Castelo Branco

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Solitária no meu castelo branco de seda
Que a mancha do cardo e avenca marca
O branco que num dia até a lua elogiara
É um vislumbre que em mim está presa

Quantas vezes, mui triste e desalentada,
Nutre em meu castelo sonhos fremidos
Que com belos cachos d'ouros cresciam
Pra morrer emudecidos ou crucificadas

Tristemente recontando às estrelas
Nas noites, que nunca teve um final,
Das minhas crias, de beleza desigual.

E animadas, com sorrisos crentes,
Davam-me as prendas dos suspiros
Que diziam: que sina fenomenal!








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