cap.2 - Give a little time to me

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Assim que chegamos no hospital, fui atendida por uma mulher, que me fez contar exatamente o que aconteceu. Estava explicando que pedi ajuda ao um encantador menino, quando notei que ele não estava mais ao meu lado.

Em seguida ela me disse que provavelmente deveria ser apenas uma pressão baixa. Sem poder fazer mais nada, a atendente mandou eu sentar em uma cadeira perto. E foi isso...durante três horas. Exatamente, três horas sem notícias. Eu só via médicos e enfermeiros andando apressadamente de um lado para o outro mas sem me dar nenhuma satisfação. E então não aguentei mais, eu precisava de notícias.

Fui pela milésima vez falar com a atendente, sem me preocupar em ser educada, naquele momento eu já estava irritada de mais:

- Eu exijo saber notícias de minha mãe! Como ela está? Eu quero ver ela agora!

- Senhorita Arcus, você não pode falar com sua mãe agora.

- POR QUE EU NÃO POSSO?!

- Pois sua mãe ainda não acordou.

- COMO ASSIM MINHA MÃE NÃO ACORDOU? - Eu berrei, dessa vez mais alto ainda. Sem poder controlar as lágrimas que saiam do meu rosto. Eu pensei que ela já estivesse acordada há muito mais tempo, mas que tivessem fazendo exames nela...

- Por favor, se acalme, está tudo bem.

- Por que todo mundo tem que dizer que está tudo bem?!!

- Eu vou chamar o médico, enquanto você se acalma.

Fiquei esperando durante meia hora. Resolvi me levantar para achar eu mesma esse médico quando me deparei com um homem mais velho, com pequenos óculos redondos e cabelo loiro com alguns fios brancos, vindo em minha direcão. Deveria ser esse o médico, e eu estava certa.

- Olá. Eu sou o doutor Sagitta, e estou atendendo à sua mãe. Apesar de ela ainda não ter se levantado, todos os seus exames deram ok. Agora só é preciso que ela acorde, para entendermos melhor o que está acontencendo.

Eu não conseguia mais o ouvir, eu não queria mais o ouvir, eu apenas queria que minha mãe acordasse.

E por mais um dia inteiro eu fiquei nessa situação. Tinha dormido no hospital mesmo, se é que posso dizer que dormi, pois a única coisa que eu conseguia fazer era pensar em minha mãe. Eu ficava o tempo todo esperando por notícias, esperando pela minha mãe, esperando que ela acordasse. Até que não aguentei mais isso, e liguei para o meu pai, eu precisava contar para ele o que estava acontecendo. Pensei que ia chorar na ligação, mas acho que já chorei o suficiente pelo ano inteiro. Expliquei tudo que tinha acontecido, e ele me falou que queria muito vir para cá ficar comigo, mas estava em um serviço importante e não poderia faltar, e então disse que iria mandar alguém para ficar comigo.

Em seguida vi o mesmo menino que tinha me ajudado com minha mãe falando com o médico.

- Ei - Eu chamei - Muito obrigada por me ajudar.

Ele me olha meio assustado, já que eu acabo de interromper a sua conversa, mas em seguida abre um enorme sorriso, criando covinhas em suas bochechas.

- Não há de quê, Bella.

Meu coração acelera ao ouvir o meu nome saindo pela sua boca. Ele é tão bonito! Seus olhos são azuis e seu cabelo loiro e está todo bagunçado. Ele não é alto, mas comparado com minha altura com certeza é. 

- Como você...? - Minhas palavras se perdem no meio da frase.

- Eu estava falando com o meu pai sobre você e sua mãe. - Ele diz apontando para o médico. Até que eles são parecidos... - Você quer tomar um café ou comer alguma coisa? Você parece um tanto.. - Ele para e me observa - Cansada.

Give me LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora