POV Lotte
Naquele momento o meu mundo parou, o Ministério havia finalmente caído, Scrimgeour estava morto e os Comensais estavam a caminho, uma batalha estava prestes a começar. O silêncio se propagou em ondas frias desde o ponto em que o Patrono aterrissara. Então alguém gritou. O pânico tomou conta do local, os convidados disparavam em todas as direções; muitos estavam desaparatando; os feitiços que protegiam A Toca e seus arredores tinham sido anulados. Vultos de capas surgiram na multidão, os membros da Ordem lutavam, ao longe vi Dora e Lupin com as varinhas erguidas, mas eu não podia arriscar, eles sabiam onde me encontrar. Peguei as meninas pelas mãos e aparatamos em um local seguro.
Era a casa da minha mãe, na França, ninguém nunca suspeitaria que a Ordem estaria se encontrando aqui. Era uma casa grande, com vários quartos e com espeço suficiente para todos, as meninas iriam dividir um quarto e havia um pronto para Dora e o bebê, eu havia preparado tudo.
— Devíamos ter ficado para ajudar – fala Alli preocupada.
— Eu não posso arriscar – falo – Tínhamos que chegar primeiro para que os outros pudessem vir.
— Lotte está certa – concorda Julie – Não sabemos quantos membros da Ordem viram e nem quando, precisamos estar com tudo preparado.
— Vou pedir para a sua elfo preparar algo para comer – fala Belle indo para a cozinha.
Decido ir para o meu quarto tomar um banho e trocar de roupa. Enchi a banheira e me permitir relaxar um pouco, tentar, de certa forma, esquecer os acontecimentos do casamento, pelo menos por enquanto. Depois de um tempo decido sair da banheira, me vestir e ir para a sala, esperar os outros. As meninas já estão sentadas em frente a lareira, cada uma com uma xicara na mão, em silêncio, encarando as chamas. Nada falo, apenas me sento no sofá e também encaro as chamas.
Me encontro pensando onde Harry poderia estar, pensei no Largo Grimmauld, mas Hermione provavelmente não permitiria. Mesmo assim... talvez eu devesse ir lá, ver o local e talvez confirmar a minha intuição, desde que Harry me mostrou o bilhete de R. A. B. não consegui parar de pensar que talvez, só talvez, eu soubesse muito bem quem era essa pessoa. Eu preciso confirmar as minhas suspeitas, mais do que tudo. Sem dizer nada, subo as escadas e troco de roupa, depois desço e digo as meninas que preciso resolver algo e aparato em frente ao Largo Grimmauld, depois de garantir que ninguém está por perto, entro na casa.
O lugar tinha a aparência que eu lembrava: lúgubre, cheio de teias, os contornos das cabeças dos elfos penduradas na parede lançando sombras misteriosas sobre a escada. Compridas cortinas escuras ocultavam o retrato da mãe de Sirius. A única coisa fora do lugar era o porta-guarda-chuvas feito com perna de trasgo, que estava tombado de lado, como se Dora tivesse acabado de derrubá-lo. Alguém tinha estado ali.
— Severo Snape? – a voz de Olho-Tonto sussurrou no escuro.
— Eu não o matei – falo firmemente – Eu não o matei – repito, garantindo que nada mais acontecesse.
— Quem está ai? – perguntou uma voz no fim do corredor, logo três figuras surgiram na escuridão com suas varinhas em mão.
— Vocês acham que tem um invasor na casa e perguntam "Quem está ai?", serio mesmo? – reclamo e caminho na direção do trio de ouro.
— Charlotte? – pergunta Hermione surpresa.
— Eu mesma.
— Quando nos beijamos pela primeira vez? – pergunta Harry.
— Era o quarto ano, torneio tribuxo, baile de inverno, eu era o seu par e fomos da uma volta na área externa do castelo, começamos a conversar e eu disse que você falava demais e então me beijou – conto – Isso é o suficiente para provar que sou realmente eu?
— Mais do que suficiente – ele fala me abraçando forte e então me beijando.
Não fazia muito tempo desde que nos beijamos pela ultima vez, mas estava morrendo de saudades de beija-lo, sempre foi um beijo calmo e doce que transmitia todo o amor que sentíamos, mas dessa vez foi diferente, foi um beijo urgente, como se nossas vidas dependessem disso. Nos separamos em folego e antes que pudéssemos voltar a nos beijar, Rony e Hermione no chamam, pelo visto eles tinham ido para sala com a intenção de nos dar um espaço.
— O que aconteceu no casamento? – pergunta Rony - Recebemos um patrono do meu pai dizendo o que eles estavam bem, mas não sabemos o que aconteceu.
— Sai tanto quanto vocês – conto – Tive que sair com as meninas assim que vi vocês aparatarem, precisávamos chegar ao nosso esconderijo para que os outros pudessem nos encontrar lá, não podia arriscar ser morta ou capturada.
— Então por que está aqui? – pergunta Hermione.
— Imaginei que estivessem aqui – minto – Se não estivessem ao menos eu daria uma olhada no lugar. Preciso voltar o mais rápido possível, então eu vou dar uma olhada na casa e vou embora, okay?
Eles não respondem, então levanto e sigo em direção ao quarto que pertencia ao meu pai. Era como eu me lembrava, a porta continha R. A. B. escrito, foi ele, ele que roubou a Horcrux e substituiu pela falsa. Foi por isso que ele morreu, porque ele descobriu o plano de Voldemort e tentou acabar de uma vez por toda com ele, meu pai realmente foi um herói, pelo menos para mim. Se Sirius ao menos soubesse disso...
Continuo dando uma olhada pelo quarto que estava revirado e colocando as coisas no lugar, enquanto colocava um livro de volta a prateleira uma carta cai no chão. Era do meu pai, para Sirius e parecia ter sido aberta, a coloco de volta dentro do livro e decido que a levarei comigo.
— Não vá embora – fala Harry atrás de mim.
A porta estava fechada e ele estava encostado nela, não fazia ideia de como aquilo tinha acontecido, eu não tinha o visto chegar.
— Você sabe que preciso ir – falo olhando em seus olhos.
— Então vá pela manhã, é mais seguro – ele implora, se aproximando cada vez mais.
— Harry... – então ele me beija.
(Agora as coisas vão ficar mais quentes, se você não curte esse tipo de cena, sugiro que pule e vá para o final do capítulo. Para aqueles que leram, me desculpem se não ficou bom, é a primeira vez que escrevo algo do tipo.)
Mais uma vez é um beijo cheio de urgência e desejo, que faz com que algo em mim se acenda. Suas mãos firmes na minha cintura me puxam para perto, como se a nossa proximidade não fosse o suficiente, minhas mãos vão para o seu cabelo e me perco no beijo. Precisamos nos afastar para recuperar o folego e para a minha surpresa ele começa a descer beijos pelo meu pescoço, me fazendo suspirar. Não sei como retribuir, então apenas aproveito a sensação da sua boca em contato com a minha pele me fazendo arrepiar.
Logo tinha conseguido tirar sua camisa e ele a minha, em momento nenhum deixando de nos beijar, quando finalmente me livrei da minha saia, o joguei na cama e subi em seu colo. Nunca tínhamos chegado a esse ponto e eu sabia o que iria acontecer se não parássemos imediatamente, mas eu não quero parar e sei que ele também não quer. Começo a descer beijos pelo seu pescoço e depois volto a beija-lo, dando uma leve mordida em seu lábio inferior.
Harry então inverte as posições, ficando por cima, o que permitiu apreciar o seu belo corpo, fazendo com que eu agradecesse os seus seis anos de quadribol. O ajudo e logo sua calça é jogada em algum canto do quarto.
— Harry – falo com a voz abafada – Rony e Hermione – digo lembrando que nossos amigos se encontram na sala.
— Não se preocupe, eu já cuidei para que eles não nos ouvissem – sussurra em meu ouvido, fazendo com que eu me arrepiasse ainda mais.
Então voltamos a trocar caricias, aproveitando a noite. Naquele momento os problemas tinham sido deixados para trás e a possibilidade de não voltarmos a nos encontrar não existia. E ali, perdidos entre os lençóis, Harry sussurrou em meu ouvindo.
— Eu te amo.
Isso era tudo que importava.
VOCÊ ESTÁ LENDO
La bataille finale
Fanfiction3/3 "A Batalha Final" Após a morte de Dumbledore, nada foi o mesmo, com a guerra que estava por vir, Charlotte terá que colocar em pratica tudo o que lhe foi ensinado e guiar a Ordem. Ao mesmo tempo a ruiva terá que lhe dar com as futuras perdas e l...