— está mesmo terminando comigo, taeyong?mark reforçou, apenas para ter certeza de que tudo estava mesmo acabado.
o lee mais velho desviou o olhar, mordendo o lábio para descontar o nervosismo.
tudo o que o canadense pôde fazer foi suspirar e dar de ombros, buscando sair dali o mais rápido possível para que não o visse chorando.
ao caminhar por algumas travessas sozinho, o que tornava tudo ainda mais melancólico. com o rosto molhado e cabeça baixa, mark adentra a rua principal de gangnam.
se arrependeu da decisão no mesmo instante, já que o local estava cheio, mal conseguia caminhar sem esbarrar em alguém, mas era preciso, o único caminho para pegar o metrô de volta para casa, rumo aos filmes deprimentes e sorvete de flocos.
deu graças a deus quando estava apenas a alguns metros da estação, a escada subterrânea já podia ser vista.
portanto não contava com o fato de que seria parado.
— bom dia, o senhor teria interesse em um encontro de casais na comunidade do centro?
era só o que faltava. o moreno pensava que nada estava ruim ao ponto de não poder piorar, dito e feito.
na sua frente um garoto com boné branco e roupas listradas estendia um papel.
— não, não tenho.
retrucou baixinho, sentindo os olhos arderem novamente devido às lembranças de taeyong.
— com licença, qual é o seu nome?
mark parou e levantou o rosto, respirando fundo. tudo o que queria era ir para casa, e não ser alugado por um maldito vendedor no meio da rua, onde todos podiam ver seu estado deprimente.
— mark.
— por que está chorando, mark?
olhava atentamente para seu rosto, os olhos vermelhos e inchados.
— não é nada.
o garoto fez uma careta.
— ah, vamos, é provável que nunca me veja de novo, me conte.
lee franziu o cenho, confuso.
desde quando os panfleteiros se tornaram tão invasivos?— você não tem panfletos pra entregar?
desviou o assunto, o outro levantou a sobrancelha.
— eles podem esperar. pode vir comigo?
— não, mas que inferno!
acabou se exaltando, remoendo-se em culpa nos segundos seguintes, enquanto todos o encaravam, inclusive o garoto.
— só queria ajudar.
retrucou sem emoção.
— não preciso de ajuda, muito obrigado mesmo.
pressionou os lábios, ainda constrangido.
— não teria mesmo interesse em um encontro de casais?
mark fechou a cara.
— não.
— nem na minha ajuda?
suspirou e baixou a cabeça, esfregando as mãos no rosto úmido.
— não, pare de insistir.
— então por que não vai embora?
levantou a cabeça, devolvendo um semblante estampado de confusão para o menor.
— o quê?
— se não quer nada, o que ainda faz aqui?
se calou. vendo que ficaria sem resposta, continuou:
— pensei que não quisesse minha ajuda.
folheava os panfletos na mão, ouvindo o suspiro do outro.
— e como pretende me ajudar? um encontro de casais para alguém que acabou de terminar o namoro?
era para ser o contrário.
mark esperava o pedido de desculpas, assim, finalmente, podendo tomar seu caminho, mas acabou desacreditado quando o garoto não esboçava nenhuma surpresa, como se já soubesse.— não é bem isso, mas fica a seu critério.
— não me parece surpreso.
o encarou com um sorriso gentil.
— seu dedo está vermelho, você fez muita força para tentar tirar o anel.
o lee não sabia o que responder, se mantinha como uma estátua enquanto o outro distribuía os panfletos para algumas pessoas que passavam por perto.
ao voltar, aproximou-se do loiro novamente.
— vai ficar chorando? ou aproveitará essa oportunidade?
mark ficou confuso. o menor apontou para o panfleto em sua mão.
— quer que eu chame meu ex pra um encontro de casais?
ironizou, sentindo uma facada acertar-lhe diretamente no peito ao soltar as palavras "meu ex".
mais uma vez naquele dia o garoto sorriu para mark.
— nunca disse que teria que ser com ele.
pegou as mãos do maior e as fechou com um panfleto.
— lee donghyuck, seu parceiro.
acenou, virando-se de costas para sair.
— espero te ver lá, mark.
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teria interesse
Fanfictiondonghyuck distribuía panfletos de encontros de casais e mark tinha acabado de terminar seu namoro.