-IT WAS LOVE.

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"We were 16 but I have

Known you since second grade"

-It was love - Lany

Duas crianças, um lanche. Foi assim que tudo começou. Andy já havia visto aquela menina uns dois dias atrás, com uma moça que parecia ser a mãe dela. Parece que ela era novata. Os dois estavam, agora, no mesmo ponto, em frente ao prédio dele, esperando o ônibus da escola chegar. Oito anos, ele tinha. Não mais que isso... Eram muito pequenos, segunda série do Elementary, ele se lembrava muito bem. Charlie estava com ele, e levava, escondido, uma bola de baseball na mochila. A escola não permitia que as crianças levassem brinquedos de casa. Mas Charlie sempre foi desses que quebravam as regras. Nada parecido com Andy, a criança mais doce e obediente de New York. Os dois eram irmãos, e só tinham um ano e seis meses de diferença.

Andy não estava muito preocupado com a advertência que Charlie tomaria mais tarde, por ser pego brincando com a bola de baseball dentro da sala de aula. Não, na verdade ele não conseguia parar de observar, de tempos em tempos, a menina novata, sentada na outra ponta do banco. Algo no jeito acanhado e frágil daquela menininha fazia-o querer, de uma vez, dizer "oi" e oferecê-la sua amizade.

Enquanto Andy pensava se deveria ou não perguntar o nome daquela menina de cabelos cor-de-mel, duas coisas aconteceram quase ao mesmo tempo: A menina pareceu lembrar-se de alguma coisa, o que se seguiu de um quase sussurro seu, que dizia "Oh não!". E, então, Andy viu o ônibus da escola chegando, e todos os alunos da Westwind School se levantaram do banco, exceto a menina novata, que remexia sua mochila, rapidamente, com uma expressão preocupada.

Em vez de entrar no ônibus, Andy andou rapidamente até ela.

-Oi. O que aconteceu? - Foram suas primeiras palavras para ela, na sua pequena voz de 8 anos.

A menina pareceu se assustar quando percebeu que ele estava se dirigindo a ela.

-Ah... Oi. É que eu esqueci o meu lanche em casa... Mamãe deixou tudo pronto, mas acho que esqueci na cozinha... - Ela disse.

-Ah! - Disse Andy. A buzina do ônibus interrompeu o que ele ia dizer. - Vem! Vamos entrar. Você pode ficar com o meu lanche. - Ele disse, naturalmente, e estendeu a mão para que a menina a tomasse.

O rosto alvo da menina passou para um tom avermelhado.

-Mas... E você? - Ela perguntou, sem saber o que mais dizer.

Andy sorriu, olhando-a com seus grandes olhos pretos. Aqueles olhos pareciam dizer tanta coisa, mas a menina não conseguia imaginar o que.

-Não tem problema. Eu posso esperar até o almoço!

-Não! - Disse a menina. Obrigada... Mas... Você vai ficar com fome!
-Então podemos dividir! - Disse ele, ainda sorrindo.

A menina sorriu também, e fez que sim com a cabeça.

-Tá bom! Obrigada! - Ela disse.

Os dois estavam em pé na rua, e o motorista do ônibus buzinava com impaciência. Charlie, já de dentro do ônibus, chamava Andy de lerdo e mandava que ele entrasse logo.

Os dois novos amigos sorriram, percebendo que tinham se distraído um pouco, e entraram.

-Ah, sou Andy, a propósito!
-Sou Daya!

Os dois sorriram um para o outro. Daquele dia em diante, Andy e Daya sempre se sentaram juntos no percurso até a escola.