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Boa Leitura

Beatriz

Depois que o meu pai me tirou de casa, eu nao tinha pra onde ir, fiquei no chão chorando e pegando chuva, sinceramente não sabia pra onde ir no estado que eu estava, não digo estado físico mas sim emocional, estava abalada com tudo oque estava acontecendo, com a maneira que o meu pai havia me tratado, não sabia oque estava sentindo pelo Vitor, nada, eu não sabia oque fazer com a minha vida, estou sem vontade de viver.

Vitor

Já era tarde na boca a hora que eu resolvi sair estava chovendo muito, tava descendo o morro indo em  direção pra casa quando eu vi alguém parado em frente à casa da Beatriz, tava sentada no chão pegando chuva, me esforcei e olhei bem, e era ela, era a Beatriz, ela estava chorando muito e totalmente encharcada de água, desci do carro correndo e fui em direção a ela.

Vitor: oque tu tá fazendo nessa chuva aqui fora ?- mas ela não me respondia, simplesmente não conseguia me responder, só chorava, suas lágrimas escorriam sem parar.

Peguei ela no meu colo e a levei pro carro, e levei ela pra minha casa, chegamos em casa e eu levei ela rápido pro quarto, arrumei uma das minhas roupas pra ela e ela foi tomar banho, nunca tinha visto ela tão mal quanto ela estava agora, e isso cortava o meu coração.

Beatriz

Eu estava chorando muito quando vi que o Vitor parou o carro ali perto e desceu vindo em minha direção, me perguntou oque estava acontecendo, mas eu não conseguia responder, não conseguia parar de chorar, então ele me pegou no colo e me levou pra dentro do seu carro, minutos depois a gente chegou na casa dele, ele me deu uma roupa dele pra mim usar e eu fui tomar banho, depois que eu sai agradeci ele por tudo oque ele tinha feito por mim e disse pra ele que ele não tinha que se preocupar mais com nada, ele ficou totalmente confuso, dei um beijo na bochecha dele e falei que ia pro quarto de hóspedes ele assentiu e eu sai, fui pro quarto de hóspedes e tirei do meu bolso a Gillette que eu havia pegado do seu barbeador, sem pensar duas vezes cortei meus dois pulsos, eu só queria acabar com tanta dor que eu estava sentindo.

Vitor

Logo após o banho ela veio me agradecer por tudo oque eu tinha feito por ela e falou que eu não precisaria mais me preocupar, não entendi nada, pensei em falar algo mas ela me deu um beijo na bochecha e falou que iria para o quarto de hóspedes assenti e ela saiu, fui tomar um banho bem quente, depois que acabei meu banho, botei espuma de barbear no rosto, e quando eu fui tirar a barba o barbeador estava sem Gillette e foi nessa hora que caiu a ficha do que ela iria fazer, rapidamente tirei a espuma do meu rosto e botei uma toalha na cintura e corri pro quarto dela, quando eu cheguei lá ela estava em cima da cama com os pulsos cortados, eu ainda não acreditava que ela tinha feito isso, peguei botei uma roupa e desci com ela em meus braços correndo, fui direto pro carro e levei ela pro hospital mais próximo, cheguei lá e o médico imediatamente levou ela pra sala de cirurgia, passaram-se horas e eu estava sem notícias dela até que o médico vem na minha direção.

Vitor: eai como que ela tá?

Médico: ela está muito mal, perdeu muito sangue, por enquanto conseguimos um pouco de sangue pra ela, mas precisamos de mais, e o sangue dela é incomum.

Vitor: eu posso conseguir, qual é o tipo de sangue dela ?

Médico: é O negativo, esse sangue é difícil de encontrar e se não conseguirmos mais ela poderá morrer.

Vitor: pode deixar eu vou conseguir.

Testamos o sangue meu, sangue do Lucas, sangue da Leticia de todos até do merda do pai dela, mas ninguém tinha o mesmo tipo sanguíneo que ela, mandei o Lucas tentar descobrir por aí quem tinha o mesmo tipo  sanguíneo dela que eu iria pagar  oque fosse preciso, então o Lucas voltou com uma pessoa mas a pessoa se recusava a doar.

Vendida ao dono do morro Onde histórias criam vida. Descubra agora