-bom dia. Diz Ingrid entrando no quarto e abrindo as janelas
-nada de bom. Resmungo virando para o outro lado
-sabia... sabia que não iria querer levantar. Bufa
-ainda bem que sabe, se puder sai e fechar a porta eu agradeço.
-levanta vai, hoje é sábado... sei que não vai ser fácil esquecer de ontem, mas é necessário seguir em frente.
-e tem como?
-pensa nas coisas boas da sua vida. Sorri fraco
-o que tem de bom? Pensar em que eu to presa aqui, e só saio quando eu dormir noites e noites com o dono do morro, até tirar informações dele, acabar com a vida dele e depois ter que me entregar pro cobra? Sinceramente eu não sei o que é pior...
-não. Diz ela respirando fundo -pensa na sua família, na sua mãe, no seu pai, na sua irmãzinha... sorriu de lado -não é fácil pra mim também, passo por muitas coisas aqui, mas quando fico desanimada, eu lembro dos pequenos sorriso que eu conseguir ver do meu filho e ele me alegre e me dá força, animo. Sorriu dessa vez de orelha a orelha -pensa nos momentos bons que teve com sua família, e pense no quanto você queria tudo de volta... quando se trata da nossa família, a gente tira forças da onde não tem.
Assinto já limpando as lágrimas que caiam no meu rosto
-a gente se ajuda por aqui tá? Sorriu se sentando na beirada da minha cama
-obrigada. Me levanto, ficando sentada e abraçando s mesma
-agora chega de muita coisa, por que eu não gosto. Diz limpando as lágrimas que a mesma tinha derramado também.
-já já você volta pra ele. Digo
Ela assente limpando as lágrimas e se levantando
-hoje tem jogo do flamengo, sei que voce torce... e olha a sorte, grego também é flamenguista, sempre quando tem jogo do flamengo, ele reúne o pessoal e coloco um telão na mansão dele e o povo vai pra lá assistir
-mansão?
-e pois é... o cara tem um casarão dentro da favela, ele ganha muito dinheiro, mas muito mesmo... eu não sei como, mas não acredito que seja só com os pontos de drogas e com os portes de armas, cobra faz tudo isso, e não tem essa grana toda, deve ser essa informação que ele quer tirar pra conseguir esse morro ou conseguir o serviço de grego.
-deve ser. Digo me levantando e caminhando até o banheiro
Tomo meu banho, faço todas as minhas higienes, me enrolo na toalha e caminho até o quarto novamente. Fecho a porta e pego uma body preto e um short jeans lavagem escura, coloco a roupa e uma slide da Melissa dourada.
-to pronta. Grita Ingrid
-eu também. Digo saindo do quarto dando de cara com a mesma
-vamos?
-sim. Assinto caminhado junto à ela até a saida.
-vamos andar um pouquinho. Diz subindo o modo -a casa e lá em cima.
Caminho já com a cara de morta... morávamos na metade do morro, e ainda tinha que subir o maior morrão.
-tá chegando. Diz já com a respiração ofegante
-senhor Jesus. Resmungo parando e tentando recuperar o fôlego
-cansadas? Pergunta Mauro parando a moto de frente para nós, logo para grego também
-claro... diz Ingrid
-sobe. Diz olhando para garupa
-não. Digo -vamos de pé, comigo.
-relaxa, sobe na minha moto. Diz grego apontando para garupa da sua moto
-então tá. Diz Ingrid subindo na moto de Mauro.
Fico sem jeito... pois nunca subi ne moto, vai que eu subo e Caio junto com o mesmo. Ele ficaria furioso.
-vai logo. Diz assim que Mauro sai com Ingrid
Assinto subindo na moto toda trêmula. Vejo o mesmo respirando fundo e sua impaciência comigo. Subo por completo na moto e coloco minhas mãos em seu ombro. O mesmo acelera e em questão de segundos, desço minhas mãos para sua cintura, agarrando o mesmo com força, ouvindo sua gargalhada, uma risada gostosa de se ouvir.
Em em menos de um minuto chegamos. Ele parou e eu continuei na moto, não sabia o que ele ia fazer
-vai filha desce.
-aí desculpa. Digo descendo
-oi. Diz Ingrid -vamo entrar. Me puxa
-aí que vergonha Ingrid. Digo -ele parou de moto na frente da casa dele e eu fiquei em cima da moto, achando que não tinha chegado.
A mesma tampa a boca segurando o riso
-tu deu uma dessas?!
-pois é. Respiro fundo
-olha a casa. Diz entrando
Verdadeiramente... era um casarão! Com uma piscina enorme, um jardim bonito e bem florido, nem parecia que ela se encontrava dentro de uma comunidade, aquelas flores pareciam ser cuidadas todos os dias... não acredito que um dono de morro tenha esse cuidado e essa vaidade toda com jardins! Com certeza tem alguma mulher aqui.
-mora mais alguém, além dele?
-a mãe. Diz Ingrid -uma simpatia de senhora. Sorriu
-já ele não parece ser tão simpático. Digo
-ele é. Sorriu -você que foi sonsa.
-aí mais eu não sabia.
-deveria ter desconfiado.
Aquele lugar estava realmente lotado... havia umas cadeiras em volta de um telão enorme, alguns caras na churrasqueira, bebendo e rindo. Algumas meninas dentro da piscina e aquela loira estava lá junto a eles, com alguns fios que segundo ela era "biquíni". Assim que ela me viu, me olhou de cima a baixo... tanto ela quantos as que estavam junto da mesma.
-piranha não pode ver uma água né? Pergunta Ingrid falando alto e olhando para mim sorrindo
Solto um sorriso de lado e volto a observar a festa... assim que sinto aquele cheiro bom de churrasco, meu estômago ronca, como sempre, fome!
-quero churrasco. Digo passando a mão na barriga
-vem. Diz me puxando e caminhando em direção a churrasqueira -oi meninos. Diz Ingrid se enturmando e chamando atenção de todo
-novinha. Diz um dos olhando ela de cima a baixo -no que posso te ajudar?
-comida. Diz ela pegando a bandeja de carne e me oferecendo
-e essa moreninha? Pergunta colocando o braço em volta do meu pescoço
-minha amiga, que não tá afim de você. Diz ela tirando o braço dele e me oferecendo mais carne
-ela não fala não é? Tu tem que reponder por ela
-cala boca guto. Encara o mesmo -pega um cervejinha trincando para gente. Pisca ela é senta na cadeira ao lado
-mandona você né... digo
-que nada, eles sabem que eu apenas brinco. Sorriu -mas a galera daqui são um amor... bem diferente dos ignorantes que cobra cria. Bufa -a galera daqui é diferente... ate mesmo essa vadias aí. Diz olhando paras meninas -são menos revoltadas. Sorriu -ela aceitam mais que não podem com a minha beleza. Diz jogando o seus cabelos ao vento
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Traficando Amor
Fanfiction"Eu não te culpo. Eu, no seu lugar, faria o mesmo, talvez. É que eu sou uma pessoa difícil de lidar, de conviver, de amar."