Em Busca De Justiça

finalmente o luto

8 horas depois da conversa com Pedro

Mary sentou ao lado da lápide de Amanda,ela pois sua mão na pedra que  datava o ano de nascimento e de morte da filha.
A lápide tinha uma frase no seu topo
" Filha amada e amiga fiel"
Mary sorriu gentilmente,ela estava tão focada em achar o culpa que não tinha ido para o enterro da filha,talvez negação, era difícil ver alguém que se ama tanto ser colocado em um Caixão,aquilo realmente era um adeus e Mary ainda não estava pronta pra isso.
- eu sinto muito- Mary se ajoelhou na grama fria - eu nunca vim aqui,eu não fiz o texto de despedida,eu não vim no seu enterro,eu sinto muito.eu lembro de quando você era criança,era difícil de não se apaixonar por você a garota falante - Mary sorriu ao lembrar de Amanda criança,a filha era encantadora - você e suas perguntas indiscretas ou aquela sua mania irritantemente fofa de me acordar com beijos,eu fico imaginando todo dia,se eu tivesse ido pra Los Angeles com você talvez você estivesse hoje aqui - Mary começou a chorar incontrolavelmente, sua mente era inundada por lembranças de Amanda e por sua imaginação de como o futuro da filha poderia ter sido
- a gente vai encontrar quem fez isso com você,eu e seu pai,ainda hoje o desgraçado que  fez isso vai estar preso,é questão de tempo,você vai ter justiça meu amor,eu juro -

8 horas antes

Carlos olhou para Mary,ela estava em choque com oque Pedro havia acabado de dizer
- do que você está falando ? - Mary exigiu saber
- eu segui a Amanda naquela noite e ouvir ela falar com alguém,era um homen eu não sei bem,mas ele tinha falado sobre você,eu lembro bem,ele disse que era seu amigo,por isso a Amanda foi com ele- os olhos de Pedro ficaram marejados,as lágrimas passaram a correr por sua Buchecha - eu amava ela,eu amava ela de verdade -
Carlos caminhou até Pedro,Mary estava pronta pra impedir seja lá oque ele pretendia fazer,mas oque ele fez deixou Mary chocada,como uma criança que consola outra, Carlos abraçou Pedro.
- você disse que sabia quem matou ela,não é só isso que você sabe né - Carlos pois a mão com gentileza no ombro de Pedro.
- sim,..mas eu conheço uma pessoa que trabalha no hotel que a gente ficou hospedado,sabe fui eu que recomendei o hotel em Los Angeles,ele disse que hoje me mandaria imagens do corredor em que a Amanda foi vista pela última vez com vida,e quando ela estava conversando com esse cara,a gente vai pelo menos ver o rosto do maldito-
Carlos sorriu com gentileza
- você se empenhou,eu não pensei  Nisso mas ter visto quem foi a última pessoa que a  Amanda conversou não prova que ele é o assassino -
Pedro assentiu
- mas pelo menos ele vai ter que se explicar,e se for ele,ele vai preso -

Carlos é Mary combinaram com Pedro,eles voltariam umas 9 horas depois para verem a imagem do possível assassino,Mary pediu para Carlos a deixar na frente do cemitério,
- tem certeza que não quer que eu vá com você ?- Carlos estava preocupado com Mary,Telma havia lhe contado que Mary não foi ao enterro,é que nem visitou a lápide de Amanda desde que ela foi enterrada
- eu preciso fazer isso sozinha,ouviu oque aquele garoto disse ? O assassino da minha filha me conhecia,na verdade eu não vim aqui antes porque eu me sentia ainda mais impotente,eu queria vim aqui quando o monstro que fez isso com ela estivesse pagando pelo oque ele fez,mas daqui a poucas horas nós vamos saber agora eu to pronta- Mary desceu do carro e seguiu para dentro do cemitério,ela sabia que ia ser difícil encarar aquela situação mas ela estava disposta,ela faria isso por sua filha

Telma sentou em um dos bancos que formavam um círculo dentro da sala,seu cabelo cacheado estava preso e ela usava uma máquiagem leve
- então Telma Brant,todos nós gostaríamos de ouvir sua história- um homen de jaleco branco era responsável por aquele círculo  de conversas
- bom,meu nome é Telma,minha história,minha triste história começou há 18 anos atrás,meu filho Henri,bom,ele estava brincando no jardim,o bairro que eu moro é um bairro seguro,e todos os dias o Henri brincava no jardim,mas nós,eu e meu marido nunca deixavamos ele sozinho por muito tempo,afinal ele tinha só 3 anos,mas meu marido morreu de câncer,então eu tive que contar com toda responsabilidade de cuidar do Henri,de arranjar um emprego e de outras tarefas,mas eu tive a sorte de ter uma amiga incrível,ela me deu apoio,ela foi uma pessoa incrível,ela vinha na minha casa todos os dias,todos os dias mesmo,ela me ajudava com o Henri e com algumas atividades da casa,acho que isso fez ela ter brigas com o naquele tempo marido dela,mas mesmo assim ela vinha,eu falei pra ela que ela deveria ouvir o marido dela,eu não queria que eles brigassem por minha culpa,mas isso acabou acontecendo e um dia enquanto ela resolvia as papeladas do divórcio,ela não veio na minha casa,e eu deixei o Henri brincando no jardim como sempre - Telma enxugou suas lágrimas que escorriam pelo rosto - foi pouco tempo,eu acho que questão de uns 3 minutos,esse foi o tempo que eu deixei ele sozinho, quando eu voltei ele tinha desaparecido,eu pensei que ele tinha ido na casa de algum vizinho todos eles adoravam o Henri,eu liguei e ninguém viu ele,os vizinhos do bairro até mobilizaram uma busca,eles tentaram achar o Henri mas isso nunca aconteceu, então em um piscar de olhos eu perdi meu Filho,bastou um segundo pra tudo desaparecer -
Uma enfermeira que estava próxima a Telma a abraçou
- não se culpe,não foi sua culpa - a enfermeira continuou abraçando Telma.
Depois do círculo interativo, a enfermeira levou Telma até um corredor.
- eu sinto muito pelo seu filho - ela sorriu com gentileza - meu nome é Vanda e você pode contar comigo se precisar desabafar,isso faz bem -
-com certeza,eu acho que vou trazer a Mary da próxima vez -
- quase esqueci,eu adoraria que você fosse visitar um amigo meu,ele é paciente daqui da instituição,o nome dele é Erick,ele é uma pessoa incrível,os pais dele abandonaram ele,o governo encontrou o Garoto na rua, então ele foi levado pra um abrigo mas não foi adotado, ele passou por uns problemas de saúde,sabe,ele tinha um problema grave no coração,foi descoberto com 8 anos,ele fez o tratamento mas ultimamente ele passou por um transplante, é sabe ele precisa de doação de sangue se você puder ajudar- Vanda mostrou uma foto de Erick, enquanto Telma e ela caminhavam até o quarto onde o rapaz estava ainda se recuperando
- o estado dele é grave ? - Telma perguntou com uma certa preocupação
- não,é só que um transplante demora um pouco pra se recuperar,sabe o organismo demora um pouco pra reconhecer aquele novo órgão,mas então posso contar com sua ajuda pra doação de sangue ? - telma sorriu,aquilo com certeza a faria muito bem,ela ajudaria a salvar a vida de uma pessoa,
-sim,se possível amanhã mesmo,eu vou tentar trazer minha amiga,a Mary eu falei dela,ela está em um momento delicado,acho que ajudar outra pessoa vai fazer ela se sentir melhor-
Vanda sorriu e levou Telma até o quarto onde Erick estava se recuperando.

Pedro caminhava até sua casa quando ele percebeu algo de estranho,em frente a sua casa havia uma fogueira,alguém havia tocado fogo dentro de uma lata de lixo,Pedro olhou para sua casa,as janelas estavam quebradas,perto da lata de lixo havia um bilhete.
Ao ler  o bilhete o coração o de Pedro quase parou,
A mensagem era clara e ameaçadora
" Queime as fotos ou o próximo lixo queimado dentro da lata vai ser seu corpo"