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Cara Coroa

POV Desconhecido

New York. 2030. January

O vento soprava meu cabelo castanho claro pelo meu rosto a fora. Estar em lugares altos me gerava coragem, e nesse mundo caótico era o que eu mais precisava.

Joguei uma moeda de uma palma da minha mão para a outra, suspirando antes de guardar no bolso da minha calça novamente.

Eu estava em cima de um prédio da região de New York, nosso alvo estava no local ao lado, em um hotel falido, completamente decaído por má administração.

Esperava mais dos agentes, ao menos um pouco de luxo, que é o que eles gostavam de exibir. Não foi tão fácil achar o novo esconderijo deles, mas com o nosso contato não haveria nada que eles pudessem esconder de nós.

Uma vibração se fez em meu outro bolso enquanto eu olhava o hotel de cima do enorme prédio ainda com o vento me fazendo companhia.

Toquei meu aparelho telefônico, trazendo o mesmo até minha orelha. Fechando os olhos quando a voz feminina se fez por trás.

" – Já implantei os vigias, conseguiremos saber dos planos deles para tentar nos achar, mas não sei por quanto tempo poderá durar, elas não são tão idiotas como você pensa."

" – Não preciso de muito tempo, apenas preciso ver com quem estamos lidando." Falei mantendo minha postura séria.

" – Mas nós sabemos, Jaguar nos contou tudo sobre elas." Ela citou nosso contato.

" – E você confia no que Jaguar fala?" Questionei, saindo da beirada do prédio, pulando para dentro da área do terraço.

" – Se não pudermos confiar em Jaguar, em quem poderemos?"

Enquanto ouvia minha parceira de trabalho, olhei para minhas mãos, vendo em meu dedo indicador e o do meio uma faixa preta costurada na minha pele a força, com um pequeno gancho em cada dedo para poder suportar um forte elástico.

" – Em ninguém." Suspirei. " – Principalmente em alguém que esconde sua identidade desse jeito."

" – Está dizendo que quer se rebelar contra nosso líder?"

" – Chame como quiser Ruby, estou dizendo que não serei usado por uma pessoa para conseguir os ideais dela." Cerrei meus dentes, desligando o celular. " – O tempo de ser prisioneiro acabou."

Guardei o aparelho em meu bolso, segurando em uma barra de metal no canto do prédio, pulando até a próxima barra enferrujada, andando no curto espaço desses metais colados na lateral do prédio até o chão.

Coloquei meu capuz preto por cima da minha cabeça e cheguei o mais rápido que pude no solo, correndo para o lado oposto do hotel alvo.

POV Ruby Rose

New York. 2030. January

Pelo telefone, escutei o silêncio na outra linha. Dylan havia desligado. Ele era um rapaz perturbado no final de tudo. Nós não tínhamos muito o que questionar nesse serviço, mas ele insistia que as coisas não terminariam bem.

Eu sou uma mulher comum, passei minha vida inteira estudando a ciência por trás das máquinas e a internet. Desde sua profundidade á coisas fúteis que ela oferece.

Minha maldição foi me candidatar a ser assassina de aluguel no mercado negro. Com um conhecimento gigantesco de hacker, consegui matar homens sem escrúpulos que traiam as suas mulheres.