XVII - Fragmentados

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Todo mundo vive correndo
E eu não sei para onde;
Isso enche meu peito de desespero.
Para que vivemos
Se vivemos correndo?
Na pressa somos programados
Para não pensar no que fazemos.
Na angústia acabamos
Esquecendo que há algo além de nós mesmos.

Não percebemos mais
O quanto as coisas valem
E não damos mais valor a elas.
Vivemos em um gozo rápido,
Querendo sempre mais
Em menos tempo.

Mas para que encurtar
Um abraço?
Para que viver assim:
Sem viver direito?
Não aproveitamos nada.
Porque no fim
Mais é menos.
E o mais rápido
É o mal feito.

Poesia Minha - Um poema por diaOnde histórias criam vida. Descubra agora