Solitária no meu castelo branco de seda
Que a mancha do cardo e avenca marca
O branco que num dia até a lua elogiara
É um vislumbre que em mim está presaQuantas vezes, mui triste e desalentada,
Nutre em meu castelo sonhos fremidos
Que com belos cachos d'ouros cresciam
Pra morrer emudecidos ou crucificadasTristemente recontando às estrelas
Nas noites, que nunca teve um final,
Das minhas crias, de beleza desigual.E animadas, com sorrisos crentes,
Davam-me as prendas dos suspiros
Que diziam: que sina fenomenal!
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Mamihlapinatapai
PoetryCaminhando distraída nessa empresa Sou uma incógnita, banalmente lida, Nesse grande território de certezas...