menino. Ele sorriu com o resultado, assim como eu.

— Te vejo amanhã, Chen. — Me retirei do quarto dele, entrando no quarto seguinte.

Mesmo que eu saiba da perfeita saúde que todos eles tem, fiz o meu trabalho por completo, quero ter certeza de que estão aptos para o mundo externo. Um mundo que eles talvez nunca cheguem a ver. Isto aqui é uma espécie de hospício, onde o sistema promete a liberdade, algo que nunca veio para a maioria mais antiga daqui, os que puderam sair, foram seriamente comprometidos ou beneficiados pelo sistema. Eu sei perfeitamente no que me meti, mas continuo aqui única e especialmente por essas pessoas que não têm com quem contar.

Prohibited † HyungwonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora