- Qual o seu nome? ⌛ supercorp

Capítulo XV: Mike dos estágiarios e Kara tem sentimentos demais

Com tudo que estava acontecendo em sua vida, Kara esquece que Mon-El é o novo estagiário da CatCo e de como ela supostamente prometeu que o ajudaria com sua adaptação na terra.

Porcaria de promessa.

Ok. Não deveria ser difícil. Ela só tinha de orientá-lo a não quebrar as coisas, não fazer referências a cultura pop alienígena e a distribuir as correspondências de todos corretamente. Rao, ela desejou não estar tão errada sobre ele.

Kara deveria ter desejado mais.

Seu primeiro problema foi impedir que alguém o prendesse por quase fazer sexo com uma aspirante iludida em plena sala de cópias, depois foi esconder todos os doces da sua gaveta para evitar que ele os devorasse e por fim, precisou aguentar todas as suas perguntas irritantes sobre selfies e redes sociais.

Inferno. Se ela pudesse, já teria o demitido duas horas atrás, pelo bem da sua própria sanidade, pois Snapper estava insuportável com as cobranças da cobertura da explosão da L-Corp. Ela não tinha tempo a perder com Mon-el.

Mas ela tinha tempo para Lena Luthor.

Ou ao menos, era isso que seus pensamentos idiotas achavam, pois era só nela que Kara conseguia pensar ao tentar escrever. Merda. Ela tinha conseguido se livrar de um Daxamita insuportável e salvado seus doces, mas ainda tinha seu cérebro tentado lhe sabotar? Não era justo. Ela precisava trabalhar, Lena deveria estar fazendo exatamente isso naquele momento, enquanto ela desperdiçava um tempo precioso pensando nas últimas noites.

Lena acabou ficando no dia do atentado à L-Corp no seu apartamento, e na noite seguinte e na outra. Não havia lugar mais seguro em National City para ficar do que com a garota de aço, e só sabendo que a CEO estaria de fato a salvo Kara conseguiria ficar tranquila.

O único problema era que ela só tinha uma cama e se recusava a deixar uma convidada dormir no sofá, da mesma forma, que sua amiga também se recusou a deixá-la dormir fora da cama. Foi assim que elas acabaram dormindo juntas.

Não que fosse nada de mais. Elas eram amigas e amigas dormem na cama uma da outra. Amigas usam seu pijama e acordam agarradas ao seu corpo buscando calor. Sim, era para isso que amigas serviam. Mesmo que você as vezes queira beijar a sua amiga, certo? Por ela ser a mulher mais linda que você lembra de ter conhecido neste universo e em outros.

Merda. Kara só estava se enganando.

Havia um sentimento forte e vibrante em seu peito ao pensar em Lena, que não tinha como ser só familiaridade por sentir que já a tinha conhecido antes. Era o tipo de sentimento que faz suas mãos suarem, seus lábios ficarem secos e seus olhos não conseguirem mais desgrudar da pessoa que faz o resto do seu corpo virar sorvete derretido.

Só que admitir, não tornava nada daquilo mais fácil. Pelo contrário.

Lena Luthor ainda era romanticamente inalcançável, incrível demais para ter qualquer razão para gostar da ordinária Kara Danvers daquela forma. Lena era uma mulher formidável, linda e genial, com uma fortuna avaliada pela Forbes entre as 500 mais influentes do mundo, enquanto Kara era apenas uma jornalista iniciante com um emprego extra não remunerado de salvadora da cidade. Ela não tinha chance.

– Ei, Kara! Como eu faço para adicionar pessoas no facebook mesmo? E o que exatamente significa mandar nudes no chat?

A jornalista precisa respirar fundo quando o Daxamita irritante retorna, puxando dessa vez uma cadeira de rodinhas para sentar rente ao seu lado.

– Tudo bem, vamos tentar não invadir meu espaço pessoal primeiro. – Antes que eu te jogue desse prédio, ela pensa sem humor. – Segundo, eu estou ocupada e o seu carrinho está cheio de pacotes para entregar, porque não está trabalhando nisso? Eu não...