Cores

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POV Lauren Jauregui

New York. 2030. January.

Depois de dirigir pelas grandes ruas de Nova York, Joshua estacionou seu carro preto perto de um hotel em uma beira de estrada, estava muito distante dos hotéis que eu esperava ser hospedada com as meninas.

Para ser sincera, isso não parecia nem um pouco com o luxo que me disseram que o FBI e a CIA tinham. Um prédio médio de cinco andares, com a pintura branca descascada e uma entrada com mofo nas laterais me fez suspirar por me sentir no Vietnã novamente.

" – Acho que você errou o endereço." Zara falou, olhando para frente onde Joshua estava sentando como motorista.

É claro que ela seria a primeira a reclamar, só de ver as roupas de marca que Zara usa se consegue perceber qual o estilo de vida dela. Talvez seja por isso que ela nunca quis morar nos Estados Unidos, ela deve ganhar bem mais em Euro.

Eu não me importava muito com aparência em si. Mas já que teria que morar com quatro meninas, ao menos um lugar grande ajudaria a não ter de diminuir o som da Tv quando eu estiver sem sono.

" – Eu acho que não." Joshua riu, saindo do carro para dar a volta, abrindo a porta de trás para que a gente saísse. " – Estamos no lugar certo."

" – Isso é ridículo." Zara bufou.

" – Concordo." Seulgi apesar de dar de ombros, concordou. " – Depois de quase nos matar, o mínimo seria uma hospedagem em um cassino."

" – E você iria dormir em mesa de Poker por acaso?" Perguntei saindo do carro em seguida delas.

" – Por mim dormiria até mesmo naquelas maquinas de moedas." Ela riu, batendo um high-five com Zara.

Elas faziam de tudo para poder me incluir nas conversas delas, e me deixar a vontade em suas companhias. Mas eu não poderia me acostumar a isso, eu não sou esse tipo de pessoa que elas querem que eu seja.

Eu não posso me apegar a ninguém, por que eu sei que no quesito de sobrevivência, entre mim ou outra pessoa, a única alternativa é eu. E sempre vem sendo assim, desde que eu entrei para o exército russo.

" – Peço desculpas novamente. Eu tive que aceitar ordens superiores, infelizmente eu não sou o dono do mundo e muito menos o presidente." Joshua se desculpou mais uma vez.

" – Apenas tente nos avisar de alguma forma da próxima vez." Zara falou, caminhando atrás de Joshua, com todos nós.

Chegamos na recepção do hotel onde uma secretária com um terno escuro sorriu ao nos notar. Por reflexo ela perdeu o sorriso quando seu olhar parou em meu rosto, provavelmente notando meu olhar de tubarão e minha cicatriz na sobrancelha.

" – O-olá. Posso ajudar vocês?" Ela se recompôs.

" – Gostaria de falar com o Geovani." Joshua pediu, ajeitando seu terno, se escorando no balcão.

" – Ele está atendendo um cliente nesse momento, mas..." A secretária foi cortada por um homem que apareceu atrás dela, com um sorriso no rosto. " – Ah, senhor Geovani."

Seus cabelos cinzas e sua barba a fazer juntando com sua barriga de cerveja o deixavam com um típico visual americano. Mas algo em seu olhar não me garantia que ele era apenas um senhor comum.

" – Está tudo bem. Joshua é um amigo de infância." O tal Geovani falou, dando a volta no balcão para apertar a mão em cumprimento ao seu amigo.

" – Trouxe as outras meninas, elas ficarão hospedadas no mesmo lugar, qualquer caso 19 ou 23, ligue naquele mesmo número." Joshua falou com ele com uma linguagem única, sem nos deixar compreender.

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