Capítulo 2

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Tempos se passaram, e já chegara o dia do baile. Confesso que estou muito receosa, nem mesmo eu sei a razão.

Nesse dia não haveria aula. Então eu decidi finalizar meus afazeres mais cedo que o normal, com o intuito de ter a tarde livre. Ainda não havia conversado com minha mãe sobre a possibilidade de ir a festa.

Então resolvi perguntar, agora mesmo.

Eu: Senhora? Posso ir ao baile que ocorrerá hoje?

Mãe: Claro que não!-falou rindo- Com que roupa você iria se você fosse?-pergunta curiosa.

Eu: Eu prometo fazer qualquer coisa que a senhora quiser, se a senhora me deixar ir ao baile.

Mãe: Qualquer coisa? -perguntou com um sorriso no rosto.

Eu: Sim senhora qualquer coisa.

Mãe: Então pode ir, mas não quero que você chegue perto e que ninguém saiba que você é minha filha.

Apenas assenti e voltei a meus afazeres.

Passei o dia inteiro pensando em como eu iria a essa tal festa se eu não tinha roupa, nem sapato.

Quando finalizei todas as tarefas fui para a cachoeira, Celeste estava faminta.

Refleti bastante e tomei por decisão não ir. As acontecimentos não estão colaborando para isso. Não possuo roupas, as minhas já estão bem gastas. As pessoas lá vão estar bem elegantes, Não quero passar vergonha.

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Celeste: COMO ASSIM VOCÊ NÃO VAI...

Eu: Já falei que não tenho roupa para esse evento.

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Nesse instante apareceu uma luz bem próxima a mim, confesso que eu fiquei muito assustada. A luz foi se esvaindo, dando lugar a uma bela mulher, suas vestes eram deslumbrantes. A observo com um olhar curioso.

Mulher:  Meu nome é Lua, sou a deusa. Você deve estar se questionando sobre a razão do meu aparecimento. Por diversas vezes pensei em aparecer, mas queria que fosse no momento certo, no qual você não corresse perigo. -faz uma pequena pausa, e respira fundo- Sei que vai ser difícil para você acreditar e me perdoar, mas sou sua mãe. Sei que é uma notícia inesperada. Mas peço que não fique com raiva de mim, eu te amo. Só apareci agora, pois é o momento mais seguro. -falou com os olhos cheios de lágrimas.

Seus olhos transmitiam verdade, acreditei nela. Ela parecia se preocupar comigo, isso era algo novo e muito incrível.

Eu: Eu te perdoo!-falei chorando- Não posso ficar te culpando a vida inteira e perdendo o tempo que eu poderia estar passando junto com você.

Ela se aproximou e me abraçou, me sentia protegida em seus braços. 

Lua: Eu e seu pai te amamos muito!

Eu: Quem é meu pai?- perguntei curiosa.

Lua: É o Deus da morte. -falou com completa naturalidade.

Eu confesso que fiquei muito surpresa!

Lua: Fiquei sabendo que você vai a um baile hoje, e eu quero a minha filha linda, mais do que já é! Trouxe algumas coisas, para que você use, acho que irão servir em você, usei elas quando tinha sua idade.

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