Prólogo

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Gosto de preservar coisas, ou melhor, decepções em forma de cartas. Quando eu estava no ensino médio não sabia qual faculdade iria cursar, mas me meti numa enrascada de querer medicina, o que já me custou 5 falhas tentativas, isso mesmo 5. Falando assim até parece que eu não estudo o suficiente, sou burra ou sei lá o que, mas não é. 

Fico me perguntando se tivesse escolhido Letras,  Relações Internacionais ou algum curso mais fácil de entrar eu poderia estar satisfeita comigo mesma, mas outra pergunta me vem a mente: Sonhos são idealizados pra nós realizarmos ou simplesmente pensar como seria se tivéssemos lutado pelo o que queremos? É por isso que ainda estou aqui, é por isso que escrevo todas essas cartas. 

Cada uma era uma esperança que aquecia meu coração que dessa vez tudo iria dá certo, mas nunca dava. Nelas, eu escrevo para cada banca que eu prestei, às vezes  perco o controle e coloco a culpa no Enem( enem passei) , Fuvest( fudest) entre outras. 

São cartas de despedidas, de chances que poderia ser a próxima calourinha, quando não quero mais estudar e quero colocar o fim nisso tudo, quando quero tacar fogo em tudo que é livro sobre cinemática (em que velocidade eu poderia empurrar  os caras que fazem os temas da redação do alto de um prédio desprezando as força do ar?) 

Se estudar pode se tornar um fardo algumas vezes, talvez as cartas seja uma forma de aliviar todo esse peso. 


Para todos os vestibulares que já me lasqueiWhere stories live. Discover now