Contos - Parte 4

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Os alpes!

Neymar já tecia uma quilométrica lista de palavrões e maldições contra Valon. Isso devido a sua chegada em uma aparente deserta estação de trem. Pelo visto, a maioria dos turistas saiam em outra estação aonde teriam carros, ônibus entre outros meios de transporte que o direcionariam para os hotéis de luxo suíços. Contudo, Valon Behrami tinha uma ideia diferente de como deveriam prosseguir a sua viagem.

– Eu posso ser o grande Neymar, o fenômeno futebolístico brasileiro, mas minhas habilidades não se estendem... A SOBREVIVER A TEMPERATURAS ABAIXO DE ZERO! – A ultima parte da frase foi pronunciado em um grito que ecoou pela estação vazia, sendo a maior consequência de sua explosão foi espantar alguns esquilos de uma lata de lixo próxima.

– Se continuar agindo assim, vai acabar provocando uma avalanche. – Avisou Valon, se aproximando com duas latinhas de café quente, retirados de uma das maquinas próximas.

– Você está brincando, não é? – Neymar olhou para atrás de si, podia vislumbrar as montanhas e a neve que as envolvia em uma fofa capa esbranquiçada. Pareciam tão inofensivas... Por enquanto!

– Beba. Nosso carro já está chegando. – Valon encostou a latinha na bochecha fria do moreno que soltou um gritinho surpreso.

– Carro? É uma limusine ou algo do tipo? – Inqueriu, curioso por saber mais da residência misteriosa do suíço. Durante aquela viagem tinha inquerido algumas vezes sobre a cabana nos Alpes que parecia ser o refugio quase que sagrado de Valon Behrami, mas o jogador da seleção Suíça não entrava em muitos detalhes descritivos...Talvez desejasse fazer uma surpresa.

– Limusine, aqui? – Valon ergue uma das sobrancelhas, intrigado por aquela sugestão – Não creio que esse tipo de carro iria aguentar a estrada que iremos tomar.

– Falando assim, parece que vamos fazer uma espécie de rally! – Neymar riu, mas o brasileiro percebeu que o suíço estava sorrindo. E não quero qualquer tipo de sorriso, era justamente o sorriso feral que normalmente exprimia durante as suas calientes interações. Aquilo surtiu um efeito direto no menino Neymar. Seu coração acelerou. Suas pernas se transformaram em gelatina. E teve uma tremenda ereção!

"O que é isso? Meu corpo está reagindo feito um cachorro no cio!" Ralhou consigo mesmo. Era meio assustador em ver as reações instintivas que Valon provocava.

– Oh! Nosso carro chegou. – Falou Behrami apontando para o estacionamento diante deles. O local antes praticamente vazia, agora exibia uma caminhonete 4x4. Tal veículo não era semelhante a modelos que Neymar já observara antes, bem que o moreno tinha que admitir que aqueles carros grandes, com suas grandes rodas e formato aventureiro, não lhe atraiam. Ferrari e Lamborghini eram o tipo de carros que faziam o estilo do brasileiro. De qualquer forma, aquela caminhoneta deveria ter partes personalizadas... Conferindo um aspecto de resistência, como se eles fossem enfrentar algum tipo de trilha épica selvagem.

Neymar sentiu um calafrio descer sua espinha. Pressentia que talvez não apreciasse a viagem ruma a cabana do seu Suíço.

A trilha selvagem

Tinha concluído uma coisa: Valon era louco.

Neymar se arrependera por não ter deixado algum testamento para sua família e amigos! Sim, temia por sua vida!

– Relaxa, Ney. – Valon gargalhou, enquanto subia uma estreita estrada de terra e gelo. Solavanques eram constantes. A caminhonete acelerou em um desvio, saltando e derrapando, quase deslizando pela a estrada. Deve-se enfatizar que o fim da mesma estrada era um precipício.

É falta!Where stories live. Discover now