Querido Professor

Capítulo 17

— Se você não me soltar eu vou gritar - Digo firme, porém, assustada.

— Relaxa que eu não vou fazer nada com você, só quero conversar. - Disse ele soltando o meu braço e me deixando presa entre ele e um contender de lixo.

— Você é um idiota. - Digo olhando o seu sorriso de satisfação por me ver assustada.

— Sou eu mesmo que sou um idiota Jane? - Jack ria alto como se não tivesse nenhum medo.

— O que você quer? - Pergunto tentando me acalmar.

— Eu não quero nada, só que termine com o seu Querido Professor - Disse olhando nos meus olhos.

— Do que você está falando? - Me faço de desentendida.

— Ah não seja tonta Jane, você acha que eu não sei do seu caso com o professor Fitz? - Disse ele. — Eu posso até ser nojento, mas você passou dos limites. Ficar com um professor por nota? Tá brincando, você é melhor que isso.

— Você é doente, eu não sei do que você está falando. - Digo e logo sinto uma de suas mãos apertar meu pulso e outra a minha garganta dificultando a passagem de ar.

— Eu não estou de brincadeira Jane, se você não acabar tudo com ele essa noite, eu faço uma pequena ligação anônima e tudo entre vocês acaba. - Eu via ódio em seu olhar. - Se você não for minha não será de mais ninguém.

Ele solta minha garganta e volta a falar normalmente.

— Por que está fazendo isso Jack? - Pergunto com lágrimas nos olhos.

— Pelo óbvio Jane, porque eu te amo e eu sei que você também me ama, vamos ficar juntos. - Disse Jack tocando meu rosto com suas mãos nojentas.

— Eu não te amo e nunca mais vou ficar com você, pra mim você é um lixo em forma de ser humano, você não presta e se realmente me amasse me deixaria viver em paz! - Ao terminar de dizer sinto minha boxexa arder.

Seu tapa foi forte e eu estou rezando para que não fique nenhuma marca.

— Sabe Jane, eu acho que não vou fazer nenhuma denúncia anônima, quem sabe eu não faça uma pequena visita ao se querido. - Disse ele se afastando.

— NÃO! Por favor Jack, não machuca ele. - Imploro com lágrimas nos olhos.

— Então faça o que eu mandei e nada acontecerá com ele. - Disse e saiu andando como se nada tivesse acontecido.

Sem me controlar, deixo as lágrimas rolarem pelo meu rosto.
Uma dor imensa tomou conta do meu peito, como uma falta de ar, só que dessa vez estava impedindo de conseguir fazer movimentos.

Volto para a casa e me tranco no quarto, aquilo não podia estar acontecendo, não agora que estava tudo bem.
Por que o Jack não me deixa em paz?.