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Meu único foco é encontrar maggie, estou deitada em uma cama do hospital da cidade , reconheço porque é o hospital onde tive minha filha, em junho de 2011 , as mesmas cortinas e janelas com marcas de dedos ambientavam aquele quarto gelado e branco , estou limpa sem todo aquele sangue escuro que cobria meu corpo horas antes, minha cabeça e ferimentos estão com curativos grossos, não tem relogio em hospital e fico angustiada por não saber quantas horas eu estou apagada e quanto tempo minha filha esta desaparecida, não consigo levantar por estar amarrada na cama, e com remedio em minhas veias do acesso venoso ao meu lado que pingava lentamente, estou com sede, minha garganta seca igual minha angustias , uma vontade enorme de gritar e chorar incondicionalmente, coloco as mâos nos olhos desenhando minhas sombracelhas ,me solto e deslizo as mãos ate meu cabelo. me levanto meia tonta com uma enorme dificuldade por varios fios das maquinas ligadas em meu corpo que me monitorava enquanto dormia, caminho ate a direção de uma quarto menor e me asseguro na pia de porcelana antiga , meia suja e enferrujada com a torneira nova de alumínio brilhante , olho no espelho redondo antigo também que combinava com a pia , com as bordas que dava aquele efeito de quadro que algum pintor não reconhecido teria feito, olho no espelho e não me reconheço , meus olhos fundos e pesados como se estivesse de ressaca e acordada a dias, meu cabelo loiro que em outros tempos estaria impecavelmente escovado e hidratado com um balanço e caído até os ombros com um repicado que no vento elevava-se o balanço ao caminhar , agora encontra-se com um coque seboso e mal feito para cima , com minha maquiagem ainda com as marcas de choro em meu rosto totalmente  pálido, não quero mais olhar aquela mulher no reflexo porque de longe não sou eu , me viro e saiu até próximo a cama e vejo pela janela do quarto que da acesso a recepção do setor de espera possivelmente um delegado conversando com um medico , de idade avançada com suas mãos velhas que se destacava no jaleco branco , eles percebem que estou em pé ali , admirando eles conversar e caminham até a porta do meu quarto e abre.

- Anne, por favor se deite , não deve fazer esforço . diz o medico velho com sua barba branca como as paredes daquele hospital.

- Anne, sou o Investigador Ross , e gostaria de fazer algumas perguntas. Ele diz atravessando a sala e segurando minha mão e me levando ate a cama.

- Encontraram a maggie ? disparo e falo.

- infelizmente ainda não Anne, mas as buscas estão em andamento. diz puxando da sua jaqueta de couro marrom um bloco de notas preto; e diz . - Anne, qual foi seu ultimo momento com sua família  ? escutou algo na sua casa enquanto estava tomando banho ? e Maggie, você viu ela por ultima vez quando ? dispara o investigador

. - Nos jantamos Eu subi para o banheiro, Maggie estava no seu quarto dormindo , e John no seu escritório terminando alguma coisas do seu trabalho daquela manhã, cotidiano normal,  respondo.

- alguém estava perseguindo ou chantageando você e seu marido ? ele pergunta, terminando de preencher o que eu dissera segundos antes.

- Nao, Não , somos uma família muito tranquila não acredito que irritamos ninguém. eu digo. 

- Naquela noite a senhora bebeu ? diz o investigador aproximando de mim com seu halito de café de maquina .

- Ross, né. Não acredito que isso seja relevante nesse momento, o senhor deveria estar ai fora procurando esse monstro que esfaqueou meu marido e sequestrou minha filha, digo me levantando da cama, movendo o medico para frente em minha direção, tirando ele daquela estatua que estava, irritada por não confessar meus desequilíbrios com o alcool.

- Anne, deite-se você tem que repousar. diz o medico com a idade do meu avó.

- Que porra de descansar, o que eu preciso é encontrar minha filha,que esta desaparecida com algum louco maniaco psicopata.

- Desculpa, Desculpa Anne, são somente perguntas interrogatórias padrões. diz o Investigador Ross, se afastando do meu caminho.

- Ok, é só isso ? pergunto .

- Sim, até o momento somente, se sugir maiores duvidas entraremos em contato com a senhorita para coletar mais informação, diz ele guardando seu bloco de nota.

- sem problemas, por favor encontre minha filha, falo.

Ele se retira do quarto acompanhado do medico que enquanto nos conversamos conferia meus exames e prontuários, chamoba enfermeira com o botão de auxilio que acende uma luz azul em cima da porta do meu quarto, e de imediato uma enfermeira surge , uma  jovem possivelmente uma residente do segundo ano , porque era muito nova para ter experiencia na area , peço para ela que me traga agua , porque estou com muita sede , e tento me lembrar da noite passada, a enfermeira June, entra no quarto e me serve a água em um copo de plastico e pergunto para ela.

-Quando posso sair daqui ?digo colocando o copo na cabeceira azul .

- A senhora está de observação , ela responde. - Aqui estão algumas roupas para a senhora se vestir, porque como a senhora veio de hobbie ensanguentado, pegamos essas roupas no setor da doação. ela diz me entregando uma sacola plastica verde.

-Ah muito obrigado, eu digo já me vestindo, com uma camiseta branca básica e um jeans com alguns rasgos no joelho , junto com um coturno preto .

- imagina, ela responde . - vou até o seu medico verificar os exames que solicitamos e volto , tudo bem ? Ela pergunta.

Digo que sim balançando minha cabeça , quando a enfermeira saiu das minhas vistas,me visto ,  corro até a recepção, passando por alguns acentos que se encontrava duas mulheres que me encaravam com um ar de familiaridades , como se elas ja me conhece-se , e a senhora de cabelo loiros com brancos , cochicha com a mais nova por volta da mesma idade que a minha de cabelos castanhos e olhos verdes que a destacavam fixamente para mim com um olhar de rejeição, pergunto para a recpniosta se meu medico iria demorar porque gostaria de mais informações sobre meus exames do ferimentos da cabeça, se erram graves, enquanto a recepcionista telefona para algum ramal que encontra-se o meu medico, as duas mulheres continuam a me medir e com seus olhares de julgamento , me sinto tão desconfortável, a recepcionista me diz que não posso ir embora ainda, porque precisa de alguns exames para realizarem em mim, mas não prestei muita atenção , porque tentava aguçar meus ouvidos para ouvir seus cochichos maldosos.
Escuto um sussuro, que diz ASSASSINA!
Me viro, e as duas estão de pé atrás de mim, apontando e dizendo : Cadê a Maggie, Cadê sua filha assassina?

- Que isso? Eu digo.

A Recepcionista pede que nos acalme, e o anuncio da Tv, com aquelas chamadas de emergência que ocorre quando algo grave acontece, e como essa cidade Windpont é pequena e tem seu proprio jornal, dão enfase quando alguma desgraça acontece na regiao,  interrompem os programas e  anunciaram um corpo de criança com as características de Maggie foi encontrada a alguns kilometros de distancia dali, minhas pernas bambeiam e meus olhos se enchem de lagrimas, um buraco invade meu peito.

- Você a matou? Diz a senhora de  cabelos loiros com fios brancos.

- Você é louca, como eu vou matar minha própria filha? Digo, colocando minha mão nos meus ferimentos da cabeça que latejava.

- Passou suas informações no noticiário sobre o seu passado, assassina, ela fala se afastando.

- Me viro em direção das escadas, porque a recepcionista solicitou os seguranças, e não posso ir de elevador por conta de me segurarem e não conseguir ir até essa cena de terror de encontrar minha filha e não ter conseguido salva-la.

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⏰ Última atualização: Aug 25, 2018 ⏰

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