3°Capítulo

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Nesse momento eu estava correndo pela casa a procura de pastas e as chaves do meu carro. Sim, eu estava atrasada. Havia dormido demais e não escutei o despertador tocar. O meu dia mal começou e já estava uma merda. Achei as chaves do carro e corri até a porta a abrindo.

— Merda. — disse fechando os olhos suspirando. Estava chovendo e eu estava atrasada o suficiente para procurar uma capa de chuva para não me molhar no trajeto de ida ao carro. Sai em disparada em direção ao carro, encontrando uma grande dificuldade para abri-ló já que ainda estava um pouco escuro. Consegui abrir o carro e entrei rapidamente sentindo o frio me consumir.

Dirigia com cuidado, pois, o que não precisaria no meu dia hoje, era um acidente, mas… pude só ver a silhueta de alguém e escutar o pneu do carro derrapar, havia batido em algo, ou melhor, em alguém. Desci do carro rapidamente para ver o estrago. Havia uma pessoa em pé parecendo estar com dor nas costas, acredito que seja por conta do impacto.

Christopher narrando

Estava de tocaia em uma rua deserta onde sabia que Ayla passava para ir à faculdade. Hoje eu iria conseguir algo, pelo menos a localização da sua casa. O clima estava ao meu favor, estava chovendo e nublado, clima perfeito para um acidente.

Vi um carro cinza dobrando a esquina vindo em minha direção. Era o carro dela, só podia ser.
Fui para beira do asfalto e quando senti que ela estava perto o suficiente, me joguei na pista sentindo um impacto e de repente eu estava rolando por cima do carro e caindo no chão.

Narração off

— Oh! Meu Deus! Mil desculpas, estava nublado e eu não te vi e… Está machucada? — perguntei a pessoa.

— Você é uma mulher cheia de surpresas. — disse o motivo do meu atraso, pois, fiquei pensando nele a noite inteira por isso dormi tarde.

— Christopher? — chamei colocando minhas mãos em suas costas, já que ele estava curvado gemendo de dor. — Vem, eu te levo a um hospital. — disse puxando o seu braço.

— NÃO. — disse ele exaltado, me assustando um pouco. — Não precisa, não há nada quebrado. Estava indo para faculdade e é o que vou fazer agora. — disse ele começando a andar. A chuva estava grossa e meus cabelos já estavam pingando.

— Estamos super atrasados e eu te atropelei. Fora que estamos todos molhados, não dá para ir assim. — disse tudo muito rápido, pois, estava nervosa. — Vamos para minha casa, pelo menos para nós nos secarmos. — disse, pude ver de relance um sorriso em seus lábios, mas quando olhei novamente não estava mais lá.

— Tem razão. — disse ele com a voz rouca. O ergui me encaixando em baixo do seu braço, deixando seu braço em volta dos meus ombros e com uma mão segurei em sua cintura. Andamos cambaleando até o carro. Abri a porta do carro do lado do passageiro. — O seu carro vai ficar encharcado. — disse ele, ignorei o que ele disse e o empurrei de leve para dentro, mas ele travou onde estava.

— Dane-se o meu carro. — disse tentando o colocar em segurança dentro do carro, ele desta vez não protestou, então fechei a porta e dei meia volta abrindo a porta do motorista e entrando. Tentava colocar a chave na ignição, mas estava tremendo de mais para conseguir tal ato. Senti uma mão gelada sobre a minha, olhei para o lado e Christopher me oferecia um meio sorriso.

— Fique calma, Ayla. Não estou morrendo. Só bati minha espinha forte no capô do seu carro. — disse ele, retirando a minha mão com cuidado e logo depois girando a chave na ignição.

— Obrigada. — disse. Eu realmente  precisava me acalmar.

Fomos em silêncio o caminho todo. Ele parecia prestar atenção no caminho.

Psicótico Medíocre Onde histórias criam vida. Descubra agora