— Tem alguém aí? — Chamou Carla, batendo à porta da única casa que ela vira após horas caminhando pela escuridão fria e nevada. Sua moto para neve enguiçara a quilômetros do hotel, caindo num riacho congelada. Ela perdera seu celular.
Aquele retiro de Colorado deixará de ser divertido e passara a ser assustador quando ela não conseguia mais sentir os dedos dos pés. Ela precisava entrar em algum lugar e se aquecer... rápido.
Parei para reler o que eu tinha acabado de escrever no computador. Enquanto minha heroína fictícia tremia nas montanhas, eu estava no meu apartamento vazio de Los Angeles, todos os meus pertences já embalados dentro do utilitário esportivo. Eu partiria no dia seguinte. Desde que eu tinha posto na cabeça que escreveria um romance picante, eu vinha me divertindo muito com meus personagens.
O mundo da ficção erótica era um avanço e tanto em relação ao meu emprego de atriz iniciante, que não servia nem um pouco pra mim. Escrever era muito melhor do que a minha experiência horrível com um reality show que tinha me tornado um dos principais assuntos de fofoca em Los Angeles. Acima de tudo, eu sentia que escrever esse livro fosse finalmente destruir alguns demônios dos quais eu vinha fugindo desde que tinha saído de casa, aos 18 anos.
Deixei esses pensamentos de lado para me concentrar no aconteceria na história, ao mesmo tempo, em outra janela, espera uma resposta sobre o imóvel que queria visitar no dia seguinte. Fechar aquele negócio me daria tempo e liberdade para finalmente escrever meu livro. Eu tinha economizado, vivendo humildemente, para financiar a próxima fase da minha vida. Agora, depois de vencer aquele reality show, eu finalmente tinha capital inicial suficiente para realizar meus sonhos. E já passava da hora de fazer isso, levando-se em consideração as críticas que eu tinha recebido por causa do programa desde que as gravações haviam terminado, três semanas antes, e os problemas que um antigo namorado estava tentando me causar.
Com um calafrio, retornei a história.
— Alguém em casa? — Chamou Carla pela última vez antes avançar pela neve, que chegava à altura de seus joelhos, e as pernas tremulas de cansaço e frio. Talvez fosse melhor tentar a porta de trás.
Ela espiou os fundos da cabana... lá dentro, o lugar estava completamente escuro. Ela bateu naquela porta.
— Socorro! — Gritou — Ajudem! — Ela recuou um passo para poder gritar melhor.
E trombou um muro baixo.
— Ugh! —Resmungou, segurando-se na estrutura para evitar cair. E se deu conta de que não era nem um muro.
Era uma banheira de hidromassagem.
Integrado ao deque elevado da cabana, a banheira estava protegida por uma grossa lona. Uma fina trilha de vapor subia da estrutura onde a lona encontrava a madeira.
Calor. Sobrevivência.
Carla tirou seu casaco e desabotoou a blusa com dedos redigidos e trêmulos...
Eu me imaginei ali, no ar puro da rochosas, sendo atingida pelos jatos quentes de um spa ao ar livre. Talvez a metade da diversão de livro desse livro estivesse no acesso que ele me dava a uma vida com a qual eu sempre tinha sonhado. Uma vida sensual repleta de sexo maravilhoso, que eu nunca tinha conseguido ter no mundo real, desde o colégio, eu tinha emagrecido bastante, achando que superaria minhas inseguranças mudando por fora. Nada feito. Agora, eu abordaria esses problemas através do meu livro, onde eu poderia viver pelos olhos de alguém que era bonita e sexy.
Primeiro, a ficção. Depois, a vida real.
O vapor subiu até o rosto de Carla como o toque de um amante. Depois da meia hora na hidromassagem, ela finalmente começara a se sentir aquecida novamente. Ela parara de se assustar com qualquer som no bosque. A pura indulgencia de estar nua debaixo da água quente deixava todo seu corpo deliciosamente relaxado.
YOU ARE READING
Contos: Bughead, Sprousehart, Outros...
FanficContos, mini historias para fãs de Riverdale e outros... Aqui terão mini historias, dos seus casais prediletos. Atualizada toda vez que um numero considerável de pessoas pedirem um tipo de historia, como uma historia do Casal Bughead. Conto atual...