🌻Capítulo 3 🌻

9.2K 1K 517
                                    

Em silêncio Lisa digitou algumas vezes no seu notebook aberto em sua mesa, a frase do dia já escrita na lousa branca, ela manteve o olhar concentrado na tela até ouvir a porta ser aberta e os alunos começarem a entrar lhe desejando um bom dia, e Lisa tentava sorrir para todos eles.

- Então temos as primeiras aulas de segunda e terça juntos. - Lalisa falou ao perceber ser a mesma turma do dia anterior enquanto se levanta, na segunda ela teve apenas uma única aula. - É bom tê-los aqui novamente-...

Lisa parou de falar quando dois alunos entraram um pouco atrasados, se desculpando, ela apenas sorriu em compreensão esperando os alunos se acomodarem em seus lugares.

- Para início de aula, que será mais longa que a anterior já que ontem eu perdi os primeiros vinte minutos me perdendo pelos corredores - riu levemente, pegando seus óculos e o colocando, agora ficando ao lado da lousa. -, quero que leiam essa frase, todos, por favor... em 3, 2, 1...

- "Talvez eu seja enganado inúmeras vezes... mas não deixarei de acreditar que em algum lugar, alguém merece a minha confiança..." Aristóteles. - os alunos leram e Lisa assentiu conforme ouvia.

- Foram quase todos, não ouvi sua voz de novo, Srt Kim. - Lisa olhou para Jennie que ergueu levemente os ombros fazendo pouco caso. - Nem a sua Carr. - se dirigiu a um dos alunos que fez o mesmo que Jennie. - Tudo bem, agora vamos para as opiniões...

Lisa pegou o mesmo caderno e caneta da aula anterior, se sentando na mesa balançando as pernas levemente, os alunos se se entreolharam surpresos pelo comportamento da professora, afinal as regras são claras, nada de sentar nas mesas.

- Para vocês, o que Aristóteles quis dizer ao escrever essa frase? - Lisa perguntou, passando os olhos pelos alunos em silêncio. - Ninguém quer dividir o que pensam sobre a frase?

Uma mão se levantou e Lisa sorriu.

- Michael Clifford, diga. - Lalisa pediu, escrevendo o primeiro nome do aluno no caderno e voltando a olhá-lo.

- Eu acho que ele quis dizer que ainda há pessoas boas e confiáveis no mundo.

- Você ainda acha ou tem certeza? - perguntou dando um meio sorriso, Michael negou.

- Quero dizer, eu tenho certeza.

- Obrigado Clifford. Mais alguém? - voltou a olhar os alunos e outra mão levantou, Lisa suspirou feliz. - Pode dizer, George Thompson.

- O que Aristóteles quis dizer ao escrever a frase é que devemos ter cuidado em quem confiamos, porque são poucas as pessoas confiáveis.

- Certo, obrigado. - escreveu o nome do aluno. - Alguém quer compartilhar a sua opinião como seus colegas?

O silêncio reinou, Lisa deixou o caderno e óculos de lado, se levantando com as mãos para trás do corpo.

- Minha vez... - fez uma pausa. - Nós estamos dando um pedaço nosso para alguém quando confiamos nelas, a maioria é um segredo e não queremos que ninguém saiba, exceto aqueles que confiamos... ou às vezes nem eles.

Os alunos mantiveram silêncio observando os lábios rosinhas da professora mexer enquanto ela fala.

- Algumas pessoas são como bonecos de porcelana, não podemos deixar cair, às vezes deixamos algumas partes lascadas, mas não quebradas. - alternando o olhar entres os alunos. - A confiança vem da confiança, às vezes acabamos confiando em estranhos e pessoas que não conhecemos do que nossos próprios parentes e amigos, e isso não quer dizer que você não os ama, quer dizer que tem medo da reação deles sobre o que você esconde. Mas a confiança é a base de tudo, um bom relacionamento entre pai e filho, irmão e irmã, amigos, professores... confiar não quer dizer que está sendo "estupido", nós estamos sendo sinceros e abrindo nossos corações, a escolha é do outro de nos deixar cair e espalhar nossos casos pelo chão.

Internal College for Alphas || Jenlisa VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora